Diprogenta: o que é e para que serve?

A diprogenta é indicada para o alívio das manifestações inflamatórias das dermatoses que respondem aos corticosteroides, principalmente quando estas se complicam por infecções secundárias, causadas por micro-organismos sensíveis à gentamicina.
Diprogenta: o que é e para que serve?

Escrito por Equipe Editorial

Última atualização: 15 janeiro, 2023

Diprogenta é o nome de um medicamento composto pela combinação de dipropionato de betametasona e sulfato de gentamicina. É usado para tratar inflamações devido a dermatoses , que também são acompanhadas por infecções. Pode ser encontrado na forma de creme, portanto seu uso é exclusivamente tópico, ou seja, externo.

O que é a diprogenta?

Pele com dermatite

Este medicamento combina dois ingredientes ativos diferentes: o poderoso corticosteroide betametasona, como dipropionato, com o antibiótico bactericida gentamicina na forma de sulfato.

O dipropionato de betametasona tem atividade anti-inflamatória e propriedades imunossupressoras e antiproliferativas. Os corticosteroides, quando usados ​​topicamente, inibem reações inflamatórias e alérgicas da pele. Provocam uma ação vasoconstritora, e suas propriedades imunossupressoras reduzem a resposta das reações de hipersensibilidade.

Dessa maneira, levam à remissão de sintomas como o eritema, edema e exsudação. Também aliviam o desconforto da coceira , sensação de queimação e dor. Os efeitos anti-inflamatórios são resultado da inibição da formação, liberação e atividade dos mediadores da inflamação.

Por outro lado, o sulfato de gentamicina é um antibiótico aminoglicosídeo com efeito bactericida, que atua inibindo a síntese proteica das bactérias. A gentamicina é ativada, em geral, diante de muitas bactérias aeróbicas gram-negativas e algumas gram-positivas.

A diprogenta age de forma relativamente rápida e seus efeitos se prolongam no tempo. Por esse motivo, pode ser aplicada uma ou duas vezes ao dia, em uma fina camada na área a ser tratada.

Indicações da diprogenta

É indicada para o alívio das manifestações inflamatórias das dermatoses que respondem aos corticosteroides, principalmente quando se complicam por infecções secundárias, causadas por micro-organismos sensíveis à gentamicina.

Essas dermatoses incluem:

  • Psoríase.
  • Dermatite de contato.
  • Dermatite atópica.
  • Neurodermatite.
  • Líquen plano.
  • Eczema.
  • Disidrose.
  • Dermatite seborreica.
  • Dermatite esfoliativa.

Como dissemos, este medicamento age reduzindo a inflamação e acalmando a coceira e o desconforto. Além disso, trata possíveis infecções sensíveis à ação da gentamicina. No entanto, seu uso não deve exceder duas semanas, já que, se o tratamento com esse ingrediente ativo for prolongado por um longo período, efeitos colaterais importantes podem ocorrer.

Possíveis efeitos colaterais da diprogenta

Pele ressecada

Os efeitos colaterais que podem aparecer como consequência do uso prolongado deste medicamento e do tratamento de áreas muito amplas do corpo são:

  • Atrofia da pele.
  • Secura ou amolecimento da pele.
  • Inflamação dos folículos capilares.
  • Reações alérgicas e infecções.
  • Vermelhidão, acne e erupções cutâneas.

Outros efeitos colaterais mais graves incluem alterações não apenas na pele, mas também em outros sistemas e, inclusive, no processo de desenvolvimento em crianças. Além disso, também pode se desenvolver uma tolerância à gentamicina, o que facilitaria infecções subsequentes resistentes ao dito antibiótico.

Em crianças, este medicamento tem reações mais agressivas, que podem retardar seu crescimento normal. Esta é a razão pela qual este medicamento não deve ser usado em menores de 12 anos de idade.

Precauções e contraindicações

Entre as contraindicações, constatamos que este medicamento, como dissemos, não pode ser usado em crianças com menos de doze anos de idade. Também não deve ser usado em mulheres grávidas, especialmente no primeiro trimestre, ou em mulheres que amamentam.

Pessoas alérgicas aos componentes deste medicamento não devem usá-lo. Da mesma forma, não deve ser utilizado diante de infecções virais ou fúngicas, nem em casos de sífilis, tuberculose, inflamações orais, oculares ou genitais.

Não é aconselhável usar este medicamento em áreas amplas, em áreas cobertas com ataduras ou em áreas da pele com muitas dobras. As áreas com dobras são suscetíveis à proliferação de bactérias e fungos, que podem desenvolver resistência.

Nos casos de psoríase acompanhada de infecções, a indicação para este medicamento deve ser feita sob supervisão médica e ser controlada de perto. É importante ressaltar que a diprogenta nunca deve ser usada em feridas abertas.

Qualquer uso deste medicamento em outras condições da pele servirá apenas para camuflar seus sintomas, impedindo ou atrasando o diagnóstico pelo dermatologista.

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Conclusão

A diprogenta tem uma poderosa atividade antibacteriana e acentuados efeitos anti-inflamatórios locais. Na dosagem e forma de administração recomendadas para uso clínico, este medicamento não é tóxico e tem uma tolerância sistêmica muito boa.


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