"Quero deixá-los livres para decidir": Pai explica por que cria os filhos sem distinção de gênero
Christian de Connecticut, nos Estados Unidos, de 30 anos, sempre soube que havia nascido no corpo errado. Ele expressou sua disforia de gênero (condição em que uma pessoa experimenta um forte desconforto ou angústia por sentir que sua identidade de gênero não corresponde ao sexo biológico atribuído no nascimento e ao papel socialmente associado) desde os seus seis anos de idade. Ele afirmou que, quando se tornasse pai, deixaria seus filhos livres para assumirem o gênero que quisessem.
A disforia de gênero e é algo que muitas pessoas sentem. De acordo com o The New York Post, o homem alega que deveria ter nascido menino, mas algo deu errado quando estava na barriga de sua mãe.
“Eu deveria ter nascido menino, mas algo deu errado quando eu estava na barriga da minha mãe’”, disse em entrevista.
Ele não conhecia a palavra transgênero, na infância. “Eu me chamava de moleca e no recreio, quando brincávamos de meninos contra meninas, eu sempre pedia para ser incluído com os meninos”, disse. Em seguida, apontou que a decisão de fazer a transição foi bem difícil.
Após se assumir como homem, Christian começou a tomar testosterona, em meados de 2018. Por isso ele acredita que os filhos devam ter liberdade de escolha para distinguir com qual gênero mais se identificam.
Pai de três crianças, ele passou a refletir sobre suas próprias experiências com seus dois filhos mais velhos, aos quais criou com neutralidade em termos de gênero até que eles confirmassem o que eram.
Hoje pai de Liam, 7, Laura, 5, e Teddy, 2, ele toma cuidado para não induzir que as crianças façam “coisas de menino” ou “coisas de menina” só por causa de sua estrutura corporal.
“Parecia errado dizer que meu filho é menino ou menina com base em sua genitália. Não é isso que faz de você um menino ou uma menina. Gênero é muito mais sobre como você se sente dentro de si. Eu uso pronomes neutros com os meus filhos. Compro todos os tipos de brinquedos, independentemente de serem brinquedos de menino ou de menina e visto meus filhos de maneira neutra em termos de gênero, mas se eles mostrarem interesse em se vestir de uma maneira diferente, é claro que os apoiaria”, disse.
Christian queria deixá-los decidir, quando tivessem idade suficiente, se eram homens ou mulheres e, enquanto isso, ele se referiria aos pequenos com pronomes neutros, ao invés de ele/dele ou ela/dela. O pai também os encorajava a serem curiosos sobre os brinquedos de ambos os sexos, ao mesmo tempo em que os vestia com roupas unissex com cores neutras.
Para evitar que seus três filhos lidem com a pressão de se conformar com as normas de gênero, o pai optou por uma criação neutra no que se refere ao gênero, o que teria dividido opiniões na web.
Seus dois filhos mais velhos, Liam e Laura, já verbalizaram para o pai como se sentem e com que pronome gostariam de ser chamados. Com o caçula, por enquanto, Christian segue usando pronomes neutros e objetos que não induzam a nenhum dos gêneros.
“Há muita pesquisa por aí sobre esse tipo de coisa. Há relatos de que a partir dos dois anos as pessoas começam a notar as diferenças entre meninos e meninas. Dizem que aos três ou quatro anos, a maioria das crianças consegue identificar seu gênero. Isso parece ser verdade para meus filhos. Meu filho definitivamente sabia aos quatro anos de idade e minha filha sabia aos três anos. Eles me disseram várias vezes nessas idades se eram meninos ou meninas”, explicou. Em relação ao bebê, Teddy, o pai ainda o chama com pronomes neutros.
Repercussão
A decisão de criar os filhos sem distinção de gênero é polêmica e nem sempre é bem vista pelas pessoas. Christian conta que recebe ataques e comentários negativos de desconhecidos e até mesmo de pessoas da sua própria família.
“Essas pessoas pensam que eu estou prejudicando meus filhos de alguma forma ou os confundindo. Mas eles são crianças muito felizes e saudáveis e sabem que estão crescendo em um lar amoroso e solidário. É ótimo saber que meus bebês não se sentem pressionados a se adequarem a nenhum papel de gênero e podem ser livres para me dizer quem são”, finalizou.
