Logo image
Logo image

O que é a síndrome de Horner?

4 minutos
A síndrome de Horner sempre surge como consequência de outra doença. Devido a essa síndrome, a pupila do lado afetado do rosto se contrai, sendo este o sintoma mais característico.
O que é a síndrome de Horner?
Alejandro Duarte

Revisado e aprovado por o biotecnólogo Alejandro Duarte

Escrito por Equipe Editorial
Última atualização: 14 dezembro, 2022

A síndrome de Horner é um transtorno pouco comum conhecido como paralisia óculo-simpática, no qual são afetados os nervos do olho e do rosto. Por causa dessa síndrome, a pupila do lado afetado do rosto se contrai, a pálpebra cai e a transpiração nesse mesmo lado é reduzida.

Além disso, a síndrome de Horner ocorre sempre como consequência de outra doença subjacente. Os transtornos mais comuns que costumam originar essa síndrome são:

Em algumas ocasiões, não é possível encontrar a causa oculta que a provoca. Nesse caso, dificilmente será possível encontrar uma solução para a síndrome, já que o tratamento para a causa oculta é o que pode restaurar a função nervosa normal.

É bom saber que a síndrome de Horner pode ocorrer em pessoas de qualquer idade. No entanto, como mencionamos antes, ela não é comum.

A síndrome de Horner

Por que acontece?

Some figure

Para entender por que a síndrome de Horner ocorre, é necessário focar no funcionamento de uma série de fibras nervosas, como por exemplo as fibras relacionadas com a transpiração, as pupilas e alguns músculos ao redor dos olhos.

Estas começam na parte do cérebro chamada hipotálamo e chegam até o rosto e os olhos. Se o percurso dessas fibras nervosas for afetado em qualquer ponto, ocorre a síndrome.

O trajeto que estas fibras nervosas percorrem é realmente complexo. Desde o cérebro, descem pela medula espinhal, saem desta no nível do tórax e voltam a subir pelo pescoço juntamente com a artéria carótida. Em seguida, penetram no crânio e chegam no interior do olho.

O dano causado às fibras nervosas pode ser originado das seguintes causas: 

  • Lesão da artéria carótida, uma das principais artérias que chegam ao cérebro.
  • Lesão nos nervos da base do pescoço, denominado plexo braquial.
  • Crises de enxaqueca.
  • Tumor, acidente vascular cerebral ou danos similares no encéfalo ou no tronco encefálico.
  • Tumor na parte superior do pulmão.
  • Simpatectomia. Trata-se de injeções ou cirurgias para interromper as fibras nervosas e aliviar uma determinada dor.

Existem determinados casos nos quais a síndrome de Horner se desenvolve no momento do nascimento. Este problema pode ser identificada por uma falta de cor e pigmentação da íris. No entanto, se essa síndrome já é reduzida a poucos casos, estima-se que a síndrome congênita afete apenas 1 em cada 6000 nascimentos.

A síndrome de Horner, dependendo da localização e da forma na qual ocorre a lesão oculta, pode ser classificada de quatro formas diferentes: síndrome de Horner central, pré-ganglionar, pós-ganglionar e congênita.

Talvez te interesse: O que a cor dos olhos diz sobre sua saúde?

Sintomas

Some figure

A síndrome de Horner afeta apenas um lado do rosto. Os sintomas e sinais mais frequentes são:

  • Queda da pálpebra superior.
  • Elevação leve da pálpebra inferior.
  • Miose. Ou seja, uma pupila persistentemente pequena.
  • Anisocoria. Em outras palavras, uma notável diferença no tamanho de ambas pupilas.
  • Dilatação pequena ou retardada da pupila sob o efeito de uma luz leve.
  • Deficiência, e inclusive ausência, de transpiração no lado afetado do rosto.

Esses sintomas nem sempre são detectados facilmente. Além disso, podem se desenvolver de maneira sutil, o que complica o diagnóstico da síndrome.

Sintomas nas crianças

No caso da síndrome se desenvolver em menores, existe uma série de sintomas característicos que podem ser observados. Em resumo, a coloração da íris do olho afetado se torna mais clara, principalmente em crianças com menos de um ano.

Além disso, ocorre uma falta de vermelhidão do lado do rosto afetado. A vermelhidão deveria aparecer com normalidade após um esforço físico, reações emocionais ou calor; no entanto, nesses casos, ela não ocorre.

Diagnóstico e tratamento da síndrome de Horner

Some figure

Para realizar o diagnóstico da síndromeos profissionais avaliarão alguns dos sintomas observáveis no exame ocular:

  • Mudanças na contração ou dilatação da pupila.
  • Pálpebra caída.
  • Injeção conjuntival.

O tratamento, como mencionado anteriormente, depende da causa que originou o transtorno. Em resumo, não existe um tratamento específico para a síndrome. Ele começará assim que for identificada a causa que a provocou.

Cabe mencionar que, com relação à síndrome e de forma genérica, a pálpebra cai apenas ligeiramente. Este é o maior obstáculo que a doença provoca na vida cotidiana do paciente.

Além disso, não costumam ocorrer complicações. As que podem aparecer com alta probabilidade estarão relacionadas com a causa oculta da síndrome ou o próprio tratamento.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Kong, Y. X., Wright, G., Pesudovs, K., O’Day, J., Wainer, Z., & Weisinger, H. S. (2007). Horner syndrome. Clinical and Experimental Optometry. https://doi.org/10.1111/j.1444-0938.2007.00177.x
  • Jeffery, A. R., Ellis, F. J., Repka, M. X., & Buncic, J. R. (1998). Pediatric Horner syndrome. Journal of AAPOS. https://doi.org/10.1016/S1091-8531(98)90008-8
  • Rabady, D. Z., Simon, J. W., & Lopasic, N. (2007). Pediatric Horner Syndrome: Etiologies and Roles of Imaging and Urine Studies to Detect Neuroblastoma and Other Responsible Mass Lesions. American Journal of Ophthalmology. https://doi.org/10.1016/j.ajo.2007.06.019
  • Almog, Y., Gepstein, R., & Kesler, A. (2010). Diagnostic value of imaging in Horner syndrome in adults. Journal of Neuro-Ophthalmology. https://doi.org/10.1097/WNO.0b013e3181ce1a12
  • Trobe, J. D. (2010). Editorial: The evaluation of Horner syndrome. Journal of Neuro-Ophthalmology. https://doi.org/10.1097/WNO.0b013e3181ce8145
  • Herrero-Morín, J. D., Calvo Gómez-Rodulfo, A., García López, E., Fernández González, N., García Riaño, L., & Rodríguez García, G. (2009). Síndrome de horner congénito. Anales De Pediatría, 70(3), 306-308. doi:10.1016/j.anpedi.2008.11.024

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.