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Causas da psoríase

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A psoríase afeta milhões de pessoas no mundo todo. Neste artigo ensinaremos quais são suas possíveis causas e fatores de risco.
Causas da psoríase
Última atualização: 09 agosto, 2022

A psoríase é uma doença autoimune caracterizada pela aceleração do ciclo de crescimento das células da pele. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que sua distribuição é muito desigual no mundo, pois varia entre 0,3% e 11,43%. As causas da psoríase ainda são desconhecidas, embora existam fortes indícios de como ela pode se desenvolver.

Vários tipos de psoríase foram catalogados. Entre os principais destacamos a psoríase em placas (90% dos casos), gutata, inversa, pustulosa e eritrodérmica. Ela afeta principalmente os cotovelos, couro cabeludo, joelhos e costas. Não é uma doença infecciosa, portanto, um paciente não pode infectar outro por contato. Vejamos o que a ciência diz sobre as causas da psoríase.

Quais são as causas da psoríase?

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A origem genética da psoríase tem sido estudada a fundo, embora os fatores ambientais também exerçam uma influência importante.

Até o momento nenhuma resposta sólida foi encontrada sobre o que causa a psoríase. Embora o número de casos da doença tenha aumentado, e as pesquisas e o interesse por ela também, os cientistas não conseguiram encontrar o gatilho direto dessa condição autoimune. Naturalmente, nossa compreensão sobre o assunto aumentou bastante.

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Por exemplo, sabemos que essa é uma doença autoimune que ocorre devido a uma incompatibilidade no ciclo de crescimento das células da pele. Em condições normais, essas células crescem e se substituem no período de um mês. Em um paciente com psoríase, esse ciclo se completa em alguns dias, com a peculiaridade de que, quando as células são renovadas, elas se acumulam e não se desprendem completamente.

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Isso resulta no desenvolvimento das placas ou escamas características. A condição pode afetar homens e mulheres da mesma forma, e é mais comum em adultos (embora crianças e adolescentes também possam desenvolvê-la). A psoríase não é contagiosa, de forma que você não pode contraí-la nas seguintes atividades:

  • Fazer sexo com uma pessoa com psoríase.
  • Nadar em uma piscina com alguém que tem a condição.
  • Abraçar, tocar ou interagir com uma pessoa com um surto.

Até o momento foram catalogados dois candidatos que podem explicar as causas da psoríase: o sistema imunológico e a carga genética. Por sua vez, sabe-se que alguns fatores ambientais podem estimular os anteriores para que a condição se manifeste. Explicaremos mais sobre isso nas seções a seguir.

O sistema imunológico e a psoríase

Nosso corpo possui um arsenal de batalha que nos protege de infecções de bactérias, vírus, fungos, parasitas e outros. As células responsáveis por isso são os glóbulos brancos (leucócitos), e existem vários tipos. Em uma pessoa com psoríase, um desalinhamento do sistema imunológico faz com que esse arsenal de batalha ataque as células do próprio corpo (reação autoimune).

Esse auto-ataque estimula o corpo a produzir novas células da pele como substitutos, o que, por sua vez, torna os glóbulos brancos mais reativos. Cria-se então um efeito bola de neve que resulta nos surtos externos que caracterizam a doença. Embora possa ser controlada, essa reação geralmente acontece de forma crônica (exceto em casos excepcionais).

Os genes e a psoríase

Existe um consenso entre os pesquisadores em considerar a psoríase como uma doença hereditária. De fato, acredita-se que vários genes do antígeno leucocitário humano (HLA) estejam associados a um risco aumentado de desenvolver a doença. Entre estes, acredita-se que o HLA-C*06:02 seja o mais suscetível.

É mais provável que você desenvolva psoríase se tiver histórico familiar da doença. Os especialistas preferem usar o termo suscetibilidade genética, já que nem todos os descendentes têm probabilidade de manifestar a condição. De fato, apenas 1/3 dos que herdam os genes desenvolvem psoríase.

Fatores ambientais como causas da psoríase

Já explicamos que um desequilíbrio no sistema imunológico e a carga genética estão entre as principais causas da psoríase. No entanto, em ambos os casos é necessária uma reação externa para servir como ativador ou catalisador. Vamos ver o que pode favorecer o desenvolvimento da condição:

Estresse

Sabe-se há décadas que o estresse é um importante mediador no desenvolvimento da psoríase. Ele pode não apenas fazer com que ela seja acionada pela primeira vez, mas também atuar como um catalisador para surtos ao longo da vida. Segundo estudos, o estresse pode mediar entre 37% e 78% dos casos.

Clima frio

Os surtos de psoríase são mais frequentes durante as estações frias. De fato, e citando novamente o relatório da OMS que apontamos no início, a Noruega tem a maior prevalência dos países analisados (com 11,43%). Não há consenso sobre o motivo para isso, mas acredita-se que a ausência da luz ultravioleta cause um desequilíbrio no sistema imunológico suscetível dos pacientes com a doença.

Dieta

Outro dos protagonistas das causas da psoríase é a dieta. Especialistas descobriram que uma dieta variada em vegetais, baixa em energia e rica em ácidos graxos poliinsaturados é benéfica na redução de surtos em pacientes. Muitos deles também são diagnosticados com sensibilidade ao glúten, um aspecto a considerar durante o tratamento.

Álcool e tabaco

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O tabaco não faz mal apenas para os pulmões, já que seu consumo prolongado favorece o aparecimento e o agravamento de outras doenças.

As evidências sugerem que os fumantes têm até o dobro do risco de desenvolver psoríase, especialmente aqueles que fumam em média 65 maços por ano e fumam há várias décadas. Também foi descoberto que a ingestão de álcool pode piorar a inflamação em alguns pacientes.

Além do que já mencionamos, outros fatores de risco que devem ser considerados entre as causas da psoríase são os seguintes:

  • Ingestão de certos medicamentos.
  • Ter lesões na pele (queimaduras solares graves, por exemplo).
  • Infecções.
  • Viver em uma região de clima muito seco.
  • Sofrer de outras doenças autoimunes.
  • Sofrer de algum tipo de alergia.

Esses são os gatilhos mais comuns, embora pacientes em todo o mundo relatem diferentes fatores de risco que estimulam seus surtos. Não há cura para a psoríase, de forma que é importante trabalhar com um especialista para evitar exacerbações.


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