Ponte dentária: tipos, vantagens e desvantagens

A ponte dentária é uma prótese fixa que permite resolver a falta de dentes na boca. Como ela é colocada? Quais são seus benefícios? Descubra as respostas a seguir.
Ponte dentária: tipos, vantagens e desvantagens
Vanesa Evangelina Buffa

Escrito e verificado por o dentista Vanesa Evangelina Buffa.

Última atualização: 27 maio, 2022

Diante da perda de um ou mais dentes, o dentista pode sugerir a colocação de uma ponte dentária. Esta é uma alternativa que permite recuperar a estética e a funcionalidade dos dentes.

No entanto, o que exatamente é esta ponte? Quais são suas vantagens e desvantagens? Há muitas dúvidas a este respeito. Por isso, hoje queremos detalhar o que é, seus tipos e quais são seus principais benefícios. Continue lendo!

O que é uma ponte dentária?

Uma ponte dentária é um tipo de prótese fixa utilizada para substituir um ou mais elementos dentários contíguos ausentes na boca. Em particular, cobre a área dos dentes perdidos com coroas artificiais que são cimentadas nos dentes saudáveis ​​que a pessoa ainda possui.

Para que a ponte dentária seja fixada aos dentes vizinhos, eles devem ser esculpidos previamente. Isso significa que esses elementos sofrem um desgaste e a estrutura é cimentada sobre eles. Com isso, o paciente não consegue mais retirar a prótese, que fica fixa na boca.

Com esse tipo de tratamento, as funções que são perdidas quando um ou mais dentes estão faltando podem ser recuperadas. Isso inclui estética, oclusão, capacidade de mastigação, formato do rosto, fala e pronúncia.

Em geral, as pontes dentárias podem ser feitas dos seguintes materiais:

  • Metais
  • Resinas
  • Cerâmica
  • Porcelana
  • Cerômeros
Uma ponte dentária é uma prótese fixa
Uma ponte dentária é uma prótese fixa usada para substituir dentes perdidos.

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Como é feita uma ponte dentária?

Após o dentista ter feito o diagnóstico e ter decidido, com o paciente, resolver a ausência de elementos dentários com a colocação de uma ponte dentária, estes serão os passos a serem seguidos para realizar a colocação:

  1. Escultura dos dentes pilares: com anestesia prévia, o profissional irá esculpir os dentes vizinhos com a turbina. Esses elementos são chamados de pilares, uma vez que serão o suporte da ponte.
  2. Confecção de moldes: os moldes da boca são feitos e enviados ao laboratório de prótese dentária para a confecção da ponte.
  3. Resina provisória: coroas provisórias são feitas no modelo diagnóstico para serem colocadas nos pilares esculpidos durante o tempo que leva para fazer a ponte. Assim, a estética e a saúde dos itens usados ​​são mantidas.
  4. Teste de metal: a estrutura metálica da ponte é testada; o profissional avalia se ela encaixa bem ou se são necessárias correções.
  5. Teste de cor: a cor dos dentes do paciente é identificada e enviada novamente ao laboratório.
  6. Teste da ponte: a ponte inteira é testada e os ajustes são feitos. É enviada uma última vez ao laboratório para acabamento e brilho.
  7. Cimentação da ponte: um cimento especial é colocado nos pilares esculpidos e a ponte é colocada na boca.
  8. Verificações posteriores: após um período de uso, o dentista marcará outra consulta para verificar se está tudo em ordem.

Que tipos de pontes dentárias existem?

Existem diferentes tipos de pontes dentárias. As principais são as tradicionais, a cantilever, a Maryland e as suportadas por implantes. A escolha de um ou outro depende de cada caso clínico em particular. Caberá ao dentista orientar o processo, de acordo com as necessidades individuais.

Ponte dentária tradicional

A ponte dentária tradicional é aquela que é utilizada quando existem elementos dentários naturais em ambos os lados do espaço vazio das peças que faltam. Assim, esta lacuna é ocupada por um ou mais dentes artificiais que são suportados pelas coroas que são cimentadas de cada lado, sobre os dentes pilares.

Por possuírem pilares em ambos os lados, são as que melhor distribuem e suportam a força da mastigação. Por esse motivo, geralmente são escolhidas para o setor posterior da boca.

Ponte dentária cantilever

É semelhante à ponte tradicional, exceto pelo fato de que é suportada por um único pilar. Em outras palavras, neste caso, apenas um dente natural é necessário ao lado do espaço deixado pelos elementos dentários ausentes.

