Mulher que “adotou” bebê temporariamente se torna babá dele, pois o pai não quis separá-los
Julie Long realiza acolhimentos familiares há quase 10 anos, e ao longo desse período diversas crianças foram recebidas com carinho em sua casa até encontrarem um lar definitivo. Dentre essas crianças, destaca-se o pequeno Braelyn, que marcou essa família de forma muito especial, tanto que ela se tornou babá dele depois que o menino foi adotado.
Na modalidade de acolhimento familiar, uma família estruturada assume os cuidados de uma criança ou adolescente em risco social até que seja solucionado o problema em seu lar de origem ou até a adoção por uma nova família.
Com poucos dias de vida, o pequeno Braelyn foi colocado aos cuidados de Julie e sua família, até que ele tivesse um lar definitivo para chamar de seu. O que Julie não imaginava é que, ao contrário de uma relação temporária, a criança tinha chegado em sua vida para ficar.
De acordo com o relato publicado no portal Love What Matters, o vínculo entre a criança e sua “família temporária” foi tão profundo que eles decidiram se manter próximos mesmo após a criança estar morando com sua nova família.
A proposta para Julie se tornar a babá do menino
O pai biológico da criança conseguiu na justiça a custódia total do menino, mas ao perceber a conexão entre Julie e Braelyn, ele perguntou se ela gostaria de cuidar da criança enquanto ele trabalhava, mas de forma remunerada, como babá do menino. Dessa forma, os dois não precisariam se afastar.
Julie aceitou a proposta no mesmo momento e desde então tem se mantido presente na vida de Braelyn. Ela conta que ele a chama de “Mama Julie”, pois mesmo ela não sendo a mãe biológica, tornou-se uma figura materna para o pequeno. A mulher disse ainda que adora fazer parte de cada descoberta do menino.
Ela usou o seu perfil no Instagram para contar um pouco sobre a sua relação com Braelyn e disse que ouve de pessoas que pensam em participar do acolhimento familiar que existe um medo da sensação de perda de quando a criança for embora. Julie comenta que ela mesma experimenta esse sentimento e diz que seu coração “fica em pedaços” no momento de se despedir das crianças, pois ela sabe que muitas delas nem mesmo se lembrarão dela.
No entanto, com Braelyn as coisas tomaram um rumo diferente. Julie confessa que se sente um pouco apreensiva quando pensa no momento em que seus cuidados como babá já não forem necessários, mas que ela se sente grata pelo tempo que passa com ele e garante que o pai biológico está fazendo um ótimo trabalho.
A decisão de abrir o coração e o lar para acolher crianças e jovens tem sido incrível para Julie e sua família. Essas pessoas, mesmo sendo tão jovens, são capazes de retribuir todo o carinho e cuidado que recebem, e transformam a vida das famílias que as acolhem. Esse é um exemplo da importância de valorizar as pessoas que temos ao lado diariamente.
O pai do menino se mostrou muito empático e carinhoso, pois em vez de tentar “apagar” esse período da vida filho, preferiu tentar manter a criança aos cuidados de uma pessoa que ela já conhece e tem afinidade, com a vantagem de ter a certeza de que seu filho está sendo muito bem cuidado enquanto ele trabalha.
Essa decisão com certeza cria um entorno de relacionamentos saudáveis para Braelyn, que irá crescer sabendo que mesmo não tendo uma família “tradicional”, é muito amado e bem cuidado.
O acolhimento familiar e a adoção são atos de desprendimento e amor, capazes de mudar completamente a história de crianças e adolescentes em todo o mundo. Com isso, eles percebem que as pessoas são generosas e aprendem a retribuir esse carinho recebido. Atitudes como a da família de Julie devem ser elogiadas e servir como exemplo para todos nós.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.