O que é herpes labial?
O herpes nos lábios é uma infecção que pode ocorrer também nas gengivas ou na boca em geral. É produzido pelo vírus Herpes Simplex. A lesão é geralmente vesiculosa com pequenas bolhas. Aliás, existem duas cepas desse vírus, o VSH-1, que causa herpes labial, e o VSH-2, que causa o herpes genital.
Segundo informações da BMJ Clinical Evidence, entre 20% e 40% dos adultos são afetados em algum momento. No entanto, a infecção primária geralmente ocorre na infância e acredita-se que o vírus permaneça dormente no gânglio trigêmeo.
Causas de herpes nos lábios
Depois de superar os sintomas da primeira infecção, o vírus fica em estado letárgico no corpo. Então, quando o vírus é ativado, produz novamente essas lesões vesiculares, chamadas febre da pele.
A propagação deste vírus é muito fácil durante a presença das lesões. Portanto, basta o contato físico com outra pessoa para que o contágio ocorra. Por outro lado, não é um vírus hereditário.
Além disso, o uso de objetos que estiveram em contato com a lesão pode causar contágio, como por exemplo, barbeadores, toalhas, batom, etc. Segundo a OMS, cerca de 3,7 bilhões de pessoas com menos de 50 anos estão infectadas em todo o mundo.
Muitas vezes, a infecção primária por herpes ocorre na infância. No entanto, o vírus permanece latente e a infecção pode ser repetida ante determinados estímulos.
Fatores de risco
Existem fatores que algumas pessoas têm e que favorecem o surgimento desse vírus, como por exemplo:
- Pessoas com sistema imunológico deprimido.
- Pacientes com doenças imunológicas, como HIV / AIDS.
- Pessoas com queimaduras graves.
- Pacientes em tratamento quimioterápico.
- Aqueles que estão sob tratamento medicamentoso para evitar a rejeição de transplante.
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Sintomas de herpes nos lábios
Esses sintomas podem ser leves ou graves, dependendo de cada pessoa, podem inclusive ser assintomáticos. Os primeiros sintomas geralmente aparecem após 1-2 semanas após o contágio e duram entre 7 e 15 dias.
Os sintomas mais comuns são, principalmente:
- Prurido na área da lesão.
- Calor local.
- Surgimento de bolhas: principalmente na junção entre o lábio e a pele.
- Formigamento na área próxima aos lábios: geralmente antes do aparecimento da lesão.
- Inchaço dos lábios.
- Supuração e crostas: as bolhas podem se juntar e explodir, secretando fluidos e formando uma crosta posterior.
Também pode surgir desconforto na garganta ou inflamação dos gânglios linfáticos. As áreas em que geralmente pode aparecer são:
- Garganta
- Lábios
- Gengivas
- Boca
- Fossas nasais.
Por que ocorrem?
Após a primeira infecção do vírus, ele pode reaparecer por diferentes motivos, como por exemplo:
- Sistema imunológico debilitado.
- Estresse.
- Sol em excesso.
- Menstruação.
- Alterações hormonais.
- Febre.
Testes para detectá-lo
Quando há um caso de herpes muito repetitivo, ou as lesões são maiores do que o normal, geralmente são realizados diferentes testes. O mais frequente é a realização de uma cultura virológica das vesículas na fase inicial da doença.
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Tratamento de herpes nos lábios
Para tratar esta patologia, dois tipos de tratamentos podem ser usados. Tratamento tópico, baseado na aplicação de um creme antiviral na área. Entretanto, este tratamento é eficaz se começar a ser aplicado desde os primeiros sintomas.
Se for necessária a administração de medicamentos a nível sistêmico, as mesmas drogas antivirais são usadas, mas administradas em forma de comprimidos. Os medicamentos mais usados são:
- Aciclovir
- Valaciclovir
- Fanciclovir
Tratamentos como os analgésicos podem ser usados para evitar desconforto. Além disso, também existem dicas que podem melhorar ou preveni-los:
- Evite compartilhar utensílios com as pessoas que os apresentam.
- Use protetor labial para evitar que sequem.
- Coma alimentos saudáveis.
- Evite beijos.
Em conclusão
O herpes labial é uma infecção altamente contagiosa causada pelo vírus herpes simplex. Entretanto, embora a infecção primária ocorra na infância, ela pode reaparecer na idade adulta devido a vários fatores. Para seu controle, é necessário o uso de antivirais.
E como sempre indicamos, a consulta com o médico é indispensável, porque somente ele poderá determinar o tratamento adequado.
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