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7 coisas que é melhor evitar quando sofre de ansiedade

6 minutos
A ansiedade faz parte da vida. No entanto, a chave é evitar que ela tenha controle sobre a nossa existência.
7 coisas que é melhor evitar quando sofre de ansiedade
Última atualização: 17 março, 2022

O que deve evitar alguém que sofre de ansiedade? Muitos de nós estamos acostumados a ouvir recomendações de inúmeras coisas para lidar com ela.

Frases como “não leve as coisas para o lado negativo”, “diminua o ritmo” ou “faça mudanças em sua vida”, são expressões que enchem as nossas cabeças, mas, no entanto, não servem para nada.

A razão pela qual deixamos de ser receptivos a toda essa série de dicas é porque a nossa mente funciona em outro nível. O seu foco está limitado e sob o controle absoluto de preocupações excessivas, negatividade e falta de autocontrole.

Neste estado, é muito complicado que possamos diminuir o ritmo. Além disso, às vezes, mesmo em férias, nos sentimos exaustos e tão desconectados que é comum vivenciar algum ataque de ansiedade.

Por outro lado, é necessário saber que muitas das estratégias que usamos para tratar a ansiedade são limitadas apenas ao tratamento dos sintomas, mas não à raiz do problema. Precisamos sempre da ajuda de profissionais para encontrar uma estratégia terapêutica que melhor se adapte às nossas necessidades e particularidades.

Portanto, também é necessário saber o que não é aconselhável fazer quando sofremos de ansiedade.

Desta forma, conheceremos muito melhor esse “demônio” interno para depois controlá-lo, enfraquecê-lo e assumir o controle de nossas vidas.

1. Não altere tanto as coisas, detenha o pensamento “ruminante”

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A ansiedade pode se manifestar com sintomas físicos e psicológicos. Sem um controle oportuno, isso afeta a qualidade de vida.

A ansiedade nos força a pensar de forma diferente. Caímos em estados exaustivos, negativos e fatalistas. Além disso, estudos como o publicado em 2013 pela revista Frontiers in Human Neuroscience nos lembram o impacto dessa condição nos processos cognitivos.

  • Tente romper o ciclo desses pensamentos persistentes que acabam com seu equilíbrio e calma ao longo do dia.
  • Devemos estar cientes de em que momento um pensamento, uma imagem, uma frase ou uma memória começam a ser persistentes em nossa cabeça.
  • Quando percebemos isso, o ideal é desviar a atenção para outro foco mais relaxado ou positivo.

Praticar esportes, pintar mandalas ou conversar com alguém pode nos ajudar nisso. Da mesma forma, como nos explicam alguns estudos como o realizado em 2010 por uma equipe de pesquisadores da Universidade de Boston, práticas como a atenção plena podem ser úteis no tratamento da ansiedade.

Leia também: Pensamentos ruminantes geradores de ansiedade

2. Não evite, não fuja

O trabalho pode nos causar tanta ansiedade que decidimos pedir uma licença. Durante esse tempo, ao invés de buscar ajuda profissional, optamos pelo descanso e acima de tudo “não pensar” e dizer a nós mesmos que não vamos melhorar em nada.

Pode ser também que os problemas com o nosso parceiro sejam tantos que preferimos ficar mais tempo longe de casa, chegar tarde… Todos esses comportamentos são formas indiretas de fugir daquilo que nos incomoda e nos preocupa.

Em vez de evitar o que nos preocupa ou fugir disso, devemos enfrentá-lo. Não vamos deixar para amanhã o aborrecimento que sentimos hoje. Se assim o fizermos, acumularemos cada vez mais preocupações, angústias e frustrações em nossas mentes e estaremos formando um novelo que não deixará espaço para mais nada.

A ansiedade deve ser tratada e administrada. Se a evitarmos, ela acabará ganhando mais força.

3. Não antecipe coisas que ainda não aconteceram

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“Se eu fizer isso, acontecerá aquilo. Se eu disser isso, acontecerá algo. Se eu mudar isso, certamente o que não quero acontecerá…”

Quando esses tipos de pensamentos soarem em sua mente, saiba que é uma característica daquela ansiedade mais prejudicial e limitante que o ser humano pode sofrer. É quando o pensamento catastrófico nos impede de viver de forma plena e receptiva.

