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8 sinais de abuso através do WhatsApp

5 minutos
O WhatsApp e outros aplicativos semelhantes podem ser usados para vigiar, assediar ou manipular o parceiro. Mostraremos como identificar se você está sendo vítima desse tipo de abuso.
8 sinais de abuso através do WhatsApp
Elena Sanz

Escrito e verificado por a psicóloga Elena Sanz

Última atualização: 23 agosto, 2022

A Internet e as redes sociais se tornaram uma parte essencial da nossa vida e, por isso, são fundamentais nas relações humanas. Os aplicativos de mensagens transformaram a maneira como as pessoas se relacionam. Por esse motivo é importante saber reconhecer a tempo os sinais de abuso através do WhatsApp e de outros aplicativos semelhantes.

Estima-se que mais de 50% dos jovens entre 18 e 30 anos já sofreram alguma forma de cyberbullying. Entre essas manifestações estão o controle, vigilância e manipulação exercidos por meio desse tipo de chats.

Esses comportamentos abusivos podem ser dirigidos a pessoas com as quais qualquer tipo de vínculo é compartilhado (como amigos ou familiares), mas são especialmente comuns em relacionamentos românticos.

Também pode te interessar: Maus-tratos e abuso nos relacionamentos adolescentes

Um dos principais problemas a esse respeito é a dificuldade em identificar que o abuso está acontecendo. Muitos desses comportamentos são normalizados, minimizados e ignorados, mas as repercussões na saúde mental da vítima são indiscutíveis. Assim, apresentamos alguns sinais aos quais você deve estar alerta.

Sinais comuns de abuso através do WhatsApp

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Exigir uma resposta imediata é um dos sinais mais comuns de abuso no WhatsApp.

O abuso através do WhatsApp inclui todos os comportamentos que visam controlar, manipular ou provocar danos emocionais à vítima. Ao contrário do que se pode pensar, esse tipo de abuso afeta homens e mulheres em taxas semelhantes durante a adolescência.

Desta forma, é muito importante que todos estejam prevenidos. O abuso pode se  apresentar de formas diferentes; no entanto, a seguir estão algumas das manifestações mais comuns:

Exigir respostas imediatas

A exigência de respostas imediatas é um dos comportamentos mais comuns. A pessoa fica zangada se o parceiro não responde imediatamente às suas mensagens e o acusa de falta de interesse ou de não priorizar o relacionamento.

Não se entende (ou não se respeita) o fato de que ninguém é obrigado a manter uma disponibilidade constante e exclusiva, que podem existir outros assuntos a serem atendidos e que é totalmente normal não responder até que seja possível.

Obrigar que a pessoa converse sempre que estiver online

Cada vez que a vítima entra no WhatsApp ela é forçada a conversar com o parceiro; do contrário ele fica irritado e faz reprovações, cria suspeitas e manipulações. Não é permitido bater papo com outras pessoas sem responder o parceiro, pois isso é interpretado como falta de respeito.

Enviar a localização

A possibilidade de envio da localização (de forma pontual ou em tempo real) é uma ótima ferramenta de controle para quem abusa através do WhatsApp. Assim, essas pessoas obrigam o parceiro a mostrar onde ele está o tempo todo, com a desculpa de que isso prova que o outro não está mentindo ou sendo infiel.

Pedir fotos ou vídeos para exercer vigilância

Também é comum encontrar pessoas que pedem que os parceiros enviem fotos ou vídeos em horários específicos do dia. Por exemplo, enquanto estão em aula ou lanchando com os amigos.

Este pedido tem o objetivo de verificar se o parceiro realmente está onde diz que está e com quem diz que está. Às vezes essas pessoas até são obrigadas a aparecer nas fotos ou vídeos para acalmar as suspeitas do outro.

Além disso podem ser solicitadas provas gráficas (capturas de tela) de com quem se está falando pelo WhatsApp. Em última análise, o objetivo é exercer controle sobre a vida e os relacionamentos da vítima.

Bloquear ou aplicar a lei do gelo

O abuso nem sempre é ativo e direto; às vezes é adotada uma forma passiva-agressiva tão ou mais prejudicial que as anteriores. Por exemplo, quando após uma discussão uma das pessoas silencia a outra ou até a bloqueia.

Deste modo, essa pessoa gera uma enorme angústia na outra por deixá-la sem a possibilidade de se expressar, sem explicações ou canais de comunicação e em total incerteza. Com esse tipo de atitude é possível subjugar quem está do outro lado, que geralmente acaba se desculpando e aceitando qualquer termo desde que essa “punição” do silêncio seja retirada.

Decidir qual foto deve ser mostrada no perfil

O seu parceiro fica ofendido, irritado ou reclama quando a foto do seu perfil no WhatsApp não mostra vocês dois? Ele pede que você remova ou altere algumas imagens porque não gosta de como ou com quem você está nelas?

