Logo image
Logo image

Ajude os seus filhos a controlar as emoções desde pequenos

6 minutos
As emoções são a substância que adoça ou amarga nossa vida. Gerenciá-las e expressá-las de forma saudável é fundamental. Ensinar aos nossos filhos como fazer isso é um dos maiores legados que, como pais, podemos deixar para eles.
Ajude os seus filhos a controlar as emoções desde pequenos
Escrito por Thady Carabaño
Última atualização: 23 agosto, 2022

A partir dos 2 anos de idade, uma criança pode começar a aprender como controlar as emoções. Vamos aprender como ajudá-la! Se nós mesmos tivermos dificuldade para gerenciar com inteligência as emoções que sentimos, como podemos ensinar nossos filhos a regular suas próprias emoções também?

Quantas vezes o seu filho já viu você perder a calma diante de um engarrafamento, por exemplo? Quantas vezes já te viu fazer o oposto do que diz que é certo ou até, talvez, o viu mentindo?

Quantas vezes você já viu seu filho zombando de sua irmã ou mentindo, mesmo quando sabe que é errado e que você não aprova?

Tanto em crianças como em adultos, as respostas coincidem: deixaram-se levar pela emoção que os invadia naquele momento. Claro, todos, em algum momento da vida, passaram por isso, sem importar a idade. O importante é entender que a regulação das emoções é um componente fundamental do equilíbrio mental e emocional.

Como conhecer, reconhecer e controlar as emoções

Some figure

Hoje em dia, o processo educacional que vivemos com nossos filhos inclui ajudá-los a gerir as suas emoções. Uma criança que consegue controlar as suas emoções melhora muitos aspectos de sua vida, tais como:

  • Prestar mais atenção
  • Estudar mais para alcançar melhores resultados na escola.
  • Está em melhores condições de resolver conflitos com seus colegas.
  • Comportar-se melhor.
  • Preocupar-se mais com os outros.

Como conseguir isso? A chave é conhecer, reconhecer e controlar as emoções. Em psicologia, reconhecem-se 6 emoções básicas: o medo, a surpresa, a aversão, a alegria, a tristeza e a raiva. No entanto, existem estudos que reconhecem muitas outras, até mais de 300. Mas não vamos exigir tanto de nossas crianças. Para começar, vamos ao básico.

Quer saber mais? Consequências de discutir na frente das crianças

Estratégias para controlar as emoções

Algumas das estratégias a que podemos recorrer para ensinar nossos filhos a controlar as emoções são:

Identifique as emoções

Aos 5 anos, uma criança tem que saber definir se está triste ou com raiva, expressar isso e agir de forma construtiva. Aos 10-11 anos, as emoções são mais complexas, mas também é preciso aprender a identificá-las. Ajude os seus filhos a expressar e reconhecer as suas emoções com expressões como estas:

  • “Que bom que nós passamos na casa da avó. Como você ficou contente”.
  • “Eu entendo que você está triste porque sua irmã não quer brincar com você”.

Esclareça as expectativas

Evite as surpresas que podem ser causadas por uma resposta enraivecida, para que a criança saiba o que acontece, ainda se trate de algo que não goste ou não queira fazer. Ao mesmo tempo, seja firme com a decisão que tomou. Por exemplo:

  • “Vamos à casa da titia, porque eu tenho que falar com ela. Leve alguns brinquedos para ficar brincando enquanto conversamos”.
  • “Quero que saibas que daqui a pouco, vamos sair do parque, temos que voltar para casa”.

Faça uma pausa

Some figure

Prepare um lugar tranquilo e confortável em casa, com travesseiros ou almofadas para que seu filho possa ir para refletir e relaxar quando as coisas não saírem como esperado. Assim saberá o que lhe interessa, os seus sentimentos.

Brincadeira sobre autocontrole

Para controlar as emoções, é importante aprender a ter paciência e a esperar. Durante um passeio, concorde que, toda vez que você disser uma determinada palavra, o seu filho vai parar e vai esperar (ficará paralisado até que você diga a palavra que lhe permita mover-se novamente).

