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O que é a adenomiose: sintomas e tratamento

3 minutos
A administração de anti-inflamatórios para controlar as cólicas e o uso da pílula contraceptiva costumam ajudar a aliviar os sintomas da adenomiose.
O que é a adenomiose: sintomas e tratamento
Diego Pereira

Revisado e aprovado por o médico Diego Pereira

Escrito por Equipe Editorial
Última atualização: 15 dezembro, 2022

A adenomiose é uma doença que avança com um engrossamento dentro das paredes do útero. Por conseguinte, a mulher sentirá dor, sangramento e cólicas fortes, entre outros sintomas que veremos a continuação.

Esta doença se produz quando o tecido que normalmente recobre o útero, que é o tecido endometrial, se desenvolve dentro da parede muscular do útero. O tecido deslocado segue funcionando com normalidade, se engrossa, se degrada e produz sangramento durante o ciclo menstrual.

A adenomiose é um transtorno benigno e comum em mulheres que tenham dado à luz entre as idades de 35 a 50 anos. Além disso, esta afecção pode se apresentar de duas formas, levando em consideração a quantidade de tecido invadido:

  • Adenomiose difusa: nesse caso, grande parte do útero ou sua totalidade é afetado.
  • Adenomiose focal: também conhecida como adenomioma. Consiste em uma massa localizada dentro do miométrio.

Causas da adenomiose

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Hoje em dia, não se conhecem as causas exatas que desencadeiam esta doença no útero. Algumas das explicações científicas são, por exemplo:

  • Traumas no útero como antecedentes de cirurgia uterina ou ginecológica. Assim como mais de uma gravidez ao longo da vida ou um parto por cesárea.
  • Crescimento de tecido invasivo. Acredita-se que possa ser o resultado da invasão direta das células endometriais do revestimento do útero no músculo; que forma a parede uterina.
  • Origens do desenvolvimento. Pensa-se que possa ser originada dentro do músculo uterino a partir do tecido endometrial que se deposita ali quando o útero se forma inicialmente no feto.

No entanto, há que se considerar que qualquer que seja a causa, o crescimento dependerá totalmente da concentração de estrogênios que a mulher tenha.

Sintomas

Aproximadamente um terço das mulheres que apresentam esta doença não apresentam nenhum sintoma. A outra porção sofrem com sintomas, sendo o principal o fluxo menstrual intenso e cólicas muito dolorosas.

Além disso, quando a mulher tem relações sexuais, pode sangrar fora do período da menstruação.

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Outros sintomas comuns da adenomiose são:

  • Dor pélvica.
  • Câimbras intensas.
  • Anemia provocada pelo sangramento abundante pode ser uma complicação dessa doença. Aparece quando os sangramentos são prolongados. Por conseguinte, a mulher se sentirá cansada e pode apresentar outros problemas de saúde.
  • Problemas de infertilidade.

Apesar de não ser uma doença nociva, a dor e o sangramento excessivo podem alterar o estilo de vida desses pacientes. Além disso, é frequente que tentem evitar realizar atividades que antes desfrutavam pela intensa dor ou pela preocupação de começar a sangrar.

Diagnóstico

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O útero pode ser visualizado mediante técnicas de ultrassom ou por ressonância magnética. A primeira técnica é a mais efetiva e a que é mais disponível para os médicos hoje em dia.

Graças aos ultrassonspode-se observar a textura uterina de maneira heterogênea sem as massas focais bem definidas que caracterizam transtornos como os miomas.

Com relação a segunda técnica, a ressonância magnética provê uma melhor capacidade diagnóstica porque tem uma melhor resolução e contrasta melhor as imagens, especialmente na diferenciação entre uma adenomiose e um mioma fibrótico. 

Por outro lado, nas mulheres sem sintomas e sem aumento de volume uterino, é possível fazer um diagnóstico com absoluta certeza somente através da avaliação do útero depois de uma histerectomia.

Tratamento da adenomiose

O único tratamento eficaz para a adenomiose é a extirpação cirúrgica do útero ou histerectomia. Como os sintomas tendem a piorar depois dos 40-45 anos de idades e desaparecem logo após a menopausa, a maioria das mulheres termina sem necessidade de recorrer a um tratamento radical.

administração de anti-inflamatórios para controlar as cólicas e o uso da pílula contraceptiva para controlar a liberação dos hormônios durante o ciclo menstrual costumam ajudar a aliviar os sintomas.

No entanto, no caso da mulher estar longe da menopausa, já tem filhos e não quer ter mais e não é capaz de reduzir os sintomas da doença; a cirurgia deve ser considerada sob indicação médica.


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