Logo image
Logo image

O que o hábito de roer as unhas fala da sua personalidade

5 minutos
A onicofagia aparece entre os 10 e os 18 anos e costuma responder a padrões de ansiedade. As pessoas que roem as unhas o fazem de forma automática e inconsciente.
O que o hábito de roer as unhas fala da sua personalidade
Carlos Fabián Avila

Revisado e aprovado por o médico Carlos Fabián Avila

Escrito por Yamila Papa Pintor
Última atualização: 07 outubro, 2022

O hábito de roer as unhas é muito comum e está relacionado com as emoções. Essa conduta acompanha algumas pessoas pela vida toda, mas em outras, ela aparece em certos períodos de estresse ou de ansiedade.

A persistência do mau hábito de roer as unhas

A repetição contínua de roer as unhas é o problema que vamos abordar nesse artigo. Algumas pessoas têm um sério desequilíbrio e não podem realizar nenhuma atividade porque seus dedos estão sempre na boca.

Quando isso acontece, essa conduta é denominada como onicofagia.

Isso vai além de algo estético, já que dá vergonha mostrar a mão, os dedos, etc. 50% da população, na maior parte mulheres, sofre com esse problema. Ele aparece entre os 10 e os 18 anos e pode durar a vida toda.

A maioria das pessoas que realiza tratamentos para deixar de roer as unhas fracassa. O motivo? O que desencadeia a onicofagia (queremos dizer a ansiedade, o nervosismo, a depressão, o estresse, o aborrecimento, os problemas ou a tristeza) não é tão simples de tratar.

Descubra: 5 remédios naturais para a psoríase nas unhas

Some figure

Os hábitos nervosos ou negativos começam com uma mudança quase imperceptível no dia a dia. Quando a pessoa vai se acostumando com essa prática, aumenta a quantidade de vezes em que a realiza.

A causa principal de roer as unhas é a falta de consciência. As pessoas não se dão conta do que estão fazendo até que alguém as faz notar ou até se machucarem. Então, pode-se dizer que a onicofagia é uma resposta automática a um problema, um escape, uma maneira de evadir ou expressar os sentimentos, etc.

Aqueles que formam parte do entorno da pessoa também estão implicados. Embora no começo elas possam indicar que é ruim roer as unhas, depois verão como algo normal e omitirão a situação.

Por outro lado, quem padece de onicofagia está acostumado a roer as unhas e relaciona certas atividades com esse hábito, como por exemplo, ver televisão, ler, falar, etc.

Quais são as razões do hábito de roer as unhas?

Os psicólogos criaram uma espécie de lista com as principais causas da onicofagia. Preste atenção, porque elas podem demonstrar como é a sua personalidade.

Falta de tranquilidade

Quando estamos estressados, com muitos problemas ou ansiosos, é mais provável roermos as unhas. A necessidade de encontrar uma maneira de escapar da situação nos faz sofrer de onicofagia.

Claro, porque morder os dedos tem um efeito calmante no sistema nervoso.

Some figure

Hábito de roer as unhas por tédio

O fato de não estar fazendo nada em particular, a inatividade e o tédio também são causas do hábito de roer as unhas. O hábito de roê-las é uma via de estimulação para o sistema nervoso, que ajuda, por exemplo, a não dormir.

Perfeccionismo

As pessoas que roem as unhas podem ficar muitas horas por dia olhando as mãos e examinando que não fique nenhuma mínima irregularidade nos seus dedos.

Se isso acontecer, em seguida, vão tentar lixá-la. É bom saber também que este hábito causa problemas nos dentes, nas mãos e na pele.

Imitação

Muitas crianças roem as unhas ao ver seus pais com o mesmo mau hábito. No caso pontual de pacientes de até 18 anos, a aparição da onicofagia se deve ao transtorno por ansiedade, ou também por tiques, hiperatividade ou transtorno obsessivo compulsivo.

