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Quando você chora a perda de uma pessoa, você está triste por ela ou por você?

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Há vezes em que, longe de pensar no sofrimento que a pessoa estava atravessando, concentramos a perda em nós mesmos e em como nos sentimos a respeito.
Quando você chora a perda de uma pessoa, você está triste por ela ou por você?
Última atualização: 23 agosto, 2022

A perda de uma pessoa é algo muito habitual em nossa vida. De fato, se há algo seguro nesta vida é que algum dia morreremos.

Enquanto que em algumas culturas comemoram a morte, em outras ela é considerada uma liberação da pessoa, já na nossa, a morte representa uma desgraça.

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A tristeza, a frustração, a raiva… todos esses e muitos mais sentimentos nos travam por dentro. Às vezes, se isso não acontece, inclusive nos sentimos mal.

Mas…. Será que quando choramos a perda de uma pessoa estamos mais tristes por nós do que por ela? Hoje daremos uma resposta a esta pergunta.

A rejeição diante da perda de uma pessoa

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É curioso pensar em como rejeitamos algo que não tem solução possível.

Em muitas ocasiões falamos em aceitar as adversidades da vida, àquelas pessoas tóxicas que não mudarão e aqueles erros que cometemos constantemente.

Tentamos aceitar tudo isso. Mas por que não aceitamos a morte?

Imaginemos que um ser querido faleceu devido à uma doença, câncer, por exemplo. Esta é uma doença muito dolorosa e destrutiva e, às vezes, não há escapatória possível.

Porém, ainda que seja natural sentir tristeza e melancolia, muitas pessoas aceitam este final como algo positivo.

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Após uma doença onde você viu alguém que ama sofrer, prefere que a pessoa continue viva e passando por essa dificuldade ou que tudo siga seu curso natural?

A rejeição diante da perda de uma pessoa surge de algo muito mais profundo. Um sentimento egoísta que nos invade e que faz com que só pensemos em nós.

A perda e a dependência

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Há uma espécie de vínculo entre a perda e a dependência emocional. Nos casais, isto conduz a relacionamentos destrutivos; na perda, a uma relação de autodestruição.

De repente, nos sentimos incapazes de viver sem essa pessoa e isso é o que realmente nos sufoca. Não nos entristece o fato de a pessoa ter ido, mas sim de ter nos deixado sós.

Este pensamento é dos mais egoístas, principalmente porque suas emoções estão controlando você. Sabemos melhor do que ninguém que, depois que isso passa, continuamos a vida.

Sem nenhuma dúvida, a pior atitude de todas é a negação da perda, a rejeição da morte. Por acaso serve de algo nos impormos diante do que é um fato?

Gastamos nossas energias, nosso tempo e tudo o que temos em sofrer, não pela outra pessoa, mas sim pelas circunstâncias nas quais nos encontramos.

Porém, fugir da morte não é uma opção, e também não é algo positivo. É algo que é melhor aceitar porque, no fim, é ela quem vai ganhar.

A vida não pede permissão

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A vida não vai pedir permissão para levar quem você mais ama. Quando você menos esperar, arrebatará a essência da pessoa mais importante para você.

As consequências disso podem ser devastadoras se você não aprendeu a aceitar isso como algo natural. Se você se refugia em sua dor, a alimenta e começa a acreditar que não poderá seguir adiante.

A vida não é responsável por como você se sente, o quão mal tudo está desde que aquela pessoa o deixou. É apenas sua a responsabilidade de aceitar as coisas assim como elas são.

Fale da morte sem rodeios, deixe de considerá-la um tabu, evite fingir tristeza porque, do contrário, você se sentirá mal…

Pode ser que um ente querido morra e você fique feliz que o grande mal-estar que o assolava tenha acabado. Talvez não chore tanto e nem dramatize sua tristeza porque sabe aceitar a morte.

É importante não se deixar levar pelo que a sociedade nos impõe. Crenças absurdas que, em ocasiões, nos causam desgostos e nos convidam a sofrer gratuitamente.

A não aceitação da morte, a possessão no relacionamento ou o erro como sinônimo de fracasso são algumas das coisas que temos implantadas como certas. Considerá-las de outra maneira nos faz sentir, às vezes, pessoas ruins.

Porém, a morte é algo natural e não deveríamos nos rebelar diante do que um dia acontecerá a todos nós.


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