Desenvolver a empatia

Convide-o a se colocar no lugar e nas circunstâncias dos outros. Aceite que você mesma pode sentir o mesmo que ele sente. As perguntas são uma ótima ferramenta para fazê-lo refletir sobre o que sente e a sua conduta. Por exemplo:

  • “Eu sei que você está com fome e quer comer. Eu também fico chateado quando estou com fome, mas temos que esperar a mamãe”.
  • “Como você acha que sua irmã se sente depois que gritou com ela daquela maneira?”

Recompense e elogie

Some figure

Reforce comportamentos positivos com carinho. Você não tem que premiar com objetos ou presentes, basta que a criança entenda que, quando se controla, você nota e fica feliz que ela o tenha conseguido. Por exemplo:

  • “Que bom que não me interrompeu enquanto eu conversava no telefone. Obrigada por ter me esperado”.
  • “Obrigada por ajudar a pôr a mesa. Agora você pode escolher o que quiser para o lanche”.

Ações e consequências

É preferível dialogar e negociar a responder com agressividade ou violência. Se a criança se comportar mal com alguém, deve aprender a se desculpar. Da mesma forma, deve aprender a perdoar quando alguém faz algo de errado e isso a afeta. As ações têm consequências, portanto, ele deve aprender que é melhor tomar boas decisões. Por exemplo, você pode dizer algo como:

  • “Ele continua sendo seu amigo, mesmo que não tenha te emprestado o brinquedo”.
  • “Sei que ele te bateu, mas ele pediu desculpas e você pode perdoá-lo e continuar seu amigo”.

Dê o exemplo

Quando o seu filho estiver descontrolado, é quando mais você tem que provar que você é capaz de se autocontrolar. Nada do que você disser vai ter mais impacto do que o que você mostra com os fatos. Se você gritar, ele vai aprender a responder com gritos.

Se você ficar na mesma altura da criança e lhe falar com calma e em tom baixo, ela aprenderá que pode controlar sua raiva em qualquer situação.

Pratiquem juntos

Some figure

Nas situações em que a criança se sente prejudicada (quando não lhe emprestam brinquedos que não lhe pertencem, por exemplo), pratique com ela qual a melhor maneira de agir. Da mesma forma, ajude-a a identificar qual é a maneira errada de agir. A prática vai ajudar seu filho a se controlar melhor diante de circunstâncias que o afetam.

Fale com calma

Quando tiver um problema ou uma situação que esteja preocupando a criança, ela tem que aprender a falar sem perder a calma. Para aprender a se expressar sem que as emoções a amedrontem ou alterem, o seu exemplo é fundamental. Você pode dizer coisas como:

  • “Eu também estou chateada porque ele brigou contigo; mas calma, fique calma e me conte o que aconteceu”.
  • “Eu também estou cansado, mas podemos descansar um pouco e você continua me contando”.

Abrace-o

Não o deixe sozinho com seus sentimentos. Mostre a ele que você se preocupa com suas decepções e frustrações. Abrace-o, para que entenda que o compreende e o ama. Essa confiança e segurança em seu amor irão ajudá-lo a regular melhor sua vida emocional.

Você não sabia? Benefícios dos abraços para a saúde

Tudo passa

Some figure

Os sentimentos negativos são dolorosos, mas eles passam. A raiva, a tristeza, a decepção, a frustração, tudo isso que nos faz sentir mal não dura para sempre. Diante desses sentimentos, você pode dizer algo como:

  • “Agora, você se sente mal, mas te garanto que daqui a um tempinho, vai se sentir melhor”.
  • “Eu entendo que você esteja chateado, e se você sentir vontade de chorar, pode chorar. Depois, vai se sentir bem”.

Dedique tempo

Seus filhos devem saber que há um momento do dia em que você estará disponível para ouvir os seus problemas ou preocupações, mesmo quando estiver cansado, sobrecarregado ou chateado. Você deverá superar essas emoções e dedicar-lhes tempo. Você pode dizer:

  • “Conte-me como foi hoje o seu dia na escola”.
  • “Como foi na casa de seus primos?”

Reflexão

As emoções iluminam ou escurecem o caminho da vida. Ajudar nossos filhos a reconhecê-las e regulá-las é um dos maiores presentes que podemos deixar para o seu bem-estar em geral.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.



Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.