Mulher cria aplicativo para viúvos depois de perder marido aos 49

A partir da própria experiência, ela decidiu criar um aplicativo de namoro exclusivo para viúvos.
Mulher cria aplicativo para viúvos depois de perder marido aos 49

Escrito por Equipe Editorial

Última atualização: 08 dezembro, 2022

Nicky Wave e seu marido Andy, ambos do Reino Unido, se conheceram pela internet e se casaram dois anos depois. Em 2007, nasceu Finn, o filho deles. Tudo ia bem, até que Andy sofreu dois infartos, que fizeram com que ele precisasse de cuidados 24 horas por dia, em uma casa de repouso. Infelizmente, algum tempo depois ele morreu, deixando Nicky viúva aos 49 anos.

Depois de percorrer o caminho do luto, Nicky teve a ideia de conectar pessoas viúvas e criou uma plataforma feita especialmente para este público, chamada Chapter 2 (“Capítulo 2”).

“Andy era uma alma tão maravilhosa e sou grata por cada segundo da minha vida que tive com ele”, disse Nicky, em entrevista ao The Mirror.

Ele era uma pessoa linda, eu brincava que ele era o ‘John para minha Yoko’. Nós estávamos destinados a ficar juntos, ele era minha alma gêmea absoluta. Ele tinha uma mente muito política e tinha uma moral real, eu o amei desde o minuto em que o conheci”, lembra.

“Ser mãe solo também foi um mundo totalmente novo para mim. Eu não sabia nem cozinhar! Foi possivelmente o período mais incrivelmente desafiador da minha vida”.

Antes de Andy morrer, Nicky lembra que foi visitá-lo e se deitou na cama com ele. Eles se abraçaram. “Foi lindo, tão comovente, e essa é a memória que eu tiro disso”, diz ela, segurando as lágrimas.

Andy se foi em 2020, depois de se contaminar com COVID-19. Nicky era, oficialmente, uma viúva, aos 49 anos. Ela pensou que já havia sofrido a perda de seu marido, mas quando a morte dele realmente aconteceu, segundo ela, isso a atingiu como se tivesse sido atropelada por um trem.

Depois de um tempo de luto e de recuperação, com ela e o filho sozinhos em casa, por conta das restrições da pandemia, Nicky começou a sair. “Foi só quando finalmente o perdi que senti que poderia encarar novos encontros como uma opção”, admite Nicky. Na minha cabeça, perdi meu marido há cinco anos”. Os prazos para as viúvas podem ser muito complexos.

Aplicativo de relacionamento para viúvos

Nicky tentou usar o Tinder e outros aplicativos e sites parecidos. “Tive alguns encontros divertidos, mas recebi fotos inapropriadas. Foi o que me fez pensar: ‘Tinha que haver uma maneira melhor’”, lembra. Para Nicky, quando ela citava nas conversas que era viúva, o clima já ficava estranho.

aplicativo para viúvos

Então, ela decidiu começar a participar de eventos com um grupo de apoio, chamado “Viúva e jovem”. Aos poucos, ela foi aprendendo a aceitar e a abraçar sua nova situação.

Então, ganhou confiança para deixar essa informação bem clara, já no seu perfil, nos sites de namoro. E começou a perceber a relação entre as viúvas. “Vou a muitos eventos sociais e vi que as viúvas se conectam instantaneamente, há uma abreviação emocional”, explica ela.

Essa compreensão mais profunda despertou a ideia de criar o aplicativo Chapter 2, o primeiro aplicativo de comunidade e namoro do Reino Unido para viúvas e viúvos, lançado no Reino Unido em 23 de novembro. A ideia é que esse público use a plataforma não só para namoro, mas também para amizades. “É muito mais do que um aplicativo de namoro. É uma comunidade”, afirma Nicky.

aplicativo para viúvos

“Se eu puder ajudar algumas pessoas a encontrar a alegria novamente, alegria da qual fui privada por cinco anos, isso ajudaria a dar um pouco de sentido à minha perda. Estamos todos navegando neste mundo horrível do qual nenhum de nós queria fazer parte. O que estou fazendo é tentar ajudar as pessoas a encontrar alegria novamente e perceber que podem passar para um capítulo diferente, mas ainda respeitar o que aconteceu antes”, explica.

A plataforma funcionará como uma comunidade para viúvas e, além de servir como um site de namoro, haverá recursos que incluem uma seção de apoio jurídico e financeiro, uma seção de apoio emocional com artigos sobre luto e uma seção de pais solo.

Há um processo de inscrição detalhado, as fotos devem ter sido tiradas nos últimos 12 meses, há um código de conduta e até a oportunidade de denunciar perfis. No futuro, ela espera sediar eventos físicos também. “Espero encontrar meu capítulo dois”, comenta. “Nada me deixa mais feliz do que ajudar outras pessoas a encontrar alegria, mas se eu também puder encontrar a alegria no caminho, seria ótimo”, finaliza.

Com informações de Crescer.


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