Betaistina: indicações e precauções

Ao administrar esse medicamento, recomenda-se precaução em pacientes com asma brônquica e/ou histórico de úlcera péptica.
Betaistina: indicações e precauções

Escrito por Equipe Editorial

Última atualização: 16 janeiro, 2023

A betaistina é um fármaco regulador da histamina usado no tratamento da vertigem há cerca de 40 anos. Outras indicações também foram estudadas, como o tratamento para a doença de Ménière e a vertigem posicional paroxística benigna (VPPB).

Embora seu mecanismo de ação na síndrome de Ménière e na VPPB não esteja totalmente claro, de acordo com vários autores, ela previne a evolução da síndrome e a perda progressiva da audição. Na VPPB, é utilizada como terapia adjuvante para a compensação vestibular em casos recorrentes da doença.

Nos países do continente europeu, é o fármaco mais utilizado para sua indicação principal, a vertigem.

Por outro lado, a etiologia da síndrome de Ménière, da VPPB e dos outros tipos de vertigem periférica ainda não é conhecida. Por esse motivo, não é possível determinar o mecanismo exato de atuação da betaistina nem de os outros medicamentos que tratam essas patologias.

O que é a vertigem?

Homem sentindo vertigem

A vertigem não é uma doença, e sim um sintoma. Os pacientes com esse sintoma sentem uma falsa sensação de movimento. Costuma ocorrer com frequência e pode interferir nas atividades da vida cotidiana dos pacientes.

Como mencionamos, atualmente não se sabe por que esse sintoma ocorre. Acredita-se que esse tipo de tontura tenha origem no labirinto acústico interno, não nas conexões neurais correspondentes.

O tratamento da vertigem requer uma abordagem multidisciplinar que normalmente inclui:

E a síndrome de Ménière?

Essa doença é uma síndrome que afeta o ouvido interno do paciente. Ocorre com episódios de tontura ou vertigem e perda de audição. Normalmente afeta apenas um ouvido, não os dois.

A fisiopatologia dessa doença mostra um desequilíbrio de líquidos que leva a uma alteração das pressões linfáticas na área do ouvido interno.

Por outro lado, é válido mencionar que a síndrome de Ménière pode se desenvolver em qualquer idade. No entanto, dados estatísticos indicam que a maior porcentagem de incidência ocorre entre o início da idade adulta e a meia-idade.

Apesar de ser considerada uma doença de caráter crônico, atualmente existem tratamentos que aliviam os sintomas e melhoram a qualidade de vida a longo prazo. Acredita-se que a betaistina regule os capilares no ouvido interno.

Dessa maneira, esse fármaco ajuda a reduzir a pressão no espaço endolinfático e também facilita a reabsorção do líquido endolinfático.

Sintomas principais

Mulher com vertigem

Essa doença provoca uma série de sinais e sintomas. Entre eles, podemos mencionar:

  • Vertigem: pode causar náuseas.
  • Perda de audição: pode aparecer e desaparecer, principalmente no início. Com o tempo, os pacientes costumam acabar perdendo a audição permanentemente.
  • Acúfeno: é a percepção de estar ouvindo um tipo de zumbido ou tinido no ouvido.
  • Sensação de estar com o ouvido obstruído ou uma congestão auditiva.

No entanto, após um episódio, os sinais e sintomas dessa doença costumam desaparecer completamente por um tempo. Além disso, esses episódios também costumam diminuir com o passar do tempo.

Como a betaistina exerce seu efeito no organismo?

A betaistina deve sua eficácia à capacidade de regular o sistema histaminérgico do organismo. Apresenta uma atividade antagonista dos receptores H3 da histamina e uma ação agonista dos receptores H1. Quase não apresenta atividade contra os receptores H2.

Uma vez administrada, chega ao ouvido interno e aumenta a liberação de neurotransmissores das terminações nervosas nesse local. Como consequência da interação com os receptores H1, produz um poderoso efeito vasodilatador no ouvido interno. Dessa forma, melhora o quadro clínico da vertigem periférica.

Precauções e reações adversas da betaistina

Betaistina

Ao administrar esse medicamento, recomenda-se precaução em pacientes com asma brônquica e/ou histórico de úlcera péptica.

Além disso, mulheres grávidas ou lactantes não devem tomar betaistina, pois não existem resultados de estudos sobre os efeitos do fármaco nessas situações.

Em relação às reações adversas produzidas por esse medicamento, é importante destacar as seguintes:

  • Problemas gastrointestinais.
  • Transtornos do sistema nervoso.
  • Transtornos do sistema imunológico.
  • Problemas cutâneos e do tecido subcutâneo.

Conclusão

A betaistina é um fármaco usado há muito tempo pela sua efetividade no tratamento das vertigens. Assim como todos os medicamentos, não é isenta de efeitos adversos. Portanto, as diretrizes do médico sempre devem ser seguidas e nunca devemos nos automedicar.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.



Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.