Christian de Connecticut, nos Estados Unidos, de 30 anos, sempre soube que havia nascido no corpo errado. Ele expressou sua disforia de gênero (condição em que uma pessoa experimenta um forte desconforto ou angústia por sentir que sua identidade de gênero não corresponde ao sexo biológico atribuído no nascimento e ao papel socialmente associado) desde os seus seis anos de idade. Ele afirmou que, quando se tornasse pai, deixaria seus filhos livres para assumirem o gênero que quisessem.
A disforia de gênero e é algo que muitas pessoas sentem. De acordo com o The New York Post, o homem alega que deveria ter nascido menino, mas algo deu errado quando estava na barriga de sua mãe.
“Eu deveria ter nascido menino, mas algo deu errado quando eu estava na barriga da minha mãe’”, disse em entrevista.
Ele não conhecia a palavra transgênero, na infância. “Eu me chamava de moleca e no recreio, quando brincávamos de meninos contra meninas, eu sempre pedia para ser incluído com os meninos”, disse. Em seguida, apontou que a decisão de fazer a transição foi bem difícil.
Após se assumir como homem, Christian começou a tomar testosterona, em meados de 2018. Por isso ele acredita que os filhos devam ter liberdade de escolha para distinguir com qual gênero mais se identificam.
Pai de três crianças, ele passou a refletir sobre suas próprias experiências com seus dois filhos mais velhos, aos quais criou com neutralidade em termos de gênero até que eles confirmassem o que eram.
Hoje pai de Liam, 7, Laura, 5, e Teddy, 2, ele toma cuidado para não induzir que as crianças façam “coisas de menino” ou “coisas de menina” só por causa de sua estrutura corporal.
“Parecia errado dizer que meu filho é menino ou menina com base em sua genitália. Não é isso que faz de você um menino ou uma menina. Gênero é muito mais sobre como você se sente dentro de si. Eu uso pronomes neutros com os meus filhos. Compro todos os tipos de brinquedos, independentemente de serem brinquedos de menino ou de menina e visto meus filhos de maneira neutra em termos de gênero, mas se eles mostrarem interesse em se vestir de uma maneira diferente, é claro que os apoiaria”, disse.
Christian queria deixá-los decidir, quando tivessem idade suficiente, se eram homens ou mulheres e, enquanto isso, ele se referiria aos pequenos com pronomes neutros, ao invés de ele/dele ou ela/dela. O pai também os encorajava a serem curiosos sobre os brinquedos de ambos os sexos, ao mesmo tempo em que os vestia com roupas unissex com cores neutras.
Para evitar que seus três filhos lidem com a pressão de se conformar com as normas de gênero, o pai optou por uma criação neutra no que se refere ao gênero, o que teria dividido opiniões na web.
Seus dois filhos mais velhos, Liam e Laura, já verbalizaram para o pai como se sentem e com que pronome gostariam de ser chamados. Com o caçula, por enquanto, Christian segue usando pronomes neutros e objetos que não induzam a nenhum dos gêneros.
“Há muita pesquisa por aí sobre esse tipo de coisa. Há relatos de que a partir dos dois anos as pessoas começam a notar as diferenças entre meninos e meninas. Dizem que aos três ou quatro anos, a maioria das crianças consegue identificar seu gênero. Isso parece ser verdade para meus filhos. Meu filho definitivamente sabia aos quatro anos de idade e minha filha sabia aos três anos. Eles me disseram várias vezes nessas idades se eram meninos ou meninas”, explicou. Em relação ao bebê, Teddy, o pai ainda o chama com pronomes neutros.
Repercussão
A decisão de criar os filhos sem distinção de gênero é polêmica e nem sempre é bem vista pelas pessoas. Christian conta que recebe ataques e comentários negativos de desconhecidos e até mesmo de pessoas da sua própria família.
“Essas pessoas pensam que eu estou prejudicando meus filhos de alguma forma ou os confundindo. Mas eles são crianças muito felizes e saudáveis e sabem que estão crescendo em um lar amoroso e solidário. É ótimo saber que meus bebês não se sentem pressionados a se adequarem a nenhum papel de gênero e podem ser livres para me dizer quem são”, finalizou.
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