O dentista terá que esculpir o dente escolhido como pilar. Sobre ele, a coroa será cimentada com a ponte que conterá os dentes artificiais para ocupar o espaço vazio. Por terem um único ponto de apoio, podem ser menos resistentes. Às vezes elas se quebram ou se desprendem durante a mastigação.

Ponte dentária Maryland

Essas pontes usam dois elementos dentais naturais como pilares, um de cada lado do espaço vazio. A diferença em relação aos tradicionais é que estas não utilizam coroas nos pilares, mas asas laterais, de metal ou de porcelana, que aderem à face posterior dos dentes vizinhos.

Para poder posicioná-las, deve haver um elemento natural em ambos os lados do espaço criado pela falta de dentes. Aqui o entalhe é bem menor, portanto esta é a opção mais conservadora. Porém, só pode ser usada em setores que não recebem muita carga oclusal, pois não suportam tanta força.

Ponte dentária suportada por implante

Como o nome indica, essas pontes usam implantes em vez de coroas em dentes esculpidos. Para a sua colocação, deve ser realizada uma cirurgia na qual são colocados os implantes que darão suporte à ponte.

Em geral, são necessários dois momentos cirúrgicos: um para colocar os implantes e outro para colocar a ponte. Pode demorar vários meses para terminar todo o processo.

O número e a localização dos implantes variam de acordo com cada caso clínico. Eles podem ser colocados um no centro do espaço, um para cada elemento ausente ou um em cada extremidade da lacuna.

Este tipo de ponte dentária é a mais estável e a que melhor suporta as cargas oclusais. Também costumam ser as mais confortáveis ​​para a pessoa e os únicas que impedem a reabsorção óssea do espaço desdentado.

Benefícios de usá-las

A colocação de uma ponte dentária traz benefícios estéticos e para a saúde. Uma vez realizada a intervenção, a pessoa pode mastigar e comer normalmente novamente. Além disso, vai melhorar a sua fonação por não ter aqueles espaços vazios que podem causar sons involuntários, chiados ou outros hábitos linguais.

Do ponto de vista estético, ter todos os dentes na boca favorece a autoconfiança e a autoestima. Melhora a aparência física mantendo o formato do rosto. Da mesma forma, ao ocupar o espaço dos dentes ausentes, os elementos restantes são impedidos de se mover e mudar de posição.

Por serem fixadas na boca, sua manutenção é fácil e sua limpeza é igual à dos dentes naturais. A pessoa tende a se acostumar rapidamente com a sua presença na boca, assimilando-as como parte da sua estrutura oral.

O custo da ponte dentária é uma de suas vantagens mais notáveis. Elas são duráveis ​​e, em comparação com os implantes, muito mais baratas.

Mulher colocando prótese nos dentes
A colocação de uma ponte dentária ajuda a restaurar as funções dos dentes perdidos. Além disso, melhora a estética do rosto.

Desvantagens da ponte dentária

Antes de escolher uma ponte dentária como solução para a ausência de dentes, é necessário conhecer algumas desvantagens desse método. Aqui estão algumas delas:

  • Desgaste dos dentes pilares: a principal desvantagem deste tipo de prótese é a necessidade de esculpir os dentes saudáveis. Ao causar desgastes, aumenta o risco de sofrer outros danos no processo. Em certos casos, é necessário fazer um canal radicular. Por outro lado, como sua forma é alterada, essas peças devem estar sempre cobertas por uma coroa.
  • Estética: devido ao metal ser usado, o pilar e as gengivas podem sofrer manchas.
  • Risco de vazamento: devido ao espaço entre o pilar e a coroa, cavidades podem se desenvolver abaixo da coroa cimentada.
  • Risco de infiltração: os pilares podem se mover, especialmente se suportarem muita carga oclusal durante a mastigação. Não é recomendado usá-los em pacientes que tenham hábitos nocivos como o bruxismo, roer objetos ou roer as unhas.
  • Reabsorção óssea: o osso onde não existem elementos dentários, por não ter estímulo, vai sendo reabsorvido.
  • Durabilidade: tendem a durar vários anos na boca, mas em comparação com os implantes, duram menos.
  • Risco de gengivite: bactérias podem se acumular no espaço entre a ponte e a gengiva, causando inflamação.

A orientação do dentista é fundamental

As pontes dentárias representam uma boa opção para substituir aqueles dentes que, por algum motivo, estão faltando na boca. Mesmo assim, antes de optar por esse método, é importante consultar o seu dentista.

O profissional ajudará a esclarecer todas as dúvidas quanto aos seus materiais, tipos, design e fixação. Além disso, ele avaliará se eles podem causar algum tipo de problema.


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