Como identificar a ansiedade infantil?

A ansiedade aparece como uma angústia relacionada com aquilo que pode acontecer no futuro, trazendo inseguranças e uma série de problemas para quem sofre. A ansiedade é bastante comum em adultos, mas você sabia que crianças também sofrem com isso?
Como identificar a ansiedade infantil?

Escrito por Equipe Editorial

Última atualização: 08 dezembro, 2022

A ansiedade é caracterizada como uma disfunção emocional que pode causar sérios prejuízos na vida da criança. É um sentimento desagradável e marcado por uma combinação complexa que envolve preocupação, medo, apreensão e geralmente é seguida por sintomas físicos como, dor no peito, falta de ar e palpitações.

A ansiedade torna-se um grande problema quando interfere no cotidiano da criança, não permitindo que ela possa desfrutar da sua vida habitual. De fato, as consequências também se refletem na aprendizagem e no estabelecimento das relações sociais.

A ansiedade infantil merece muita atenção e cuidados por se tratar de uma fase importante na vida das pessoas.

Quais as causas da ansiedade infantil?

É comum a criança apresentar sintomas de ansiedade quando os pais se separam, quando ocorrem mudanças abruptas em seu cotidiano ou quando algum ente querido morre, por exemplo.

Diante destas situações, os pais devem ficar atentos aos sinais que a criança possa apresentar, ou também se ela demonstra alguma alteração no humor ou mudanças relevantes em seu comportamento.

Nas crianças, a ansiedade pode surgir a partir do convívio com a família, que tem um papel fundamental no desenvolvimento infantil e na construção delas como pessoas. Ou seja, se elas presenciam brigas ou se preocupam demais com algo, podem desenvolver ansiedade.

Como podemos conseguir identificar os sintomas da ansiedade em crianças?

Os sintomas podem surgir em sequências alternadas, com períodos mais ou menos frequentes e de maior ou menor intensidade e duração. É importante estar atento ao grau de prejuízo funcional que podem causar. Entre os principais sintomas, podemos observar:

  • Retraimento social.
  • Oscilação de humor.
  • Irritabilidade ou apatia.
  • Medos e preocupações excessivas.
  • Dores de cabeça.
  • Tonturas.
  • Alterações no apetite.
  • Dificuldades no sono.
  • Queda no rendimento escolar.
  • Desmotivação.

Quais são as classificações da ansiedade infantil?

Existem diversos modos de apresentação, com classificação e aparecimento em idades diferentes.

  • Fobias sociais.
  • Transtorno de ansiedade de separação (mais comum em crianças pequenas).
  • Transtorno de pânico (mais comum em adolescentes).
  • Transtorno de estresse pós-traumático.
  • Transtorno de ansiedade generalizada.
  • Fobias específicas.

A ansiedade pode evoluir para uma depressão leve e passageira, ou mesmo manifestar-se em episódios graves. Estudos demonstram que a ansiedade na infância é um fator de risco aumentado para o desenvolvimento de outros transtornos comportamentais na vida adulta.

Tratamento para a ansiedade infantil

O diagnóstico e tratamento precoce sem dúvidas podem evitar repercussões negativas na vida da criança. O tratamento da ansiedade na infância é eficaz com o uso de medicamentos apropriados, associados à psicoterapia, em especial a terapia cognitiva comportamental.

Segundo a especialista, Patrícia Candeia é psicóloga clínica e escolar há 12 anos, os primeiros sintomas observáveis da ansiedade infantil são “a fala e o pensamento acelerado, mutismo seletivo, sudorese, tremores, choro sem razão aparente, irritabilidade e comportamento controlador”.

Já as causas prováveis para estes sintomas, de acordo com a psicóloga, podem variar entre cobranças externas, autocrítica, comparação e até o excesso de jogos digitais.

A doutora acredita que o trabalho dos pais é o principal auxiliar no combate a estes sinais: “É importante que haja mudança nas relações parentais. Com a ajuda dos responsáveis para identificar os gatilhos, é possível evitá-los e, assim, reduzi-los. Em muitos casos, após o diagnóstico definitivo de transtorno de ansiedade pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, é recomendável também o início da psicoterapia, aliada com orientações oferecidas aos pais”, finaliza.

Com informações de Clínica Livon e Neurológica.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.