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Ler e escrever um diário para um envelhecimento cognitivo saudável

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Tanto ler como escrever são duas ações que nos ajudam a manter nosso cérebro desperto de forma que as conexões se ativem e a deterioração demore mais para aparecer.
Ler e escrever um diário para um envelhecimento cognitivo saudável
Última atualização: 03 fevereiro, 2019

Ler e escrever um diário não é somente uma forma de passar o tempo, de aprender, de desfrutar. Supõe também buscar momentos pessoais para que possamos deleitar, expressar e nos liberar e, por sua vez, baixar o estresse cotidiano. Além disso, pode garantir um envelhecimento cognitivo mais saudável.

Sabemos que isso não é novidade. Todos nós conhecemos os benefícios de ler e de encontrar esses momentos de intimidade através de um bom livro. É um costume que, aliás, tentamos transmitir às crianças.

Ler e praticar a escrita terapêutica nos ajuda a ter um cérebro mais ágil e com maior reserva cognitiva.

Deste modo, enfrentamos o envelhecimento cognitivo e as possíveis demências.

Não significa, em absoluto, que vamos evitar sofrer de alguma doença neurodegenerativa no futuro. O que ocorrerá é que demorará mais para aparecer e o impacto não será tão severo.

Por sua vez, o prazer de escrever um diário no dia-a-dia encerra algo a mais que um canal privado de expressão. É um mundo de possibilidades que nossos processos cognitivos irão notar.

Assim, se você ainda não combinou estes dois exercícios saudáveis, é o momento de começar. Explicaremos a seguir.

Ler e escrever um diário é bom para seu cérebro

Todos sonhamos em viver muitos anos. No entanto, chegar aos 80 ou 90 anos não serve muito se não tivermos qualidade de vida. Por que avançar década a década experimentando déficits dói muito.

Recomendamos ler também: 8 coisas que você pode fazer para manter o seu cérebro em forma

A dor crônica ou as enfermidades cardiovasculares se acrescentam, sem dúvida, à mais triste: perder a memória. Entretanto, conseguir que o impacto do passar do tempo seja benéfico e até satisfatório depende muitas vezes de nosso estilo de vida atual.

Atividades como a leitura, a escrita ou também jogar cartas ou outros jogos com os amigos nos permitem manter um cérebro mais ágil.

Esta conclusão foi baseada em um estudo realizado em 2012 no Centro Médico Universitário Rush de Chicago (Estados Unidos).

O diretor deste trabalho, o doutor Konstantinos Arfanakis, especialista em demências e problemas de memória, valida a relação entre a leitura e a escrita com a intenção de preservar um cérebro mais íntegro.

Veremos mais dados na continuação deste artigo.

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A substância branca do cérebro

A substância branca é um tecido de cor embranquecida que é parte do sistema nervoso central. Está entre o cérebro e a medula espinhal e, por sua vez, se constitui através de uma delicada rede de axônios.

Estes axônios são os prolongamentos dos neurônios e têm uma finalidade muito concreta: garantir uma boa circulação das informações no sistema nervoso.

  • Doenças como o Alzheimer ou a esclerose múltipla tendem a dificultar esta tarefa. E mais, o próprio passar do tempo rompe esta perfeita comunicação que temos aos 20 ou 30 anos.
  • Pois bem, um costume tão enriquecedor como ler e escrever fortalece a prodigiosa atividade na área branca do cérebro.
  • Produz-se o que os neurologistas denominam como “anisotropia”. Trata-se de uma propriedade que, a nível cerebral, potencializa a conectividade, a elasticidade e a melhora da informação.
  • Este tipo de atividade não gera somente novas conexões neurais. Além do mais, temos que acrescentar o componente emocional.
  • A relação mental que produz uma leitura profunda ou a catarse de escrever em um diário gera também fantásticas mudanças metabólicas no cérebro: o hipocampo ganha em conexões, aumentam as endorfinas…
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Escrever um diário ajuda o envelhecimento cognitivo saudável

Segundo diversos estudos sobre saúde mental, como o publicado na revista BJPsych, dedicar todo dia alguns minutos para escrever os próprios pensamentos e emoções nos ajuda a manter também um cérebro mais jovem. Portanto, o envelhecimento cognitivo será, sem dúvida, mais saudável.

Falamos da escrita expressiva, desse canal privado onde organizamos ideias, “colocamos” emoções, medos, projetos ou confidências. É uma técnica terapêutica que muita gente realiza há anos.

  • Se convertermos este exercício em algo cotidiano ao longo de nossa vida, nossos processos cognitivos irão aparecer. Portanto, aumentarão nossa capacidade de análise, de gestão emocional, de controle do estresse, etc …
  • Todas elas são, sem dúvida, dimensões positivas para resguardar o passar do tempo em nosso cérebro. Ler e escrever se complementam.
  • Se pensarmos bem, toda mente viciada na leitura também desfruta escrevendo de vez em quando. Também sente vontade “de contar coisas”, de se expressar.
  • Não podemos nos esquecer de que o cérebro que não se usa, atrofia-se. O cérebro que somente armazena preocupações e pensamentos obsessivos, torna-se lento. Perde a capacidade de reação.

Leia também: Caminhar modifica seu cérebro quando você sofre de depressão

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Está em nós mesmos evitá-lo: leia um livro, pegue um caderno com sedutoras folhas brancas para que você possa preenchê-las com a beleza de seus pensamentos. Assim, o envelhecimento cognitivo será muito mais saudável.

Faça isso por você e pelos que o rodeiam.

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