Quais são os peixes livres de anisakis?
Escrito e verificado por nutricionista Saúl Sánchez Arias
Existem algumas variedades de peixes livres de anisakis. Nem todos eles contêm esse parasita e, portanto, seu consumo é considerado seguro. Anisakis é um nematoide que pode ser muito prejudicial quando entra no corpo humano.
Segundo informações publicadas pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), é a causa de uma doença conhecida como anisaquíase, que pode desencadear reações graves no corpo, tanto digestivas quanto alérgicas.
De acordo com essa mesma fonte, a melhor maneira de evitar essa condição é evitar o consumo de peixe cru ou lula mal cozida. Então, além de conhecer os peixes livres de anisakis, vamos ver algumas dicas para reduzir o risco de infecção.
Peixes livres de anisakis
Anisakis é um parasita que, segundo uma revisão publicada no International Journal of Parasitology, pode se apresentar em diferentes cepas, o que condiciona a reação subsequente do organismo humano.
Geralmente está presente em cefalópodes, mas também em peixes como pescada, cavalinha, sardinha e bacalhau. No entanto, nem todos os peixes são capazes de abrigar esse nematoide dentro de si.
Em geral, peixes que vivem em água doce não costumam apresentar esse parasita. Tanto trutas quanto salmão cultivados são alimentos seguros do ponto de vista da ausência desse microrganismo.
É preciso notar que se trata de um parasita cuja ingestão pode desencadear um processo de anafilaxia, como afirmado em artigo publicado na revista Internal Medicine. Por essa razão, também é necessário levar em conta quais peixes o contêm e, se for o caso, como matá-lo.
Leia também: É bom comer bacalhau? Nutrientes e benefícios
Formas de acabar com o anisakis
Embora um peixe seja suscetível a conter anisakis dentro dele, há maneiras de evitar a presença desse microrganismo. Uma delas é colocá-lo em uma salmoura ou banhá-lo em sal. Desta forma, embora o bacalhau possa abrigar o parasita, sua versão preservada de sal é considerada segura.
Outro método para acabar com esse organismo perigoso é através de um processo de congelamento. Um estudo publicado na revista Parasitology Research destaca que é necessário submeter o peixe a uma temperatura abaixo de -15 C, durante 24 horas, para garantir a destruição do parasita.
É por isso que, antes de consumir peixe cru, recomenda-se o congelamento do mesmo. Assim, o risco de intoxicação alimentar é significativamente reduzido. Portanto, é possível fazer pratos seguros, como sushi, sem o risco de causar problemas.
Você também pode estar interessado: 6 alimentos que você não deve reaquecer pois podem causar doenças
Cozinhar o peixe para eliminar o anisakis
Além de congelar, existem outros métodos para evitar uma intoxicação por anisakis. Uma opção eficaz é submeter os peixes a altas temperaturas. Tanto a fritura quanto o cozimento são eficazes na minimização do risco de contaminação pelo parasita.
No entanto, defumar ou marinar não é suficiente para matar o organismo que causa essas infecções. Para garantir a saúde dos peixes defumados, é aconselhável submetê-los a um processo de congelamento subsequente; caso contrário, pode não ser seguro consumi-los.
Vale notar que ingerir o parasita é perigoso, pois a maioria das pessoas não sabe se é ou não alérgica a esse nematoide. Como resultado, o que poderia ser um processo simples de desconforto gastrointestinal pode se tornar uma transtorno agudo com riscos à saúde.
Por isso, é fundamental garantir a ausência de anisakis em peixes antes de consumi-los, seja porque o alimento em questão não é mais um possível hospedeiro ou porque as medidas necessárias foram tomadas para acabar com a sua existência no alimento.
Nem todos os peixes têm anisakis
Como vimos, o anisakis pode ser um grande risco para a saúde. Agora você sabe que nem todos os peixes são suscetíveis a contê-lo. Em caso de dúvida, pense que os peixes de rio ou de criadouros estão livres deste nematoide.
Além disso, ao cozinhar um alimento do mar, certifique-se de fazer um cozimento completo, o que garante a saúde do mesmo e a ausência de patógenos.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
- Aibinu IE., Smooker PM., Lopata AL., Anisakis nematodes in fish and shellfish from infection to allergies. Int J Parasitol Parasites Wildl, 2019. 9: 384-393.
- Shikino K., Ikusaka M., Anaphylaxis induced by anisakis. Intern Med, 2019.
- Podolska M., Pawlikowski B., Nadolna Altyn K., Pawlak J., et al., How effective is freeing at killing anisakis simplex pseudoterranova krabbei and p.decipiens larvae? an experimental evaluation of time temperature conditions. Parasitol Res, 2019. 118 (7): 2139-2147.
-
Buchmann, K., & Mehrdana, F. (2016). Effects of anisakid nematodes Anisakis simplex (s.l.), Pseudoterranova decipiens (s.l.) and Contracaecum osculatum (s.l.) on fish and consumer health. Food and Waterborne Parasitology, 4, 13–22. https://doi.org/10.1016/j.fawpar.2016.07.003
- Shimamura Y, Muwanwella N, Chandran S, Kandel G, Marcon N. Common Symptoms from an Uncommon Infection: Gastrointestinal Anisakiasis. Can J Gastroenterol Hepatol. 2016;2016:5176502. doi:10.1155/2016/5176502
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.