Você sabe o que é a resiliência?

A resiliência é um conjunto de pensamentos e atitudes que podemos aprender e desenvolver para nos adaptarmos e superarmos as situações adversas. As pessoas ao nosso redor também serão fundamentais nesse processo.
Você sabe o que é a resiliência?
Bernardo Peña

Revisado e aprovado por o psicólogo Bernardo Peña.

Escrito por Equipe Editorial

Última atualização: 11 julho, 2023

Como as pessoas lidam com as situações difíceis? Como superar a morte de um ente querido ou a perda de um emprego? A resposta para o motivo pelo qual nos adaptamos é a resiliência.

O que é resiliência?

Se você se pergunta o que é resiliência, a resposta é simples: é a capacidade de enfrentar adversidades e conseguir se adaptar a tragédias, traumas, ameaças ou a um estresse severo.

Ser resiliente não significa que a pessoa não experimente dificuldades ou angústia. Todos, em algum momento da vida, sentem tristeza, incerteza, desconforto ou dor, seja física ou emocional.

Ser resiliente é, apesar de todos os obstáculos que surgem e do grande impacto que as situações têm em cada pessoa, ser capaz de se superar e se adaptar.

Além disso, a resiliência não é algo que possamos ter ou não, mas sim um conjunto de pensamentos, emoções e comportamentos que podem ser aprendidos e desenvolvidos por qualquer pessoa.

Influências para se tornar resiliente

Muitos estudos mostram que o suporte emocional é um dos fatores mais importantes envolvidos na construção da resiliência. Ter pessoas próximas que nos fornecem amor, apoio e confiança pode nos tornar muito mais resilientes.

Outros fatores associados são:

  • Uma visão positiva de nós mesmos, confiando em nossos pontos fortes e fracos.
  • Habilidades de comunicação e resolução de problemas. Ver os problemas como desafios a serem superados, e não como possíveis ameaças.
  • Capacidade de fazer planos realistas, bem como uma boa destreza no manejo de sentimentos e impulsos fortes (capacidade de autocontrole).

Quais são as características das pessoas resilientes?

Gato se esforçando

As características fundamentais das pessoas resilientes são:

  • Aceitar a realidade como ela é;
  • Acreditar que a vida tem um sentido;
  • Capacidade para melhorar.

Além disso, elas podem apresentar outras habilidades, como:

  • Saber como controlar suas emoções;
  • Ser empático;
  • Saber como identificar com precisão as causas dos problemas;
  • Considerar-se competente;
  • Ser autoconfiante.

A característica mais importante de uma pessoa resiliente é a sua maneira de pensar, seu estilo de pensamento. Uma pessoa resiliente tem um pensamento realista e flexível.

Como desenvolver a resiliência?

A resiliência não é algo que alguns de nós temos e outros não, mas engloba uma série de habilidades e atitudes que podemos desenvolver. Como? Aqui estão algumas dicas:

1. Estabelecer relacionamentos

Já mencionamos anteriormente que o suporte emocional é um dos fatores mais importantes que nos ajudam a ser mais resilientes.

Ter um bom relacionamento com outras pessoas, aceitar a ajuda e o apoio que elas nos oferecem, bem como ajudar quem precisa, fortalece a resiliência.

2. Pensamento realista, pensamento construtivo

Não podemos evitar a ocorrência de eventos ameaçadores ou estressantes, mas podemos mudar a maneira como interpretamos e reagimos a eles.

Enxergar os problemas como desafios a serem superados, a partir de uma perspectiva ampla, pensando que temos a capacidade para enfrentá-los e encontrar possíveis soluções, nos ajuda a ser resilientes.

3. Aceitar a realidade

Aceitar que a mudança faz parte da vida é essencial para se adaptar. Sem essa aceitação, o processo de adaptação fica estagnado.

4. Confiar em si mesmo

Você não sabe do que é capaz até tentar; você pode até se surpreender com o quanto pode alcançar.

5. Desenvolver metas e objetivos

Tome uma atitude, não fique parado. Estabeleça objetivos e metas e lute por eles.

6. Buscar oportunidades de se descobrir

Muitas vezes, depois de superar um evento estressante ou adversidade, você experimenta um crescimento pessoalVocê aprende algo novo sobre si mesmo.

Existem muitas outras formas de desenvolver a nossa capacidade de resiliência, basta identificar aquelas atividades que nos permitam construir nossa estratégia pessoal para desenvolvê-la.

Por último, uma frase para refletir:

O curioso paradoxo é que, quando me aceito como sou, sou capaz de mudar.”


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Boardman, J. D., Blalock, C. L., & Button, T. M. (2008). Sex differences in the heritability of resilience. Twin Research and Human Genetics11(1), 12-27.
  • Liu, H., Zhang, C., Ji, Y., & Yang, L. (2018). Biological and psychological perspectives of resilience: is it possible to improve stress resistance?. Frontiers in human neuroscience12, 326.
  • Oriol-Bosch, A. (2012). Resiliencia. Educación médica15(2), 77-78.
  • Sibalde Vanderley, I. C., Sibalde Vanderley, M. D. A., da Silva Santana, A. D., Scorsolini-Comin, F., Brandão Neto, W., & Meirelles Monteiro, E. M. L. (2020). Factores relacionados con la resiliencia de adolescentes en contextos de vulnerabilidad social: revisión integradora. Enfermería global19(59), 582-625.
  • Southwick, S. M., Bonanno, G. A., Masten, A. S., Panter-Brick, C., & Yehuda, R. (2014). Resilience definitions, theory, and challenges: interdisciplinary perspectives. European journal of psychotraumatology5(1), 25338.
  • Wu, G., Feder, A., Cohen, H., Kim, J. J., Calderon, S., Charney, D. S., & Mathé, A. A. (2013). Understanding resilience. Frontiers in behavioral neuroscience7, 10.
  • Yalcin-Siedentopf, N., Pichler, T., Welte, A. S., Hoertnagl, C. M., Klasen, C. C., Kemmler, G., … & Hofer, A. (2021). Sex matters: stress perception and the relevance of resilience and perceived social support in emerging adults. Archives of Women’s Mental Health24, 403-411.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.