Dani Ceballos lesionado: quanto tempo ficará de fora?
A notícia da lesão de Dani Ceballos abalou o Real Madrid. O meio-campista foi dispensado da pré-temporada, tendo sido diagnosticado um grave problema muscular no tendão distal do bíceps femoral direito.
Esses tipos de problemas geralmente exigem mais de 40 dias de descanso, sem atividade física a nível profissional. Assim, espera-se que Ceballos perca os jogos da sua equipe durante um mês e meio e não viaje para os Estados Unidos com os restantes companheiros.
A informação oficial veio das redes do Real Madrid, que divulgou um comunicado, também disponível em seu site:
Após os exames realizados ao nosso jogador Dani Ceballos pelos Serviços Médicos do Real Madrid, foi-lhe diagnosticada uma lesão no tendão distal do músculo bíceps femoral direito. Evolução pendente.
Como são as lesões do bíceps femoral?
O músculo bíceps femoral é um dos principais componentes do grupo dos isquiotibiais. Todos eles estão localizados na parte posterior da coxa e têm papel fundamental na biomecânica do futebol.
O bíceps femoral é essencial para flexionar o joelho e estender o quadril. Um jogador de futebol precisa dele em sua totalidade para correr, pular, chutar a bola e mudar de direção.
As lesões do tendão distal do músculo bíceps femoral, como a de Dani Ceballos, geralmente ocorrem por motivos específicos:
- movimentos bruscos,
- alongamento excessivo,
- carga elevada sobre o tecido durante um movimento.
Especificamente, o que ocorre é que o tendão recebe uma tensão excessiva, que excede sua capacidade de alongamento e resistência. O resultado são danos que podem ter diferentes níveis de gravidade. Às vezes é apenas um estiramento, mas também existe a possibilidade de ruptura.
Os sintomas mais comuns desta lesão incluem o seguinte:
- dor aguda na parte de trás da coxa,
- fraqueza muscular,
- dificuldade para caminhar ou correr.
Esses sintomas variam em gravidade e intensidade, dependendo da extensão da lesão. Os casos mais graves manifestam-se com a incapacidade total de continuar a atividade física, obrigando ao repouso.
Um problema comum no futebol
O futebol é uma atividade esportiva que está relacionada a lesões nos isquiotibiais. Diferentes estatísticas confirmam isso, assim como o histórico de outros jogadores de renome que passaram pelo mesmo problema de Dani Ceballos.
Recordemos Isco, do Real Madrid, mas também Dembelé, do Barcelona. Neymar Jr. não ficou isento e sofreu, embora no lado esquerdo.
Segundo as estatísticas, há épocas em que mais de 30% dos membros de uma equipe lesionam um tendão da coxa. Por sua vez, a presença do problema em algum momento aumenta as chances de recaída no futuro.
Uma lesão no tendão aumenta de 2 a 6 vezes o risco de sofrer novamente na carreira esportiva do jogador.
Qual será o tratamento para a lesão de Dani Ceballos?
O tratamento de uma lesão do tendão distal do músculo bíceps femoral depende da gravidade. Nos casos leves a moderados, recomenda-se repouso, aplicação de frio local, compressão com bandagens e elevação do membro para reduzir a inflamação.
Além disso, a fisioterapia desempenha um papel crucial no processo de reabilitação. Exercícios específicos de fortalecimento e alongamento são escolhidos para acelerar a cicatrização. Nesse sentido, algumas investigações priorizam o uso de exercícios nórdicos, pois reduziriam significativamente as recaídas.
Em casos mais graves, quando a lesão é extensa ou há ruptura completa do tendão, pode ser necessária intervenção cirúrgica para reparar o tecido danificado. Após a cirurgia, é necessário um período prolongado de reabilitação, que inclui exercícios específicos para fortalecer o bíceps femoral.
A lesão de Dani Ceballos inaugurou a enfermaria do Real Madrid
A primeira lesão em uma pré-temporada é um fato notório em qualquer clube. Além do problema específico do jogador, a sensação de começar com o pé esquerdo está semeada no resto da equipe e na comissão técnica.
A lesão de Dani Ceballos significará um mês e meio sem atividade para o meio-campista. Depois, com novos estudos complementares, será possível definir se necessita apenas de uma abordagem física ou se será necessário recorrer à cirurgia.
Imagem principal, créditos: Oscar J. Barroso / Europa Press.
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