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Carrapatos, perigo para seres humanos e animais

4 minutos
Quando tiver certeza de que nenhum membro do parasita ficou incrustado na pele, não esmague-o contra o chão. Assim podemos evitar que seus ovos se espalhem.
Carrapatos, perigo para seres humanos e animais
Maricela Jiménez López

Revisado e aprovado por a médica Maricela Jiménez López

Escrito por Equipe Editorial
Última atualização: 15 janeiro, 2023

Eles são comumente conhecidos como carrapatos. Estes parasitas pertencem à família dos ixodídeos. São perigosos agentes transmissores de doenças que afetam não só animais como também humanos.

Os danos causados nos animais podem ser graves. Dessa forma, as doenças mais comuns nos cães são a babesiose e a erliquiose, que causam uma anemia crônica que se não for tratada a tempo pode levar a morte do cão.

Eles gostam dos lugares quentes e úmidos. Por isso, preferem ficar entre as patas, por trás ou por dentro das orelhas e na virilha dos animais para se alimentar de seu sangue.

Para eliminar carrapatos de seus animais, é preciso realizar banhos medicinais indicados por seu veterinário a cada 7 dias, em seguida pulverizar a cada 15 dias o ambiente onde está o animal, sem a presença do cão.

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Mas, atenção! É preciso ter cuidado para não exceder a dosagem de veneno, pois isso pode intoxicar o seu animal.

Além disso, também existem doenças que podem ser transmitidas aos seres humanos por estes parasitas. Sendo assim, tais doenças são as seguintes:

Febre do carrapato do Colorado

É uma doença que é transmitida por meio da picada do carrapato Dermacentor andersoni. Leva o nome de febre do carrapato do Colorado, pois é observada com maior frequência no estado do Colorado – EUA.

Os sintomas são:

  • Náuseas e vômitos;
  • Suores;
  • Dor atrás dos olhos;
  • Sensibilidade à luz;
  • Febre;
  • Fraqueza geral;
  • Dores musculares, etc.

Doença de Lyme

Carrapatos infectados por terem picado ratos ou veados infectados transmitem esta doença, que também pode afetar nossos animais domésticos.

Foi relatada pela primeira vez nos Estados Unidos, no entanto, também são conhecidos casos na Europa e Ásia.

Na primeira etapa desta doença, a infecção não se espalha por todo o corpo. Entretanto, na segunda etapa, a bactéria começa a se expandir pelo organismo, e na terceira etapa já se expandiu completamente.

Para que o carrapato transmita a doença, ele deve permanecer aderido à pele por 24 a 36 horas.

Os sintomas dessa doença incluem:

  • Fraqueza geral;
  • Febre;
  • Dores musculares;
  • Dores de cabeça, etc.

Aliás, os carrapatos de patas pretas podem ser tão pequenos que a pessoa sequer percebe que ele está preso em seu corpo.

A doença de Lyme, se acaso diagnosticada precocemente, pode ser tratada com antibióticos.

Em seu terceiro estágio, esta doença pode gerar inflamação articular prolongada. Além disso, pode provocar problemas no ritmo cardíaco e no sistema nervoso.

Saiba mais sobre a doença de Lyme.

Febre maculosa das montanhas rochosas

É causada por bactérias transportadas pelos carrapatos. Desse modo, o carrapato deve estar grudado na pessoa por mais de 20 horas para transmitir a doença.

A princípio, os carrapatos espalharam a infecção nos Estados Unidos, América Central e América do Sul.

Sintomas apresentados:

  • Febre;
  • Dor de cabeça;
  • Calafrios;
  • Dores musculares;
  • Confusão, etc.

O carrapato preso na pele deve ser extraído cuidadosamente e, assim, deve-se iniciar um tratamento com antibióticos para eliminar a infecção.

Paralisia por carrapatos

Pode ocorrer paralisia nas criandas, pois a saliva de alguns carrapatos pode conter uma toxina muito perigosa. No entanto, geralmente o tratamento corrige a paralisia.

Sintomas:

  • Formigamento;
  • Fraqueza;
  • Falta de coordenação;
  • Dificuldade para andar.

Tularemia

Consiste em uma infecção causada pela picada de carrapato, mordida de um roedor infectado ou pelo contato com a carne de um animal selvagem. Contudo, ela ocorre com mais frequência na América do Norte, Europa e Ásia.

Sintomas:

  • Dor de cabeça;
  • Febre;
  • Calafrios;
  • Dores musculares;
  • Perda de peso;
  • Dificuldade respiratória, etc.

Esta doença pode ser mortal em cerca de 5% dos casos não tratados.

Complicações:

Pericardite, osteomielite, meningite e pneumonia, por exemplo.

Forma correta de extrair um carrapato incrustado na pele

Para extrair um carrapato é preciso considerar algumas recomendações:

Você deve pegar o carrapato por meio de uma pinça, pela cabeça ou pela boca e puxá-lo com um movimento lento, porém firme. Você não deve esmagá-lo contra o chão, dessa maneira o sangue se espalha e os ovos também. Além disso, certifique-se de que a cabeça não está presa na pele.

Outra opção válida seria colocar um pouco de álcool, iodo ou parafina para que o parasita se solte automaticamente.

Leia também: Óleo da árvore do chá para combater pulgas.

Além disso…

  • Não se esqueça de usar luvas ou uma toalha de papel;
  • Lave a área onde o carrapato estava com água e sabão, assim como suas mãos;
  • Se acaso você não conseguir remover a cabeça, procure ajuda profissional;
  • Guarde o carrapato em um recipiente fechado e fique atento para quaisquer sintomas das doenças mencionadas acima.

Prevenção

  • Ao caminhar na grama alta ou em áreas arborizadas, utilize camisas de manga comprida e calças;
  • Os sapatos devem ser fechados;
  • Os itens devem ser de cores claras para visualizar os carrapatos;
  • Borrife repelente para insetos em sua roupa;
  • Mantenha a camisa dentro da calça;
  • Fique atento aos seus animais domésticos, dessa forma, verifique-os periodicamente para detectar a presença destes parasitas.

Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Kamrin, M. A. (2014). Lyme Disease. In Encyclopedia of Toxicology: Third Edition. https://doi.org/10.1016/B978-0-12-386454-3.00407-3
  • Levi, T., Kilpatrick, A. M., Mangel, M., & Wilmers, C. C. (2012). Deer, predators, and the emergence of Lyme disease. Proceedings of the National Academy of Sciences. https://doi.org/10.1073/pnas.1204536109
  • Mutz, I. (2009). Las infecciones emergentes transmitidas por garrapatas. Annales Nestlé (Ed. Española). https://doi.org/10.1159/000287275

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