Metformina: usos e precauções
A metformina é um medicamento que pertence à família dos agentes hipoglicêmicos. Sua principal indicação é para o tratamento da diabetes tipo 2 em adultos. Portanto, é um antidiabético.
Atualmente, a metformina é considerada um tratamento de primeira linha no início da doença em pacientes com diabetes mellitus tipo 2. É usada tanto em quem tem ganho de peso quanto em quem tem peso normal.
Além disso, este medicamento demonstrou eficácia significativa em estudos realizados para prevenir diabetes mellitus e outras indicações associadas à resistência à insulina.
Características gerais da metformina
A metformina é quimicamente uma biguanida. Especificamente, é a única biguanida disponível na Europa e, desde 1995, nas Américas.
É importante mencionar que ela pode ser usada tanto em monoterapia quanto em combinação com outros tipos de antidiabéticos orais ou com insulina. Assim, oferece um perfil único de efeitos terapêuticos.
É um medicamento que não causa ganho de peso, como pode acontecer com outros medicamentos indicados para esta doença, e tende a reduzir o hiperinsulinismo. Assim, serve para neutralizar a resistência à insulina e suas sequelas clínicas.
Aprendendo sobre o diabetes mellitus tipo 2
O diabetes tipo 2 é uma das doenças mais prevalentes na população dos países desenvolvidos. Afeta a regulação da glicose, sendo esta a principal substância açucarada do organismo.
Pessoas com esta doença têm um problema com o funcionamento da insulina. A insulina é a substância responsável pela redução dos níveis de glicose no sangue, permitindo sua entrada nas células.
Assim, pacientes com diabetes mellitus tipo 2 apresentam hiperglicemia, o que pode causar sérios problemas de saúde, como infartos do miocárdio.
É importante conhecer as diferenças entre diabetes mellitus tipo 1 e tipo 2:
- No diabetes tipo 1, o sistema imunológico ataca e destrói as células do pâncreas responsáveis pela síntese de insulina.
- Na diabetes tipo 2, o corpo não responde à insulina normalmente. No entanto, o corpo sintetiza esse hormônio perfeitamente e o sistema imunológico não afeta em nada.
Por fim, cabe mencionar que as causas desta doença estão associadas a uma série de fatores de risco como, por exemplo, a obesidade. A razão para isso é que o excesso de gordura dificulta a resposta das células à insulina.
Descubra: Canetas de insulina: características e administração
Como a metformina exerce sua ação no organismo?
Atualmente, os aspectos moleculares do mecanismo de ação da metformina não são totalmente conhecidos.
No entanto, sabe-se que sua ação é baseada principalmente no aumento da sensibilidade à insulina hepática e na facilitação do transporte de glicose em situações em que os níveis são muito altos; também quando há resistência à insulina.
Para atingir esses objetivos, acredita-se que este medicamento consiga diminuir a gliconeogênese no fígado, ou o que é o mesmo, a síntese de glicose. Além disso, melhora a sua utilização no músculo esquelético e no tecido adiposo, isto é, no tecido gorduroso.
Assim, ele consegue aumentar o transporte de glicose na membrana celular. Isso pode ser uma consequência de uma melhor ligação da insulina aos seus receptores, uma vez que a metformina não é eficaz em diabéticos nos quais não há secreção residual de insulina.
Que precauções devem ser tomadas no tratamento com metformina?
É importante saber que a metformina é um medicamento contraindicado em pacientes com insuficiência hepática e naqueles com quadro clínico de insuficiência renal.
Por sua vez, as mulheres grávidas não devem ser tratadas com metformina, pois as informações sobre este medicamento nesses casos ainda são limitadas e podem prejudicar o bebê.
Por outro lado, deve-se ter cautela ao dirigir, pois esse medicamento, combinado com outros antidiabéticos, pode causar hipoglicemia.
Leia também: Intoxicação por medicamentos: o que fazer?
Conclusão
A metformina é um antidiabético usado como primeira linha de tratamento para diabetes mellitus tipo 2. É especialmente útil em pacientes com excesso de peso e que não conseguem controlar os níveis de glicose apenas com dieta e exercício.
É importante conhecer as possíveis complicações que podem desencadear o tratamento com este medicamento, a fim de evitar complicações, como um quadro hipoglicêmico durante a condução.
Por isso, recomendamos que consulte o médico sobre como usar a metformina e para que te aconselhe a esse respeito.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
- Comité de Medicamentos de la Asociación Española de Pediatría. (2015). Metformina. Pediamecum.
- Santomauro, A. C., Ugolini, M. R., Santomauro, A. T., & Do Souto, R. P. (2008). Metformina e AMPK: Um antigo fármaco e uma nova enzima no contexto da síndrome metabólica. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia.
- AEMPS, C. (2016). Ficha técnica metformina. CIMA AEMPS. https://doi.org/10.1007/s13398-014-0173-7.2
- Wang, Y. W., He, S. J., Feng, X., Cheng, J., Luo, Y. T., Tian, L., & Huang, Q. (2017). Metformin: a review of its potential indications. Drug design, development and therapy, 11, 2421–2429. https://doi.org/10.2147/DDDT.S141675
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.