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O desenvolvimento emocional dos recém-nascidos

5 minutos
No começo é só choro. No entanto, quando a mãe pega o bebê no colo, começa o caminho para o desenvolvimento emocional do recém-nascido. O apego é a maneira de alcançá-lo.
O desenvolvimento emocional dos recém-nascidos
Escrito por Thady Carabaño
Última atualização: 23 agosto, 2022

O desenvolvimento emocional dos recém-nascidos está intimamente ligado à mãe. O bebê nasce indefeso. Ele precisa do cuidado e atenção, acima de tudo, de sua mãe. Por esse motivo, ele tem uma capacidade inata de estabelecer um relacionamento de apego com ela.

Esse apego não apenas garante a sobrevivência, mas também é o que permite e favorece o seu desenvolvimento emocional. Nascemos com um repertório de emoções em formação, que irá se manifestando e despertando à medida que amadurecemos e aprendemos.

A função das mães, entre outras, é garantir o desenvolvimento emocional dos recém-nascidos. Ao atender as suas necessidades básicas, seu mundo emocional se desenvolve. Aliás, nele se baseiam os processos subsequentes de aprendizado e adaptação à vida social.

O apego é o começo

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O recém-nascido reconhece sua mãe e procura interagir com ela. A poucas horas de vida, já fixa seu olhar preferencialmente no rosto de sua mãe. Ele ouve vozes e é capaz de reconhecer a de sua mãe. Ainda mais: ele é capaz de reconhecer o cheiro de sua mãe.

Essa maravilhosa conexão indica que os recém-nascidos estão biologicamente preparados para se relacionar com a pessoa que os gestou. É o mais óbvio e natural.

O mesmo acontece com a mãe. A reorganização hormonal e emocional que ela vive durante a gravidez a leva a fortalecer o apego com o bebê. A mãe é capaz de reconhecer o choro de seu filho no meio de outros bebês.

Essa relação de apego natural, muitas vezes ridicularizada ou desvalorizada, é a base sobre a qual não apenas a satisfação das necessidades básicas do recém-nascido é sustentada, mas também o desenvolvimento de suas diferentes capacidades emocionais.

É seu primeiro bebê? Então leia: Mãe de primeira viagem: guia de sobrevivência

Quando começa o desenvolvimento emocional dos recém-nascidos

Nas primeiras semanas de vida, não há reações emocionais reais. Os recém-nascidos só conseguem expressar dor ou desconforto através do choro.

Chorar é a primeira forma de comunicação e expressão do bebê. O recém-nascido chora e expressa seu desconforto, seu desgosto pelas necessidades que não foram atendidas.

A mãe ouve o choro desesperado do filho quando está com fome e sai ao seu encontro. Ela o acaricia, fala baixinho, o nina e o tranquiliza o suficiente para que possa pegar seu peito. A mãe não apenas acalmou a fome do bebê, mas deu-lhe o carinho e o contato físico que ele também exige.

O recém-nascido se sente confortado, cuidado. Toda vez que é alimentado, toda vez que uma fralda suja ou molhada é trocada, o bebê se sente reconhecido e amado. Com todas as necessidades, o bebê procurará ser tratado por sua mãe e, ao obter a resposta, sentirá bem-estar e prazer.

O sorriso: parte do desenvolvimento emocional dos recém-nascidos

O prazer que o bebê sente quando o desconforto ou mal-estar se dissipam leva-o a dar seus primeiros sorrisos aos dois meses de vida aproximadamente. Antes serão somente caretas primitivas.

Mas depois do segundo mês, o bebê consegue sorrir quando vê sua mãe ou pai: ele construiu o vínculo. Ele sorrirá menos quando vir outras pessoas da família que conhece e será diferente com estranhos.

No desenvolvimento emocional dos recém-nascidos, pode-se dizer que o sorriso é a primeira resposta emocional. O recém-nascido se sente bem, não há situações que o perturbem e ele entende que o sorriso é outra forma de comunicação.

O esforço e o cansaço de cuidar de um recém-nascido nesses primeiros dias de vida são recompensados ​​quando os pais recebem esses primeiros sorrisos. Esse leve movimento de seus lábios, já por sua própria vontade, é a primeira satisfação e o reconhecimento de que os pais precisam para continuar fortalecendo o vínculo.

Leia também: Como acalmar um bebê que chora sem parar

As emoções começam a diversificar

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A atenção e o cuidado da mãe geram no bebê a convicção de que suas necessidades serão atendidas. À medida que a criança cresce, não apenas consegue manter a calma, mas também começa a tolerar pequenas frustrações, como a mãe se afastando ou precisando esperar para ser atendida.

O bebê sente algum desconforto e basta ouvir a voz de sua mãe ou de quem cuida dele para manter a calma, pois tem certeza de que será atendido em breve. Esse vínculo seguro que estabeleceu com a mãe e os cuidadores permite que desenvolva outros aprendizados.

Os recém-nascidos confiantes de que a mãe está atenta à sua chamada aprendem a reconhecer suas necessidades e, pouco a pouco, serão cada vez mais capazes de transmiti-las de maneiras diferentes do choro. Aos 3 e 4 meses, emoções como tristeza, raiva, alegria e surpresa aparecerão.

A mãe, por sua vez, na medida em que capta o estado emocional do bebê e responde positivamente a ele, incentiva o desenvolvimento emocional da empatia e da autoestima. O caminho para o reconhecimento e controle das emoções já começou.

Considerações finais

A força desse apego inicial é o vínculo mãe-bebê. Através do cuidado e atenção que a mãe dá ao recém-nascido, é construída a relação que os une. A segurança gerada pelo apego seguro da mãe ajuda a criança a permanecer calma, mesmo que não a veja ou a sinta.

Entretanto, se houver outras pessoas envolvidas no cuidado e atenção das necessidades básicas do bebê, na medida em que elas respondam com a mesma paciência, amor, solicitação e respeito pelo seu desconforto, também criarão um vínculo com a criança.

Por outro lado, é importante consultar o pediatra se, no primeiro ano de vida do bebê, aparecerem os seguintes sinais: ele não consegue sorrir para pessoas conhecidas, não está interessado nas pessoas e nos objetos que o cercam, não procura atrair a atenção de adultos ou não chora na ausência de pessoas importantes.

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