Esse tipo de manipulação é muito comum e ameaça a liberdade individual. Cada pessoa é livre para escolher o que mostrar em seu perfil e estar em um relacionamento não dá à outra pessoa o direito de decidir por você.

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O controle no WhatsApp é evidenciado, por exemplo, por meio da exigência de compartilhamento de senhas ou localizações.

Compartilhar as senhas e padrões de desbloqueio

Este é um dos sinais de abuso mais comuns e normalizados no WhatsApp. Especialmente a população mais jovem chega a considerar que compartilhar as senhas com o parceiro é necessário, obrigatório e uma demonstração de confiança. Se a pessoa não aceita fazer isso pode gerar suspeita e desconfiança no outro quando, na realidade, o respeito à privacidade é prioridade em um vínculo desse tipo.

Descubra mais: Como comprometer-se com seu parceiro sem sacrificar suas necessidades

Sexting forçado

Por último, um dos comportamentos abusivos mais prejudiciais e perigosos não deve ser esquecido: o sexting forçado. Ele se caracteriza por forçar ou coagir o parceiro a enviar imagens ou vídeos com conteúdo explícito ou a participar de conversas sexuais sem que ele realmente queira fazer isso.

Como agir diante desses comportamentos abusivos através do WhatsApp?

Se você se identificou com algum dos pontos anteriores, é importante tomar uma atitude a esse respeito. Primeiramente lembre-se de que nenhuma dessas ações é natural ou saudável em um relacionamento; pelo contrário, são sinais de abuso.

Tenha em mente que estar em um relacionamento não te obriga a perder a sua individualidade ou os seus direitos; você pode conversar com outras pessoas, ter o seu tempo livre, proteger a sua privacidade e não dar explicações a dúvidas irracionais.

Para enfrentar esses comportamentos do outro é importante não apenas entender onde estão os limites do amor, mas também ter uma autoestima sólida. É esta confiança que te permitirá dizer “não”, não compactuar com comportamentos invasivos e controladores e não ceder a manipulações emocionais.

Se você achar que não é forte o suficiente para fazer isso ou se sentir culpado por negar esses privilégios ao seu parceiro, procure orientação profissional. O controle e o abuso podem aumentar e provocar sequelas significativas na sua saúde mental.

A Internet e as redes sociais se tornaram uma parte essencial da nossa vida e, por isso, são fundamentais nas relações humanas. Os aplicativos de mensagens transformaram a maneira como as pessoas se relacionam. Por esse motivo é importante saber reconhecer a tempo os sinais de abuso através do WhatsApp e de outros aplicativos semelhantes.

Estima-se que mais de 50% dos jovens entre 18 e 30 anos já sofreram alguma forma de cyberbullying. Entre essas manifestações estão o controle, vigilância e manipulação exercidos por meio desse tipo de chats.

Esses comportamentos abusivos podem ser dirigidos a pessoas com as quais qualquer tipo de vínculo é compartilhado (como amigos ou familiares), mas são especialmente comuns em relacionamentos românticos.

Também pode te interessar: Maus-tratos e abuso nos relacionamentos adolescentes

Um dos principais problemas a esse respeito é a dificuldade em identificar que o abuso está acontecendo. Muitos desses comportamentos são normalizados, minimizados e ignorados, mas as repercussões na saúde mental da vítima são indiscutíveis. Assim, apresentamos alguns sinais aos quais você deve estar alerta.

Sinais comuns de abuso através do WhatsApp

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Exigir uma resposta imediata é um dos sinais mais comuns de abuso no WhatsApp.

O abuso através do WhatsApp inclui todos os comportamentos que visam controlar, manipular ou provocar danos emocionais à vítima. Ao contrário do que se pode pensar, esse tipo de abuso afeta homens e mulheres em taxas semelhantes durante a adolescência.

Desta forma, é muito importante que todos estejam prevenidos. O abuso pode se  apresentar de formas diferentes; no entanto, a seguir estão algumas das manifestações mais comuns:

Exigir respostas imediatas

A exigência de respostas imediatas é um dos comportamentos mais comuns. A pessoa fica zangada se o parceiro não responde imediatamente às suas mensagens e o acusa de falta de interesse ou de não priorizar o relacionamento.

Não se entende (ou não se respeita) o fato de que ninguém é obrigado a manter uma disponibilidade constante e exclusiva, que podem existir outros assuntos a serem atendidos e que é totalmente normal não responder até que seja possível.

Obrigar que a pessoa converse sempre que estiver online

Cada vez que a vítima entra no WhatsApp ela é forçada a conversar com o parceiro; do contrário ele fica irritado e faz reprovações, cria suspeitas e manipulações. Não é permitido bater papo com outras pessoas sem responder o parceiro, pois isso é interpretado como falta de respeito.

