Dermatite perioral: sintomas e tratamentos
Escrito e verificado por médico Leonardo Biolatto
A dermatite perioral é uma doença dermatológica que se manifesta intensamente ao redor da boca. Seu nome é derivado da sua localização, e essa é sua principal característica.
É uma patologia que possui os mesmos sintomas de outras mais conhecidas, como a acne, rosácea, dermatite de contato e até mesmo herpes zoster. Portanto, é importante obter um diagnóstico adequado para iniciar o tratamento certo.
A dermatite perioral não é contagiosa. Quem sofre com ela não pode transmiti-la por contato com outra pessoa. Também não é uma doença que pode ser classificada como perigosa. O maior impacto ocorre na aparência e na qualidade de vida.
Os mais afetados são mulheres e crianças jovens em uma apresentação específica da doença. Um aumento de casos foi observado nos últimos anos, especialmente nos países industrializados. Isso está associado ao uso intensivo de cremes cosméticos.
Causas da dermatite perioral
A etiologia desta doença não é clara. Supõe-se que ela ocorra em pessoas com uma certa predisposição para alergias de pele. A pele seria mais sensível à ação de certas substâncias que causariam os sintomas. As substâncias que a ciência identificou como gatilhos são:
- Cremes com corticosteroides: aqueles que são aplicados no rosto.
- Cremes dentais: aqueles que são comercializados com flúor.
- Cremes cosméticos variados: de maquiagem a protetor solar.
- Esteroides para uso nasal ou respiratório: mesmo os que forem indicados em patologias como a asma.
- Contraceptivos: principalmente na apresentação oral.
Também está associada à falta de higiene facial, devido à limpeza inadequada ou ao uso de sabonetes não indicados. Entre as crianças, os pais desempenham um papel fundamental na prevenção da dermatite perioral através da higiene.
No caso de algumas mulheres em idade fértil, as alterações hormonais no ciclo menstrual estão por trás do aparecimento dos sintomas. Para elas, a dermatite é cíclica e reaparece todos os meses com uma frequência semelhante.
Uma situação particular é a da idade pediátrica. A causa da dermatite perioral em crianças é a irritação produzida pela saliva ao redor dos lábios. Em suma, seria uma variante do eczema de contato.
Quer mais informações? Então leia: 5 componentes tóxicos dos cosméticos que podem fazer mal à pele
Sintomas de dermatite perioral
O sinal clínico por excelência desta doença é o aparecimento de pequenas elevações vermelhas em uma seção de pele seca e avermelhada. Às vezes, essas elevações podem conter pus.
A localização das lesões é sempre ao redor da boca. São afetadas principalmente as dobras do nariz e as comissuras dos lábios. O que chama a atenção é que cerca de dois milímetros de pele adjacente aos lábios estejam geralmente livres de sintomas.
Além de lesões na pele, os pacientes relatam dor, queimação ou coceira na região afetada. Esses sintomas nem sempre estão presentes nem são mantidos durante todo o período do surto.
Com base nos sintomas e manifestações, os médicos fazem o diagnóstico com um exame físico. Ao contrário da acne, a dermatite perioral nunca forma cravos. Por outro lado, a diferença com a rosácea é a localização, pois esta última nunca está presente ao redor da boca.
Uma biópsia raramente é necessária. O diagnóstico geralmente é claro no exame de consultório. No entanto, quando é preciso analisar a anatomia patológica das lesões, é provável que estejamos na presença de variedades mais agressivas da doença.
Saiba mais: 7 erros comuns ao cuidar da pele que você deve evitar
Tratamento
A base do tratamento da dermatite perioral é evitar os gatilhos. Quando as lesões já estão presentes, é importante se afastar de possíveis fatores causais. No entanto, esse afastamento deve ser gradual para evitar sintomas de rebote.
Essas medidas devem ser mantidas mesmo quando as lesões desaparecerem, uma vez que aqueles que sofreram com a doença têm uma alta probabilidade de contraí-la novamente.
As principais medidas para evitar a dermatite perioral são:
- Use apenas cosméticos testados dermatologicamente com ingredientes que você já testou na sua própria pele.
- Siga a rotina de lavar o rosto todas as noites.
- Seque a pele cuidadosamente, sem esfregar ou raspar, e use toalhas de tecido não irritante.
- Use hidratantes que não contenham corticosteroides entre seus componentes.
Se o médico determinar, antibióticos podem ser usados para remover lesões ativas. Os medicamentos mais utilizados são as tetraciclinas e a eritromicina, aplicados localmente em forma de cremes ou como tratamento oral.
Uma opção de tratamento cada vez mais estudada e aplicada é o uso de creme de pimecrolimus com concentração de 1%. Estudos científicos demonstraram uma rápida melhora dos sintomas em pacientes que foram tratados com a preparação.
Embora o pimecrolimus seja uma boa opção, especialmente para pacientes com histórico de uso de corticosteroides, devem ser considerados os efeitos adversos a longo prazo de seu uso. Este é um tópico sobre o qual existem discussões e divisões entre a comunidade científica. Por isso, é necessário que o tratamento seja supervisionado por um profissional.
A dermatite perioral é uma doença dermatológica que se manifesta intensamente ao redor da boca. Seu nome é derivado da sua localização, e essa é sua principal característica.