Ninguém tem uma bola de cristal para saber o que pode ou não acontecer amanhã. Portanto, vamos concentrar a nossa atenção no presente e tentar controlar a negatividade.

Leia também: Conheça os efeitos negativos do estresse

4. Monitorar tudo para controlar a ansiedade

O que aqueles que já sofreram de um ataque de ansiedade mais temem, acima de tudo, é que isso aconteça de novo. Às vezes, eles desenvolvem tanta angústia que é esse medo que leva a novas aparições, novos ataques.

  • Devemos evitar nos controlar demais, estar conscientes de nossas palpitações, da nossa frequência cardíaca, de pensar que, se eu entrar lá, ficarei nervoso, que se eu fizer isso, eu vou perder o controle…
  • Devemos ser capazes de mudar e nos permitir ser mais abertos e confiantes, enfrentando o que nos assusta, porque é precisamente por trás dessas fronteiras que encontramos a calma e o equilíbrio.

5. Não queira viver sem ansiedade: esse não é o ponto

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Esse é um erro muito comum: pensar que a ansiedade, por si só, é um inimigo a evitar a todo custo.

  • O segredo está em conviver com a ansiedade, mas evitando que seja ela quem nos controla.
  • Devemos entender que a ansiedade é parte do ser humano, é ela que nos ajuda a evitar riscos, que nos ajuda a sobreviver, e até nos dá energia e motivação para alcançar o que queremos.
  • No entanto, no momento em que se transforma em uma emoção paralisante, que tira o ar, que tira o controle e a felicidade, é necessário fazer algo.

É importante encontrar a raiz do problema. É preciso sentar para conversar com nós mesmos e tentar descobrir o que nos causa ansiedade. E, se necessário, considere consultar um psicólogo ou psiquiatra.

6. Manter relacionamentos negativos pode provocar ansiedade

Pode parecer curioso, mas às vezes o foco de nossa ansiedade pode começar por uma pessoa específica que nos tira a felicidade todos os dias.

  • Talvez seja esse relacionamento, esse amor complicado e prejudicial que nos transforma em alguém que não somos.
  • Também seja um contexto inteiro, como um ambiente de trabalho no qual não conseguimos nos adaptar.
  • Ainda mais, pode ser o núcleo familiar ou grupo de amigos, no qual nos sentimos deslocados ou desprezados.

A melhor coisa nesses casos é identificar os focos da nossa ansiedade e estabelecer possíveis soluções ou mecanismos de ação para resolver esse problema.

7. Não deixe de viver

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As pessoas com transtorno de pânico experimentam ansiedade e medo repentinos e incontroláveis.

Mesmo que não nos demos conta, isso acontece. A ansiedade está nos privando da vida, do desejo, da ilusão, e até da identidade.

  • Quem sofre de ansiedade está se tornando alguém novo, alguém que não gostamos e que não se parece com quem éramos antes.
  • Não deixe que isso aconteça, não permita que essa ladra de identidades e felicidades o deixem sem nada. Assuma o controle, pegue as rédeas e navegue no seu mundo interior para encontrar o problema e as possíveis soluções.

Leia também 5 estratégias pessoais para canalizar e aliviar a ansiedade em 15 dias

Lembre-se também de que, quando se trata de controlar a ansiedade, pode ser necessário consultar um psicólogo. Os medicamentos são úteis em alguns momentos, mas em todo o caso terão de ser prescritos por um psiquiatra. Um profissional poderá nos orientar sobre o que é mais aconselhável no nosso caso para gerir a ansiedade.

Nota: recomendamos que você consulte um psicólogo se achar que precisa de ajuda para controlar a sua ansiedade.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Robinson, O. J., Vytal, K., Cornwell, B. R., & Grillon, C. (2013). The impact of anxiety upon cognition: perspectives from human threat of shock studies. Frontiers in human neuroscience, 7, 203.
  • Hofmann, S. G., Sawyer, A. T., Witt, A. A., & Oh, D. (2010). The effect of mindfulness-based therapy on anxiety and depression: A meta-analytic review. Journal of consulting and clinical psychology, 78(2), 169.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.