Enviar a localização

A possibilidade de envio da localização (de forma pontual ou em tempo real) é uma ótima ferramenta de controle para quem abusa através do WhatsApp. Assim, essas pessoas obrigam o parceiro a mostrar onde ele está o tempo todo, com a desculpa de que isso prova que o outro não está mentindo ou sendo infiel.

Pedir fotos ou vídeos para exercer vigilância

Também é comum encontrar pessoas que pedem que os parceiros enviem fotos ou vídeos em horários específicos do dia. Por exemplo, enquanto estão em aula ou lanchando com os amigos.

Este pedido tem o objetivo de verificar se o parceiro realmente está onde diz que está e com quem diz que está. Às vezes essas pessoas até são obrigadas a aparecer nas fotos ou vídeos para acalmar as suspeitas do outro.

Além disso podem ser solicitadas provas gráficas (capturas de tela) de com quem se está falando pelo WhatsApp. Em última análise, o objetivo é exercer controle sobre a vida e os relacionamentos da vítima.

Bloquear ou aplicar a lei do gelo

O abuso nem sempre é ativo e direto; às vezes é adotada uma forma passiva-agressiva tão ou mais prejudicial que as anteriores. Por exemplo, quando após uma discussão uma das pessoas silencia a outra ou até a bloqueia.

Deste modo, essa pessoa gera uma enorme angústia na outra por deixá-la sem a possibilidade de se expressar, sem explicações ou canais de comunicação e em total incerteza. Com esse tipo de atitude é possível subjugar quem está do outro lado, que geralmente acaba se desculpando e aceitando qualquer termo desde que essa “punição” do silêncio seja retirada.

Decidir qual foto deve ser mostrada no perfil

O seu parceiro fica ofendido, irritado ou reclama quando a foto do seu perfil no WhatsApp não mostra vocês dois? Ele pede que você remova ou altere algumas imagens porque não gosta de como ou com quem você está nelas?

Esse tipo de manipulação é muito comum e ameaça a liberdade individual. Cada pessoa é livre para escolher o que mostrar em seu perfil e estar em um relacionamento não dá à outra pessoa o direito de decidir por você.

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O controle no WhatsApp é evidenciado, por exemplo, por meio da exigência de compartilhamento de senhas ou localizações.

Compartilhar as senhas e padrões de desbloqueio

Este é um dos sinais de abuso mais comuns e normalizados no WhatsApp. Especialmente a população mais jovem chega a considerar que compartilhar as senhas com o parceiro é necessário, obrigatório e uma demonstração de confiança. Se a pessoa não aceita fazer isso pode gerar suspeita e desconfiança no outro quando, na realidade, o respeito à privacidade é prioridade em um vínculo desse tipo.

Descubra mais: Como comprometer-se com seu parceiro sem sacrificar suas necessidades

Sexting forçado

Por último, um dos comportamentos abusivos mais prejudiciais e perigosos não deve ser esquecido: o sexting forçado. Ele se caracteriza por forçar ou coagir o parceiro a enviar imagens ou vídeos com conteúdo explícito ou a participar de conversas sexuais sem que ele realmente queira fazer isso.

Como agir diante desses comportamentos abusivos através do WhatsApp?

Se você se identificou com algum dos pontos anteriores, é importante tomar uma atitude a esse respeito. Primeiramente lembre-se de que nenhuma dessas ações é natural ou saudável em um relacionamento; pelo contrário, são sinais de abuso.

Tenha em mente que estar em um relacionamento não te obriga a perder a sua individualidade ou os seus direitos; você pode conversar com outras pessoas, ter o seu tempo livre, proteger a sua privacidade e não dar explicações a dúvidas irracionais.

Para enfrentar esses comportamentos do outro é importante não apenas entender onde estão os limites do amor, mas também ter uma autoestima sólida. É esta confiança que te permitirá dizer “não”, não compactuar com comportamentos invasivos e controladores e não ceder a manipulações emocionais.

Se você achar que não é forte o suficiente para fazer isso ou se sentir culpado por negar esses privilégios ao seu parceiro, procure orientação profissional. O controle e o abuso podem aumentar e provocar sequelas significativas na sua saúde mental.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Reed, L. A., Tolman, R. M., & Ward, L. M. (2017). Gender matters: Experiences and consequences of digital dating abuse victimization in adolescent dating relationships. Journal of adolescence59, 79-89.
  • Borrajo, E., Gámez-Guadix, M., & Calvete, E. (2015). Cyber dating abuse: Prevalence, context, and relationship with offline dating aggression. Psychological reports116(2), 565-585.
  • Díaz, P. (2015). El ciber-acoso entre parejas adolescentes. Departamento de Ciencias de la Comunicación y Trabajo Social. Facultad de Ciencias Políticas, Sociales y de la Comunicación. Universidad de La Laguna.
    [Citado 07 de enero 2021]. Disponible en:
    https://riull.ull.es/xmlui/bitstream/handle/915/884/El%20ciberacoso%20entre%20parejas%20adolescentes.pdf?sequence=1&isAllowed=y

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