É uma patologia que possui os mesmos sintomas de outras mais conhecidas, como a acne, rosácea, dermatite de contato e até mesmo herpes zoster. Portanto, é importante obter um diagnóstico adequado para iniciar o tratamento certo.
A dermatite perioral não é contagiosa. Quem sofre com ela não pode transmiti-la por contato com outra pessoa. Também não é uma doença que pode ser classificada como perigosa. O maior impacto ocorre na aparência e na qualidade de vida.
Os mais afetados são mulheres e crianças jovens em uma apresentação específica da doença. Um aumento de casos foi observado nos últimos anos, especialmente nos países industrializados. Isso está associado ao uso intensivo de cremes cosméticos.
Causas da dermatite perioral
A etiologia desta doença não é clara. Supõe-se que ela ocorra em pessoas com uma certa predisposição para alergias de pele. A pele seria mais sensível à ação de certas substâncias que causariam os sintomas. As substâncias que a ciência identificou como gatilhos são:
- Cremes com corticosteroides: aqueles que são aplicados no rosto.
- Cremes dentais: aqueles que são comercializados com flúor.
- Cremes cosméticos variados: de maquiagem a protetor solar.
- Esteroides para uso nasal ou respiratório: mesmo os que forem indicados em patologias como a asma.
- Contraceptivos: principalmente na apresentação oral.
Também está associada à falta de higiene facial, devido à limpeza inadequada ou ao uso de sabonetes não indicados. Entre as crianças, os pais desempenham um papel fundamental na prevenção da dermatite perioral através da higiene.
No caso de algumas mulheres em idade fértil, as alterações hormonais no ciclo menstrual estão por trás do aparecimento dos sintomas. Para elas, a dermatite é cíclica e reaparece todos os meses com uma frequência semelhante.
Uma situação particular é a da idade pediátrica. A causa da dermatite perioral em crianças é a irritação produzida pela saliva ao redor dos lábios. Em suma, seria uma variante do eczema de contato.
Quer mais informações? Então leia: 5 componentes tóxicos dos cosméticos que podem fazer mal à pele
Sintomas de dermatite perioral
O sinal clínico por excelência desta doença é o aparecimento de pequenas elevações vermelhas em uma seção de pele seca e avermelhada. Às vezes, essas elevações podem conter pus.
A localização das lesões é sempre ao redor da boca. São afetadas principalmente as dobras do nariz e as comissuras dos lábios. O que chama a atenção é que cerca de dois milímetros de pele adjacente aos lábios estejam geralmente livres de sintomas.
Além de lesões na pele, os pacientes relatam dor, queimação ou coceira na região afetada. Esses sintomas nem sempre estão presentes nem são mantidos durante todo o período do surto.
Com base nos sintomas e manifestações, os médicos fazem o diagnóstico com um exame físico. Ao contrário da acne, a dermatite perioral nunca forma cravos. Por outro lado, a diferença com a rosácea é a localização, pois esta última nunca está presente ao redor da boca.
Uma biópsia raramente é necessária. O diagnóstico geralmente é claro no exame de consultório. No entanto, quando é preciso analisar a anatomia patológica das lesões, é provável que estejamos na presença de variedades mais agressivas da doença.
Saiba mais: 7 erros comuns ao cuidar da pele que você deve evitar
Tratamento
A base do tratamento da dermatite perioral é evitar os gatilhos. Quando as lesões já estão presentes, é importante se afastar de possíveis fatores causais. No entanto, esse afastamento deve ser gradual para evitar sintomas de rebote.
Essas medidas devem ser mantidas mesmo quando as lesões desaparecerem, uma vez que aqueles que sofreram com a doença têm uma alta probabilidade de contraí-la novamente.
As principais medidas para evitar a dermatite perioral são:
- Use apenas cosméticos testados dermatologicamente com ingredientes que você já testou na sua própria pele.
- Siga a rotina de lavar o rosto todas as noites.
- Seque a pele cuidadosamente, sem esfregar ou raspar, e use toalhas de tecido não irritante.
- Use hidratantes que não contenham corticosteroides entre seus componentes.
Se o médico determinar, antibióticos podem ser usados para remover lesões ativas. Os medicamentos mais utilizados são as tetraciclinas e a eritromicina, aplicados localmente em forma de cremes ou como tratamento oral.
Uma opção de tratamento cada vez mais estudada e aplicada é o uso de creme de pimecrolimus com concentração de 1%. Estudos científicos demonstraram uma rápida melhora dos sintomas em pacientes que foram tratados com a preparação.
Embora o pimecrolimus seja uma boa opção, especialmente para pacientes com histórico de uso de corticosteroides, devem ser considerados os efeitos adversos a longo prazo de seu uso. Este é um tópico sobre o qual existem discussões e divisões entre a comunidade científica. Por isso, é necessário que o tratamento seja supervisionado por um profissional.
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- Tolaymat, Leila, and Matthew R. Hall. “Dermatitis, Perioral.” StatPearls [Internet]. StatPearls Publishing, 2018.
- Garnacho-Saucedo G, Salido-Vallejo R, Moreno-Giménez JC. Atopic Dermatitis: Update and Proposed Management Algorithm. Actas Dermo-Sifiliogr. 2013;104(1):4-16.
- Morrison, Rachel. “Primary care: Not your typical dermatitis: Treating perioral dermatitis in the pharmacy.” AJP: The Australian Journal of Pharmacy 99.1179 (2018): 70.
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.