Quero muito te procurar, mas não tenho mais motivos para te encontrar
Para continuar avançando em um relacionamento, a afirmação “quero muito te procurar” precisa vir acompanhada de motivos, de expectativas que deem força a esse desejo. Porque embora as memórias estejam lá, os sentimentos são necessários para continuar a recriar o amor.
Trata-se de formar uma equipe, promovendo o crescimento pessoal de cada um, bem como aquele que surge do próprio vínculo. Esse esforço mútuo permitirá que ambos os membros ganhem e ninguém perca.
Às vezes, os motivos que antes nos faziam ficar com alguém parecem desaparecer. Deixamos de sentir aquela conexão ou de compartilhar o que tanto nos unia. Ficamos com o desejo, mas não com argumentos sólidos e reais…
Isso já aconteceu com você? Quer saber mais sobre essas questões? Se sim, queremos convidá-lo a refletir sobre este tema.
Quero te procurar, mas tenho motivos?
O amor prende, arrasta, e muitas vezes nos faz esquecer de nós mesmos para nos alimentarmos apenas dessas emoções, dessa paixão que nos faz sentir tão vivos.
Há muitos motivos pelos quais apreciamos alguém dessa forma, especialmente quando a outra pessoa também nos oferece carinho, apoio e cumplicidade.
No entanto, não é aconselhável perder de vista o foco em nós mesmos. Para preservar o nosso bem-estar, também é importante que a relação do casal nos permita realizar projetos individuais e construir outros em comum.
Nesse sentido, fazer-se algumas perguntas é útil para saber quais são as condições que caracterizam o vínculo que mantemos.
Eu tenho um espaço pessoal apesar de estar em um relacionamento?
Existem duas áreas que definem amplamente os laços emocionais saudáveis: a esfera pessoal e a que corresponde ao relacionamento. Embora haja quem pense que o casal implica ‘ser um’ em todos os aspectos, a realidade é que cada um é uma entidade individual com necessidades e sonhos particulares.
- Um dos motivos relevantes na avaliação da relação é justamente a possibilidade de cada membro permitir que o outro seja ele mesmo. Oferecemos ao parceiro a oportunidade de desfrutar de momentos para atender às suas próprias amizades, hobbies e preocupações?
- Os casais estabelecem um vínculo compartilhado sabendo investir, priorizar e unir forças. O casal significa ‘ser a dois’ construindo uma vida em comum, respeitando interesses, gostos e espaços pessoais.
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A comunicação é empática e construtiva?
Comunicar é mais do que apenas conversar ou rir juntos. É, antes de mais nada, chegar a acordos. Embora desfrutar do humor e da companhia um do outro seja essencial, a interação empática e construtiva também é necessária.
- O diálogo que leva em conta as duas vozes é aquele que considera as emoções de ambas as partes.
- Os gestos de comunicação não verbal geralmente transmitem mais informações do que a mensagem expressa explicitamente. Um exemplo seria alguém que, apesar de não insultar ou agredir com palavras, usa um tom depreciativo que faz mal a quem escuta.
Como é a situação que vivemos? Cuidamos de todos esses aspectos? Tentamos melhorar a maneira como nos ‘conectamos’ com nosso parceiro?
Cuidamos do relacionamento todos os dias?
Em um relacionamento saudável, não há espaço para o egoísmo. Também não cabe um “te amo” hoje, mas amanhã eu me esqueço de você e priorizo outros assuntos ou outras pessoas.
- Pode haver compromissos e preocupações fora do relacionamento, mas isso não significa que ele deva ser relegado para um segundo plano.
- Se o seu parceiro te respeita, cuida de você e te deixa crescer, você tem argumentos de sobra para se empenhar em ‘fazer feliz quem te faz feliz’.
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Faltam razões para te procurar
Se os motivos para manter esse amor desapareceram, talvez alimentar falsas esperanças acabe sendo uma ilusão vazia. Pensar que tudo vai se ajeitar ou que seu parceiro vai mudar em algum momento é deixar nas mãos do destino as decisões que lhe correspondem.
- Às vezes, mais do que boas lembranças, o que percebemos são sonhos não realizados. Aquilo que queríamos e que não aconteceu. São projetos ausentes que doem e que, por mais que esperemos por eles, não vão acontecer. Pelo menos não nesse relacionamento e com essa pessoa.
- Se agirmos com coragem, nos convenceremos de que seguir em frente sozinhos é possível. A vida não para.
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Sem dúvida, ficaremos com o desejo de que esse vínculo tivesse prosperado, mas não teremos os alicerces básicos para continuar nessa aposta. Se aceitarmos isso, poderemos superar o luto e nos abrir para novas oportunidades.
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