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Causas e sintomas da rosácea

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A rosácea é uma doença de pele cuja origem não é totalmente conhecida. Ela gera vermelhidão e seu tratamento pode requerer medicamentos sistêmicos. Saiba mais neste artigo.
Causas e sintomas da rosácea
Leonardo Biolatto

Escrito e verificado por médico Leonardo Biolatto

Escrito por Leonardo Biolatto
Última atualização: 27 maio, 2022

A rosácea é uma doença que afeta principalmente a pele. As pessoas que sofrem com ela a conhecem bem, pois o diagnóstico não é tão difícil e normalmente é feito precocemente, uma vez que os sintomas da rosácea não passam despercebidos.

Estima-se que, no mundo, quase 2 de cada 1000 pessoas sejam diagnosticadas com rosácea por ano. Este cálculo não é preciso e varia muito entre as diferentes regiões do planeta. A verdade é que não há registros confiáveis ​​a respeito da rosácea. Enquanto alguns países relatam uma prevalência inferior a 1%, outros a estimaram em mais de 10%.

Fica claro que a doença ataca a pele, causando vermelhidão com visibilidade dos vasos sanguíneos através da epiderme. Além disso, em alguns casos, podem surgir inchaços vermelhos ao lado das manchas.

As mais afetadas são as mulheres e, entre elas, as que possuem a pele clara. A rosácea não é muito comum em crianças, e tem o seu pico de aparição em adultos por volta dos 30 a 40 anos.

Sintomas e critérios para o diagnóstico da rosácea

Muitas outras doenças têm sintomas semelhantes aos da rosácea e podem causar confusão no momento do diagnóstico. Por esse motivo, em 2002 foram estabelecidos critérios que os médicos devem observar para identificar a presença da patologia.

Esses critérios de diagnóstico são diferenciados em primários e secundários. Entre os principais sinais de rosácea, temos:

  • Eritema na face: coloração avermelhada em algumas áreas.
  • Telangiectasias: presença de pequenos vasos sanguíneos dilatados.
  • Pápulas e pústulas: erupções da pele com ou sem pus.

Os sinais secundários são:

  • Prurido: coceira.
  • Pele seca
  • Alterações no nariz, como o aumento da área.
  • Lesões nos olhos
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O diagnóstico da rosácea costuma ser relativamente fácil, pois seus sintomas estéticos são bastante evidentes.

Causas da rosácea

Como já dissemos, as causas específicas que originam a rosácea são desconhecidas. É possível que problemas genéticos sejam combinados com alguns fatores ambientais, desencadeando a reação na pele.

Alguns estudos científicos associaram a rosácea a alergias, especialmente a elementos do ar e a alimentos. Isso não significa que a rosácea é uma forma de alergia, mas há um componente relacionado na geração das manchas.

Vale destacar o fato de que os pacientes com essa patologia dermatológica costumam ter hipertensão e doenças metabólicas com mais frequência. Entre as mulheres, é mais comum um desequilíbrio hormonal.

Os possíveis fatores considerados “gatilhos” da rosácea são:

  • Exposição à luz solar.
  • Clima seco e com muito vento.
  • Consumo de alimentos apimentados e bebidas alcoólicas.
  • Estresse.
  • Medicamentos com propriedades vasodilatadoras.
  • Cosméticos.

Saiba mais: Tratamento e recomendações para combater a rosácea

Sintomas da rosácea

Claramente, o principal sintoma da rosácea é a presença de vermelhidão no rosto. Geralmente, a mancha surge no centro da face, acompanhada pela presença de pequenos vasos sanguíneos, que são vistos através da pele.

Essas manchas podem ou não estar próximas dos inchaços vermelhos. Algumas pessoas podem confundi-las com acne, embora não se trate do mesmo tipo de lesão dérmica. Além disso, as protuberâncias nem sempre contêm pus em seu interior.

A rinofima é outra característica da rosácea. Este termo se refere ao aumento e mudança de cor do nariz. Também é conhecido como nariz bulboso, e ocorre devido ao espessamento da pele que o recobre.

Finalmente, um sintoma não tão comum é o que afeta os olhos. Os pacientes podem sofrer da forma ocular da patologia, na qual os olhos ficam extremamente secos e as pálpebras incham.

Estágios da doença

Nem todas as rosáceas são iguais. A apresentação varia de acordo com a pessoa que a sofre e de acordo com o fator desencadeante. A idade também é capaz de modificar o curso dos sintomas.

A tudo isso devemos acrescentar que uma mesma doença tem estágios diferentes. Vamos vê-los abaixo:

  • Diátese rosácea: é a primeira etapa e tem a característica de ser intermitente. As manchas vermelhas não persistem no rosto e desaparecem por algum tempo para reaparecerem mais tarde.
  • Primeira etapa: quando os sintomas são persistentes, sem períodos de desaparecimento, a primeira etapa da doença é discutida. Também deve haver telangiectasias.
  • Segunda etapa: aos sintomas acima são adicionadas as protuberâncias e, por vezes, pústulas com secreções.
  • Terceiro estágio: é o estágio mais complicado da doença e provoca, além do mencionado acima, nódulos na pele.
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Os sintomas da rosácea podem variar em cada paciente. Além disso, a doença pode evoluir passando por várias etapas.

Não deixe de conferir: Alimentos que ajudam a suavizar a rosácea

Tratamentos para a rosácea

Não se pode dizer que existe um tratamento curativo para a rosácea. O que se emprega são técnicas e medicamentos para diminuir os sintomas e melhorar a estética do rosto.

A primeira linha de tratamento é com cremes que contêm metronidazol. É a opção inicial em pacientes com estágios leves da doença. Se isso não funcionar, opta-se pela via oral com o uso de antibióticos – tetraciclinas – ou com isotretinoína.

Para o rinofima, existe a possibilidade do laser de dióxido de carbono mostrar resultados promissores na redução da inflamação nasal. O laser e a luz pulsada também podem ser usados ​​para as telangiectasias.

Embora seja uma doença que afeta bastante a estética, é preciso dizer que os tratamentos ainda estão sendo investigados. É importante saber que esta não é uma patologia perigosa, embora seja incômoda. Por isso, é fundamental que você consulte um médico se tiver sintomas suspeitos de rosácea.


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Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.