Conheça moléculas com potencial anticâncer
Escrito e verificado por a psicóloga Valeria Sabater
A faculdade de medicina da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, desenvolveu moléculas que, em alguns meses, poderiam se destacar como as melhores aliada na hora de combater o câncer de ovário e de pâncreas.
No momento, as investigações estão em um nível experimental. Mas, atualmente, os resultados obtidos com ratos são muito positivos. As moléculas funcionam de forma esperançosa: não apenas paralisam o avanço do câncer, como também o revertem.
O estudo foi publicado em vários meios de comunicação, como o Stanford Medicine, e os cientistas estão otimistas com o alcance deste trabalho.
Esperam que, com ele, em um futuro não muito distante, possamos dar uma resposta real a essas doenças tão graves.
Explicamos todos os dados a seguir.
Uma “luva de beisebol” contra o câncer de ovário e de pâncreas
É chamada de molécula “luva de beisebol”, pela forma que apresenta e como atua. Serve como isca para “capturar” as células tumorais e, mais tarde, inativá-las.
Uma ação muito parecida com a que os jogadores realizam nesse esporte.
Amato Giaccia é o diretor desse importante estudo em que se tentava buscar novos enfoques práticos para o tratamento do câncer de ovário e de pâncreas.
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Essas duas doenças têm vários aspectos em comum e, por isso, decidiu-se iniciar um trabalho de investigação para desenvolver um enfoque que possa se aplicar aos dois tipos de doenças oncológicas.
- Ambas as doenças não podem ser detectadas com facilidade em suas fases mais iniciais e, em geral, têm um rápido avanço.
- Quando é detectada uma formação tumoral, tanto em um ovário como no pâncreas, procede-se a uma intervenção cirúrgica para extirpar essa área afetada.
- Mais tarde, à intervenção é acrescentado um tratamento de quimioterapia e de radioterapia.
- Em geral, são tratamentos muito agressivos. É comum que o paciente fique debilitado, e também que não seja possível eliminar totalmente o risco de recidiva.
Vejamos agora como funciona esta molécula tão singular e que pretende trazer uma mudança a esse enfoque.
As moléculas que deixam as células cancerígenas “fora de jogo”
Tanto o câncer de ovário como o de pâncreas têm um avanço rápido. Quando o paciente recebe o diagnóstico, o tumor já pode ter alcançado outros órgãos.
- A metástase é esse cavalo de batalha que se converte em um feroz desafio para os pesquisadores, e provoca muita angústia para a pessoa e sua família.
- Até o momento, a maioria dos enfoques médicos buscava deter esse avanço, para garantir uma melhor qualidade de vida ao paciente.
- No entanto, o doutor Amato Giaccia e sua equipe desenvolveram uma molécula que não apenas consegue deter o avanço do tumor, como também o reverte.
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A molécula atua a modo de isca. Une-se a uma proteína específica do gene 6 para deter o crescimento dos tumores e destruí-los.
- Consegue isso ao deter a função do receptor da tirosina-quinase AXL; um elemento que é essencial para a sobrevivência e proliferação das células tumorais.
- Essa molécula, ou “luva de beisebol”, pode ser inoculada no paciente, e se combinar, por exemplo, com o tratamento de quimioterapia, e conseguir uma ação mais eficaz.
Dessa maneira, são destruídas as áreas tumorais e a doença é revertida.
Expectativas de futuro
A saber, esse trabalho está ainda a nível experimental e os resultados obtidos procedem de testes com animais.
Resta, portanto, dar esse tão sonhado “salto” para pacientes atuais que, afetados pelo câncer de ovário ou de pâncreas, aguardam, sem dúvida, uma resposta muito esperada.
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No momento, esta molécula, que recebeu o nome de “MYD1-72”, conseguiu os seguintes avanços:
- Oferecer uma terapia complementar menos agressiva. Dessa maneira, os rins e as defesas dos pacientes não serão tão afetados pelo tratamento com esta molécula.
- Em animais, a taxa de êxito é de 95% em doenças em fases não muito avançadas.
- Naqueles casos em que a metástase esteja muito avançada, o êxito do tratamento é de 51%. No entanto, nos casos mais graves, opta-se pela combinação de quimioterapia para reduzir a carga tumoral.
Em síntese, os testes clínicos em humanos começaram há pouco tempo.
As esperanças são, sem dúvida, muito positivas. Por isso, os responsáveis por esse trabalho têm o interesse de desenvolver novas moléculas para tratar outros tipos de câncer.
Enfim, estamos acompanhando novos avanços.
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