Os altos e baixos da aspirina
A aspirina é um medicamento que, a princípio, era extraído da planta européia Spiraea ulmaria. Hoje, mais de cem anos após seu descobrimento, a aspirina possui um vasto currículo.
Entretanto, seus efeitos não foram totalmente descobertos ainda. Todos os anos são revelados novos benefícios do medicamento, que agora é produzido de forma sintética.
A aspirina, na verdade, puramente ácido acetilsalicílico, traz benefícios à saúde que superam a sua conduta meramente analgésica.
Benefícios da aspirina
Alzheimer na mira
Um estudo publicado na Journal of Neuroscience apontou uma redução numa doença degenerativa do cérebro, o mal de Alzheimer, ainda sem cura. Inesperadamente, a ingestão de um comprimido por dia reduziu em 23% o risco da enfermidade entre idosos.
Além disso, esse medicamento aponta outra vantagem: diminui a possibilidade de perda de raciocínio e memória entre as pessoas idosas. Algo a considerar.
Combate ao câncer do intestino
Pesquisas, como a que foi publicada por Thun MJ, Namboodiri MM, Calle EE, Flanders WD, Heath CW Jr (1993), apontam o ácido acetilsalicílico como responsável pela redução em 25% da possibilidade de desenvolvimento do câncer no intestino.
A utilização deste medicamento diminui o número de pólipos intestinais que é a base da formação de células malignas.
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Outros tipos de câncer
Além disso, a aspirina ativa a eficiência da enzima AMPK em todo o corpo humano. Dessa forma, inibe o crescimento de células cancerígenas, como provado na pesquisa de Thun MJ, Henley SJ, Patrono C (2002).
Faz bem também ao coração
O ácido acetilsalicílico aplicado em pessoas infartadas após 24 horas do acontecimento tem o índice de morte pós-infarto reduzido em 23%.
Redução do AVC
O uso de aspirina beneficia da mesma forma os pacientes com risco da AVC. O ácido é muito eficiente para reduzir a agregação de plaquetas, que agrupadas, formam coágulos e desencadeiam o AVC.
Isso ocorre porque, ao tomar a aspirina, o paciente tem o seu sangue afinado. A aspirina provoca também a ampliação do tamanho das veias, artérias e vasos capilares.
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Diabéticos pegam uma carona
A diabete é uma doença caracterizada pela pouca produção de insulina pelo pâncreas, o que acarreta o aumento acima do ideal de glicose no sangue. Por isso, é uma doença que causa sérios danos aos sistemas circulatório e urinário. A aspirina diminui os efeitos colaterais da doença no corpo humano.
Como tomar aspirina
A recomendação é que o paciente mastigue o comprimido e jogue para debaixo da língua, onde a absorção do medicamento é mais rápida. Não é por acaso que o acido acetilsalicílico é recomendado para pacientes com ataques cardíacos.
Contra indicativos da aspirina
Fazer uso contínuo do medicamento sem prescrição médica, pode tornar a cefaléia (dor de cabeça) passageira, algo crônico.
Além disso, como em todo medicamento, existem as contraindicações e efeitos colaterais, fique atento a eles:
– Esse medicamento pode acarretar doenças gastrointestinais, também podem ocorrer náuseas, vômitos, sangramento, úlcera e pior, perfuração do aparelho digestivo.
Esses efeitos, geralmente tóxicos, surgem quando a concentração do medicamento no sangue é superior a 400 ml/L. Ou seja, seu uso deve ser feito com moderação e orientação médica e não indiscriminadamente.
– É contraindicado em casos de dengue e hemofilia, uma vez que interfere na coagulação sanguínea, assim, uma dengue simples pode se tornar hemorrágica após o uso de AAS.
E também contraindicado em casos de catapora, pacientes com esse quadro que façam uso do medicamento podem desenvolver a Síndrome de Reye, doença com sintomas de gripe que afeta todos os órgãos do corpo, principalmente cérebro e fígado.
Independente do seu caso de saúde, os benefícios médicos do ácido acetilsalicílico não devem empolgar a ponto de se automedicar. Procure sempre orientação médica para consumir este ou qualquer outro medicamento.
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- Chandra, S., Jana, M., & Pahan, K. (2018). Aspirin induces Lysosomal biogenesis and attenuates Amyloid plaque pathology in a mouse model of Alzheimer’s disease via PPARα. The Journal of Neuroscience. https://doi.org/10.1523/JNEUROSCI.0054-18.2018
- Flanders, W. D., Namboodiri, M. M., Calle, E. E., & Heath, C. W. (1993). Aspirin Use and Risk of Fatal Cancer. Cancer Research. https://doi.org/10.1056/NEJM199112053252301
- Thun, M. J., Jane Henley, S., & Patrono, C. (2002). Nonsteroidal anti-inflammatory drugs as anticancer agents: Mechanistic, pharmacologic, and clinical issues. Journal of the National Cancer Institute. https://doi.org/10.1093/jnci/94.4.252
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