Você se preocupa demais com o que os outros pensam?
Revisado e aprovado por o psicólogo Bernardo Peña
O que os outros pensam de você não é problema seu. Você se deixa afetar por isso? Até que ponto?
Estar sempre tentando agradar aos outros ou tomar decisões para obter a aprovação alheia pode desgastá-lo até acabar com a sua felicidade.
Você desaparecerá em um baú de tristeza e desolação, pois os demais têm opiniões muito diversas. Às vezes você se sentirá confuso: quem devo levar em consideração e quem não?
O bom é que isso pode ser mudado. Há determinada coisas que você faz sem estar consciente delas e que delatam esta preocupação com o que os outros pensam.
O que os outros pensam de você não é problema seu
Avaliar a si mesmo pelos olhos dos demais deixa claro que você tem um problema significativo de autoestima.
Se hoje lhe dizem que está bonito, assim você se sente; no entanto, se no dia seguinte alguém lhe diz o contrário, você adotará esta como uma verdade e assim se verá.
Isso evita que você se perceba da maneira como realmente é. Chega a ficar obcecado pela forma como os outros o veem, e a se preocupar demais com a sua aparência.
Comece a ver-se no espelho e a levar em conta a sua própria opinião sobre si mesmo, enquanto deixa em segundo plano o que os demais pensam a respeito.
A sua opinião sempre deve estar em primeiro plano, pois é a mais importante.
Leia também: Pessoas felizes não falam mal dos demais
Não é preciso ser uma pessoa perfeita
Quando você se preocupa com o que os outros pensam sobre você, começa a adotar diferentes costumes para criar a imagem de uma pessoa perfeita.
Tudo isso, é claro, é impossível, e irá causar um grande desgaste.
Você começará a pedir desculpas quando não tem culpa de nada, porque assumirá responsabilidades que não lhe pertencem.
Sua obsessão por ser alguém perfeito irá levá-lo a se sentir culpado por quase qualquer coisa, porque, é claro, não tolerará nem um erro mínimo.
Você mudará seus planos para agradar as outras pessoas.
Ou seja, se um dia você está em casa e não tem vontade de sair, mas seus amigos querem se encontrar, você se forçará a ir para agradá-los e para não ter que inventar alguma desculpa.
Dizer “não estou com vontade” não é uma opção, pois lembremos que você quer ser uma pessoa perfeita. Portanto, sempre estará priorizando os demais e fazendo coisas que não quer só para agradar.
Além disso, você estará sempre sob um forte estresse, porque tenta que todos que o rodeiam gostem de você, e cada vez que aparece alguém que não o faz, você sente muita ansiedade.
Não é preciso ser alguém perfeito, e não se pode pretender ser apreciado por todos. É um grande erro não fazer o que você tem vontade só para ficar bem aos olhos dos demais.
Comece a pensar mais em si mesmo, a fazer o que você realmente sente. Você não tem nada a perder por experimentar esta nova forma de agir.
Comece a tomar decisões com segurança
Tudo que mencionamos irá levá-lo a sofrer de uma terrível insegurança em cada decisão que tiver que tomar.
Elas não precisarão ser necessariamente importantes, pois até nas coisas mais simples você hesitará.
Por que isso acontece? Porque você tem sempre o foco colocado sobre os demais, está atento para ver como eles reagem diante da decisão que você tomar.
Você tem medo de que não aprovem sua escolha e que você tenha então que dar um passo para trás. No entanto, pense que o que você decidir é para você, e não para os outros.
Assim, não hesite em colocar o foco em você. Muitas pessoas bem-sucedidas não tiveram apoio por parte de seu entorno em seu momento e, no final, viram que a decisão que haviam tomado era a melhor que poderiam naquele momento.
Não deixe de ler: Não tomar decisões é pior do que cometer erros
Quando você se dá conta, entende que o que os outros pensam não é tão importante. O que você pensa sobre si mesmo é muito mais relevante.
Priorize a si mesmo, deixe de colocar os demais em primeiro lugar, de fazer com que suas decisões dependam das caras alheias.
A responsabilidade pelo caminho através do qual você se dirige é somente sua porque, no fim, são seus pés que estão caminhando.
Não dê importância ao que os outros pensam. Faça o contrário e dê mais importância a si mesmo.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
-
Huang, A. B., & Berenbaum, H. (2017). Accepting our weaknesses and enjoying better relationships: An initial examination of self-security. Personality and Individual Differences, 106, 64-70.
-
Eckland, N. S., Huang, A. B., & Berenbaum, H. (2019). Empathic accuracy: Associations with prosocial behavior and self-insecurity. Emotion.
-
Low, A. A. Y., Hopper, W. J. T., Angelescu, I., Mason, L., Will, G. J., & Moutoussis, M. (2021). Self-Esteem depends on beliefs about the rate of change of social approval.
-
Adams, S. A., Matthews, C. E., Ebbeling, C. B., Moore, C. G., Cunningham, J. E., Fulton, J., & Hebert, J. R. (2005). The effect of social desirability and social approval on self-reports of physical activity. American journal of epidemiology, 161(4), 389-398.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.