Não corra atrás de alguém que já sabe onde você está
Escrito e verificado por o psicólogo Raquel Aldana
Não corra atrás de alguém que não a procura, que exige coisas ou quer que você vá beijando o chão onde ele pisa. Não o faça porque, quem realmente a merece, a quer ao seu lado, e não atrás dele.
Lembre-se de que a indiferença é a melhor forma de mostrar que não existe amor.
Se ainda pode lhe oferecer algo, o fará, e se não for mais possível, um adeus é o melhor agradecimento que você pode fazer a si mesma. O interesse, o carinho e o amor não falam o mesmo idioma que o egoísmo e a indiferença.
A atenção não se mendiga e não se aceita em migalhas. Se o fizermos, estaremos cometendo uma grande injustiça emocional com nós mesmos. O carinho deve ser demonstrado com equilíbrio, pois é a base que cimenta uma relação saudável.
Você não é para tanto e eu não sou para tão pouco
A indiferença dos demais acaba gerando em nós a sensação de que não valemos a pena. Não podemos nos permitir pagar este alto preço.
É fácil acabar sentindo algo assim quando as demonstrações de indiferença e desinteresse se manifestam constantemente em nossa direção. Em direção ao que nós, em troca, seguimos oferecendo para a construção de uma relação significativa.
Não se trata de menosprezar os demais. Trata-se de nos valorizarmos e dar importância às nossas necessidades afetivas e nossas inquietudes. Este será o pilar básico que sustenta relações sólidas e saudáveis, enquanto a indiferença só irá destruí-las.
Veja também: O segredo das relações felizes
O interesse mútuo e a reciprocidade sentimental são coisas às quais NUNCA devemos renunciar. Também não devemos nos resignar a não os receber por estarmos há muitos anos em uma relação estável.
De fato, não estamos falando apenas do bem-estar individual, mas também do alheio e da relação. Os três, em conjunto, nos oferecem a possibilidade de que nossas as relações sejam gratificantes e justas. Somente nestas condições estaremos dispostos a crescer junto com os demais.
Não corra atrás de ninguém, permita-se ser encontrada
O seu número de telefone tem o mesmo número de dígitos daquele que você está chamando dia após dia e que nunca atende. Pense que, quando alguém a ama, é capaz de mover céu e terra para estar ao seu lado e fazer com que você se sinta bem.
Algumas ausências podem ser consequência de atrasos, do corre-corre diário e de uma verdadeira falta de tempo. No entanto, o desinteresse repetido será o que marcará as diferenças.
Arrastar-se e suplicar um carinho que não é sincero, não é saudável nem a curto e nem a longo prazo. Pode ser que certas demonstrações cheguem a cativar o seu coração, mas a balança realmente está desequilibrada e você deverá analisar com uma lupa aqueles motivos que continuam fazendo com que você se mantenha presa a esta relação.
Se você realmente sentir a injustiça emocional, provavelmente não vale a pena continuar se submetendo a uma relação que está apenas causando um grande sofrimento. Você não deve se transformar em um fantoche das necessidades dos demais e nem de seus anseios.
Você deve se valorizar e deixar claro o que você merece. Também tem o direito de ter as suas chamadas atendidas e de receber ligações de vez em quando. Permita-se não sentir falta de quem não a procura, de não se submeter ao castigo da indiferença.
De fato, você deve começar a se valorizar e a amar a si mesma. Os milagres não acontecem e, como já dissemos, o amor deve ser demonstrado e sentido, mas nunca implorado. Portanto, não corra atrás de quem não lhe ama. O seu carinho deve ser para quem a ama, aceita, e compreende sem julgamentos e exigências.
Recomendamos também a leitura: 5 razões para ter um “frasco da felicidade”
Presenteie com a sua ausência quem não valoriza a sua presença
É comum que não valorizemos o que temos e que descuidemos e deixemos passar as oportunidades para nos relacionarmos com as pessoas que amamos. No entanto, a indiferença contínua tem outros tons, e podemos ver em seu reflexo o egoísmo e o desinteresse desmedido.
Esta indiferença às vezes surge na forma de desprezo, o que causa situações muito dolorosas que deterioram a visão que temos de nós mesmos e de nossas relações com os demais.
Nestes casos em que a indiferença prejudica a nossa autoestima e a nossa saúde emocional, devemos aprender a presentear com a nossa ausência, pois a pessoa em questão claramente não está valorizando a nossa presença.
Leia também: Os melhores conselhos para aumentar a autoestima
Não corra atrás de ninguém: valorize-se
Como já mencionamos, não devemos nos resignar, nos sentirmos desvalorizados e descuidar de nós mesmos, pois no final das contas acabamos acreditando que não somos merecedores de companhia nem de reciprocidade. No entanto, devemos ter em mente que para que os outros nos valorizem, nós devemos ser os primeiros a fazer isso.
Portanto, o primeiro passo para cuidar da imagem que temos de nós mesmos é fazer valer a nossa presença e destacar que a indiferença desta pessoa deve nos servir para reafirmar tudo aquilo que cimentará o nosso amor próprio e o nosso crescimento pessoal.
Não se esqueça de sorrir para o espelho, amar a si mesma e valorizar-se pelo que você é, e não pelo que os demais querem projetar em você. Ame-se e entenda que o fato de que alguém a trate mal não significa que você deva se resignar.
Não corra atrás de ninguém; mantenha-se rodeada de pessoas que a amam, porque aquelas que não a amam, certamente apenas lhe farão sofrer.
Não é bom dar sem receber nada em troca. E não estamos falando de bens materiais. Talvez estejamos gastando anos de uma vida que não tem passagem de volta, e isso não podemos permitir. Nunca.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
- Ferreras, E. (2007). La autoestima. Anales de Mecánica y Electricidad.
- Silva Escorcia, I., & Mejía Pérez, O. (2015). Autoestima, adolescencia y pedagogía. Revista Electrónica Educare, ISSN-e 1409-4258, Vol. 19, No. 1, 2015 (Ejemplar Dedicado a: Revista Electrónica Educare (Enero-Abril)), Págs. 241-256. https://doi.org/http://dx.doi.org/10.15359/ree.19-1.13
- Fernández, O., Martínez, M. & Melipillán, R. (2009). Estrategias de Aprendizaje y Autoestima: su relacion con la permanencia y desercion universitaria. Estudios Pedagógicos. https://doi.org/10.4067/S0718-07052009000100002
- Branden N. (1995). Desarrollo de la autoestima. Revista Horas y Horas de Madrid. https://doi.org/10.1111/ajt.13345
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.