Recomendamos a leitura: Transtorno compulsivo obsessivo (TOC)

Some figure

Causas psicossomáticas do hábito de roer as unhas

São muitos os casos de pessoas que roem as unhas para se provocar dor, autolesionar, etc. Isso pode aparecer em famílias violentas, em criações muito severas, como uma maneira de chamar a atenção, etc.

Emoções

A timidez e a baixa autoestima, e também o sofrimento por um divórcio ou a morte de um ser querido, podem derivar em onicofagia.

O hábito pode chegar a desaparecer se a pessoa se sentir mais segura e com confiança em si mesma e no seu entorno.

Crianças com onicofagia: o que é preciso saber

Uma pesquisa recente indica que aquelas crianças que mordem ou roem as unhas têm menos habilidades sociais do que as que não sofrem de onicofagia. Essa condição afeta 45% das crianças nos países industrializados (frente a 10% dos adultos).

Trata-se de um transtorno nervoso que limita a ansiedade mas, ao mesmo tempo, traz consequências negativas, tanto para o seu corpo como para a sua autoestima.

São diversos os fatores determinantes para se roer as unhas e convertê-lo em um ato inconsciente, reflexo e automático.

As crianças não se dão conta de que estão produzindo um dano a si mesma e, com o passar do tempo, é muito difícil abandonar esse hábito.

Quando as crianças têm problemas na escola, como sofrer de bullying, mau rendimento nas matérias, etc. ou, aquelas que vivem em um ambiente pouco saudável, têm mais probabilidade de sofrer de onicofagia.

Frente a situações de estresse, nervosismo, angustia ou insatisfação pessoal, roem as unhas como una maneira de escapar dessa situação.

Embora não seja um problema grave, se tratado a tempo, também é bom indicar que, se aparecer em crianças menores de 10 anos, podemos optar por uma assistência psicológica.

Em geral, esse mau hábito é abandonado quando surge a vergonha de mostrar as mãos ou, no caso das meninas, quando querem começar a se maquiar, pentear, etc., ou seja, aos 13 anos, aproximadamente.

É por isso que a onicofagia está relacionada com os problemas sociais, já que as crianças primeiro se sentem tristes por algo em particular e se isolam do resto, enquanto roem as unhas.

E isso se converte em um círculo vicioso, já que não ter mãos bonitas torna as crianças ainda mais introvertidas.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Ghanizadeh, A. (2008). Association of nail biting and psychiatric disorders in children and their parents in a psychiatrically referred sample of children. Child and Adolescent Psychiatry and Mental Health, 2(13). https://doi.org/10.1186/1753-2000-2-13
  • Ghanizadeh, A., & Shekoohi, H. (2011). Prevalence of nail biting and its association with mental health in a community sample of children. BMC Research Notes, 4(116). https://doi.org/10.1186/1756-0500-4-116
  • Ghanizadeh A. (2011). Nail biting; etiology, consequences and management. Iranian Journal of Medical Sciences36(2), 73–79. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3556753/
  • Grant, J. E., Odlaug, B. L., & Kim, S. W. (2010). A clinical comparison of pathologic skin picking and obsessive-compulsive disorder. Comprehensive Psychiatry, 51(4), 347–352. https://doi.org/10.1016/j.comppsych.2009.10.006
  • Singal, A., & Daulatabad, D. (2017). Nail tic disorders: Manifestations, pathogenesis and management. Indian Journal of Dermatology, Venereology, and Leprology, 83(1), 19-26. https://doi.org/10.4103/0378-6323.184202
  • Sisman, F. N., Tok, O., & Ergun, A. (2017). The effect of psychological state and social support on nail-biting in adolescents: An exploratory study. School Psychology International, 38(3), 304–318. https://doi.org/10.1177/0143034317690578
  • Weijenberg, R. A. F., & Lobbezoo, F. (2015). Chew the Pain Away: Oral Habits to Cope with Pain and Stress and to Stimulate Cognition. BioMed Research International, 2015(149431), 1–7. https://doi.org/10.1155/2015/149431

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.