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O que é o desamparo aprendido?

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Diante de situações desagradáveis, é normal e saudável executar respostas que permitam melhorar as circunstâncias. No entanto, algumas pessoas permanecem passivas e resignadas, acreditando que não têm controle sobre os acontecimentos da vida.
O que é o desamparo aprendido?
Última atualização: 18 março, 2022

O desamparo aprendido é uma resposta de passividade e submissão a situações que costumam ser desagradáveis. As pessoas que sofrem com ele não têm a intenção de erradicar os estímulos desagradáveis.

Em geral, o quadro surge após alguém ter vivido uma experiência traumática em que ações fracassadas foram tomadas para evitar o sofrimento. Assim, o indivíduo entende que não há nada de útil que possa fazer para interromper as situações dolorosas.

Definição de desamparo aprendido

De acordo com a American Psychological Association (APA), o desamparo aprendido é um fenômeno que se origina da exposição repetida a estressores. É incontrolável ​​e faz com que as pessoas não utilizem as opções disponíveis em sua personalidade para controlar os fatos.

Por isso, aprendem que não têm controle sobre o que acontece, ou seja, sobre os processos ambientais. A médio prazo, o aprendizado destrói a motivação para fazer mudanças.

Ou seja, é uma condição psicológica que leva à incapacidade de reagir às situações que geram sofrimentoIsso ocorre como consequência da execução de ações malsucedidas em face de eventos desagradáveis ​​do passado. Assim, você aprende a tolerar o sofrimento e acredita que nada pode ser feito para evitar estímulos desagradáveis.

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As experiências traumáticas da infância podem levar ao desamparo aprendido na idade adulta.

Causas do desamparo aprendido

Todas as causas do desamparo aprendido estão relacionadas a um preconceito que leva as pessoas a acreditarem que não têm controle sobre os acontecimentos da vida. Isso contribui para a falta de análise das possíveis consequências de certas situações. Eles acreditam que seu destino já está definido e que não podem fazer nada para mudá-lo.

A seguir, listamos as causas mais comuns dessa condição.

Experiências traumáticas na infância

Um dos fatores que determinam o desenvolvimento desse estado psicológico é a vivência dos primeiros anos de vidaSe a pessoa teve experiências desagradáveis durante esse estágio e não recebeu nenhum tipo de contenção ou resposta positiva, é provável que, na idade adulta, desenvolva uma postura de submissão a circunstâncias semelhantes.

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Educação de papéis submissos e passivos

A educação recebida na infância é outro fator que influencia o estabelecimento dessa condição. Se papéis sociais de passividade e dependência forem promovidos em certas situações, aumenta-se a vulnerabilidade de alguém apresentar o desamparo no futuro.

Além disso, as mensagens recebidas na infância desempenham um papel importante no estabelecimento da inação. Por exemplo, se uma criança está cercada por pessoas que constantemente lhe dizem que ela não é capaz ou que não sabe, então ela pode pensar que é impotente na idade adulta.

Famílias excessivamente controladoras

Existem famílias excessivamente controladoras. As crianças que vivem em um ambiente onde tudo o que acontece ao seu redor é controlado e são privadas de vivenciar e aprender as consequências das suas ações estão mais vulneráveis.

Sentimentos de culpa

Existem fatores internos, como responsabilidade ou culpa, que influenciam o desenvolvimento do desamparo. Ou seja, a pessoa se sente culpada pelo acontecimento desagradável e passa a acreditar que não é capaz de mudar ou interromper qualquer situação que possa surgir no futuro.

Dessa forma, caem na resignação e na justificativa de atitudes, trazendo efeitos negativos para a autoestima e a dignidade. Isso pode estar relacionado ao tipo de educação, capaz de potencializar a culpa.

Consequências do desamparo aprendido

O desamparo aprendido tem um efeito negativo nas seguintes dimensões:

  • Motivação: a percepção de falta de controle gera uma diminuição da motivação. Portanto, as tentativas de responder a novas situações são reduzidas.
  • Cognição: é difícil aprender novos padrões de resposta que produzam resultados positivos. Além disso, qualquer problema pode ser percebido como algo normal.
  • Emocional: estados emocionais negativos, como depressão, ansiedade e frustração, são comuns. Também há uma acentuada falta de autoestima. Esse estado dura até que a pessoa seja capaz de controlar as circunstâncias.
  • Físico: entre as condições corporais estão os transtornos alimentares e alterações no sistema imunológico.

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Tratamentos para o desamparo aprendido

A melhor forma de tratar esse fenômeno é por meio de uma intervenção terapêutica. Essa abordagem tem como objetivo ensinar a pessoa a responder a uma determinada situação. Segundo Vázquez Valverde e Polaino Lorente, a abordagem terapêutica consiste em:

  • Mudar as atribuições negativas que o sujeito faz das situações, realizando tarefas simples, aquelas que proporcionam resultados positivos após fazer alguma ação. Também pode-se aprender que as falhas não são causadas por você.
  • Indução de sentimentos positivos para reforçar a autoestima. Assim, você se sentirá mais capaz de intervir no ambiente ao seu redor.

A intervenção terapêutica também pode consistir em abordar eventos traumáticos do passado. O objetivo é que a pessoa supere essas experiências dando-lhes um significado diferente. Isso irá desenvolver respostas mais funcionais e positivas em situações futuras.

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É possível enfrentar o desamparo aprendido com uma abordagem psicológica, por meio de técnicas definidas por terapeutas.

Um problema adquirido

Como o próprio nome indica, o desamparo aprendido é adquirido, não nasce com indivíduo e, em geral, se estabelece desde a infância. Essa condição acarreta uma série de efeitos negativos que prejudicam o bem-estar da pessoa, às vezes de forma severa. Portanto, é importante que seja tratada.

O melhor tratamento é a terapia psicológica. Graças a ela, a pessoa descobrirá que está no controle da sua vida. Assim que ela estiver ciente disso, irá experimentar mudanças positivas em todos os níveis: emocional, físico e cognitivo.


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