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O medo de fazer uma cesariana

5 minutos
A seguir, explicaremos tudo o que você precisa saber sobre uma cesariana para poder vencer o medo e se preparar melhor para o parto.
O medo de fazer uma cesariana
Nelton Abdon Ramos Rojas

Revisado e aprovado por médico Nelton Abdon Ramos Rojas

Última atualização: 27 maio, 2022

O medo de uma cesariana é algo muito frequente entre as grávidas, especialmente entre as de primeira viagem. No geral, isso tem como base preconceitos e falta de informação. No entanto, deve-se levar em consideração que, em alguns casos, essa intervenção cirúrgica pode ser a forma mais segura de dar à luz sem colocar em risco a saúde da mãe ou do bebê.

Os índices de cesáreas no Brasil

Atualmente, calcula-se que 84% dos bebês que nascem no Brasil vêm ao mundo através de uma cesárea. Essa porcentagem é superior ao recomendado pela Organização Mundial da Saúde, conforme indica essas informações em seu siteque deve estar entre 10% e 15% aproximadamente.

Isso não é um fenômeno isolado ou característico do Brasil. Na verdade, na maioria dos países ocidentais, os índices de cesáreas dispararam, principalmente entre as décadas de 80 e 90. As causas foram diversas, mas entre elas encontra-se também o medo do parto normal.

A mulher pode escolher

Cada mulher tem o direito de escolher o parto que mais lhe convém, desde que sempre com a orientação do seu obstetra. Porém, é importante mencionar que a cesárea não deve ser vista como um procedimento de rotina.

É uma intervenção cirúrgica que foi desenvolvida para casos específicos em que o parto normal representa um risco para a vida da futura mãe e do bebê, conforme indica esta informação do Ministério da Saúde do Governo de Valência.

O corpo da mulher saudável está preparado para resistir e se recuperar do processo natural do parto, ou seja, pela vagina. Portanto, embora exista o medo dessa experiência, é preciso superá-la. Para isso, é preciso ter em mente que, se o corpo tem uma saúde favorável, não há motivo para temer.

Se, durante os exames periódicos de gravidez, o médico detectar uma condição que pode ser desfavorável ao parto natural, ele pode recomendar uma cesariana. Além disso, esse procedimento deve ter um determinado cronograma para ser totalmente bem-sucedido.

Como superar o medo da cesariana

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Naturalmente, os seres humanos têm um caráter neofóbico, ou seja, tememos aquilo que não conhecemos. Para uma mulher grávida que nunca teve a experiência de passar por uma sala de parto, a cirurgia pode representar uma grande incerteza. É mais que compreensível sentir medo e querer evitar esta experiência.

A primeira coisa que devemos entender é que essa prática, assim como toda intervenção cirúrgica, requer preparação. Isso não significa apenas escolher um bom profissional para realizar o parto, embora este seja um aspecto essencial.

No entanto, preparar-se para uma cesariana requer também o compromisso da grávida e de todo o seu entorno. É essencial proporcionar um ambiente positivo e as condições adequadas para a boa saúde da mamãe e do bebê.

Além disso, é fundamental não carregar essa decisão com o peso de uma frustração. Muitas mulheres podem se sentir tristes ou incapazes por não poderem ter um parto normal, como desejavam. E o estado de ânimo negativo pode prejudicar sua preparação e aumentar o medo da cesariana.

Quando o médico descarta o procedimento natural, é para proteger a vida da grávida e do seu bebê. Nesses casos, a cesariana é um procedimento indispensável para garantir um parto seguro.

Conhecer melhor a cesariana: antes, durante e depois

O conhecimento é nosso melhor aliado para combater qualquer medo. Por isso, é necessário que a mulher tome uma atitude proativa e busque informações sobre o tema que a preocupa e conversar a respeito disso com seu médico de confiança. Dessa forma, poderá abordar melhor o tema da cesariana.

É imprescindível esclarecer com o médico todas as dúvidas para deixar de dar importância aos preconceitos e aos mitos que impedem a mulher de ter uma gravidez tranquila e segura, epecialmente durante seu último trimestre.

1. Prepare-se para a sala de parto: o antes da cesariana

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Antes de entrar na sala de parto, a grávida deverá dar entrada no hospital para se preparar para o procedimento. Em alguns casos, isso pode acontecer com urgência. Mas, na maioria dos casos, as cesáreas são programadas.

  • Recomenda-se que a gestante inicie seu jejum entre 7 e 8 horas antes da cesárea.
  • Também é importante não beber líquidos durante as 2 horas prévias ao procedimento.
  • Recomenda-se procurar se distrair com algum passatempo para não acumular tensão desnecessária e ter um melhor estado de ânimo. Nesse sentido, é importante ter uma boa disposição.

2. A entrada na sala de cirurgia: a própria cesariana

Quando se entra na sala de parto, a primeira parte da cesárea é a anestesia, que se aplica na lombar. Atualmente, tem se utilizado anestesias raquidianas, que agem rapidamente e “adormecem” apenas a metade inferior do corpo. Isso garante que a cesariana seja um procedimento indolor.

O parto propriamente dito costuma ser o procedimento mais rápido da cesárea. A retirada do bebê costuma ser realizada em um tempo aproximado de 10 a 15 minutos.

De forma contrária, a parte mais longa do procedimento corresponde à sutura da incisão no abdômen e do útero da mulher. Essa parte do processo pode durar até 60 minutos.

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3. Recuperar-se de uma cesárea: o pós-parto

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Todo parto requer um tempo de recuperação. Se tudo tiver saído bem, a mulher terá alta do hospital depois de 24 ou 48h. Portanto, o repouso inicial é no próprio hospital e a grávida é mantida sob supervisão por um período de aproximadamente 4 a 6 dias.

No entanto, é em casa que acontece a maior parte da sua recuperação. Por isso, é fundamental evitar esforços físicos, contar com um ambiente positivo e manter uma boa alimentação.

Leia também: 8 dicas para uma alimentação adequada durante a gravidez

Embora o medo de cesariana seja comum, lembre-se de que a cesárea não é tão terrível quanto você pode imaginar simplesmente por mencioná-la. Na verdade, é um procedimento que pode ser mais do que recomendado em muitos casos, pois ajuda a cuidar da saúde tanto da mãe quanto do bebê.

No que diz respeito ao momento do parto, trata-se de estar bem informada, ter uma boa atitude, manter uma boa comunicação e confiar tanto no médico obstetra/ginecologista como nas pessoas mais próximas de você, ou seja, família, parceiro e amigos.


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Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.