Hiperfagia: apetite excessivo

A hiperfagia também está associada a problemas de sobrepeso e obesidade, que podem causar doenças cardiovasculares ou diabetes.
Hiperfagia: apetite excessivo
Leonardo Biolatto

Escrito e verificado por médico Leonardo Biolatto.

Última atualização: 27 maio, 2022

A palavra hiperfagia vem do grego, em que hiper– significa “excesso” e –fagia significa “comer”. É um distúrbio em que a vontade de comer é muito mais forte que o normal. Além disso, a ingestão de alimentos também não é controlada.

A sensação de fome é a vontade normal de comer quando o organismo sente necessidade. No entanto, em pessoas que sofrem de hiperfagia, esse desejo é incontrolável. Aqueles que sofrem com isso comem quantidades enormes de comida de uma só vez.

Esta patologia é frequentemente acompanhada por outras complicações de saúde. Portanto, neste artigo, explicamos em que consiste a hiperfagia e quais são as suas principais causas.

O que é a hiperfagia?

Como já explicamos, a sensação de fome é um desejo fisiológico que nos leva a nos alimentarmos quando sentimos necessidade. No entanto, na hiperfagia esse desejo aumenta drasticamente. A ingestão de alimentos se torna incontrolável.

A pessoa com hiperfagia come grandes quantidades de comida em uma refeição. Além disso, geralmente são alimentos pouco saudáveis ​​ou nutritivos.

Homem comendo fast food

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Quais são os sintomas?

O principal problema é que há uma necessidade compulsiva de comer. Essa necessidade aparece a qualquer momento, mesmo à noite. Isso faz com que a pessoa coma continuamente, mesmo que tenha acabado de almoçar ou jantar.

As refeições costumam ser feitas rapidamente e com pouca mastigação. Além disso, há uma predileção por alimentos gordurosos ou açucarados. Além desse apetite contínuo, a hiperfagia é acompanhada por outros sintomas.

Pessoas com hiperfagia muitas vezes sentem vergonha de serem incapazes de se controlar. Também sentem um enorme sentimento de culpa. Seu comportamento geralmente não está associado a vômitos ou laxantes: essa é a principal diferença com a bulimia.

Dependendo da causa, esse aumento do apetite pode levar ao sobrepeso e à obesidade. Isso faz com que a autoestima piore ainda mais e a insegurança aumente drasticamente. Portanto, a depressão também pode ser considerada um sintoma derivado dessa patologia.

Essa obesidade também traz como consequência outras doenças graves, como a hipertensão e a diabetes. A hiperfagia está relacionada ao aumento do colesterol e dos triglicerídeos, que, como sabemos, são prejudiciais para a nossa saúde cardiovascular.

Além disso, comer tão rápido e em grande quantidade pode causar problemas digestivos. A digestão é mais pesada, alguns nutrientes não são absorvidos adequadamente e o risco de desidratação aumenta.

A obesidade é uma doença

Quais são as causas da hiperfagia?

Na maioria dos casos, a hiperfagia é causada por um distúrbio psicológico. As principais causas são a baixa autoestima, medo ou incapacidade de se relacionar corretamente com outras pessoas. A hiperfagia costuma ser uma consequência da ansiedade que essas situações provocam.

De fato, também pode estar relacionada a algum problema específico. Por exemplo, pode aparecer em algumas mulheres durante a síndrome pré-menstrual. Também em pessoas com uma doença da glândula tireoide ou em diabéticos. Outras causas são:

  • Bulimia.
  • Diabetes gestacional.
  • Certos medicamentos, como antidepressivos.
  • Hipoglicemia.

O ponto é que todas essas situações fazem com que os níveis de leptina sejam alterados. A leptina é o hormônio responsável pela sensação de apetite. O resultado é que fome e saciedade não são diferenciados nestes pacientes.

O que fazer no caso de hiperfagia?

A principal medida é ir ao médico para estudar as possíveis causas que podem estar desencadeando a hiperfagia. Caso seja consequência de um medicamento, certamente será prescrita uma nova dose ou o tratamento será substituído.

Quando o problema for ocasionado por ansiedade ou depressão, o ideal é iniciar um tratamento psicológico adequado, embora as possíveis causas metabólicas devam ser descartadas primeiro. Para isso, são realizados diferentes exames complementares.

Em primeiro lugar, são realizados exames de sangue e urina. A função da glândula tireoide também deve ser avaliada, para descartar uma possível patologia como o hipertireoidismo.

Conclusão

A hiperfagia é uma patologia que pode ter muitas causas, desde um problema na glândula tireoide até um distúrbio psicológico. Além disso, não é apenas um problema de excesso de peso, mas pode acabar levando a diferentes doenças, como diabetes ou hipertensão.

Por esse motivo, é essencial ir ao médico para que ele faça os exames pertinentes. Encontrar a causa e estabelecer um tratamento apropriado é essencial para evitar que o problema se torne mais sério.


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