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Será que teremos uma vacina contra o câncer no cérebro?

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O câncer no cérebro é um dos mais agressivos. No entanto, uma vacina em desenvolvimento pode ser o fim deste mal.
Será que teremos uma vacina contra o câncer no cérebro?
Última atualização: 23 agosto, 2022

As vacinas são uma boa maneira de prevenir doenças, mas também permitem curá-las. Portanto, não é estranho que os pesquisadores estejam analisando diferentes possibilidades em suas tentativas de acabar com um câncer tão agressivo quanto o cerebral. Será que realmente é possível desenvolver uma vacina contra o câncer no cérebro?

Ter câncer no cérebro é um golpe duro não apenas para os pacientes, mas também para as suas famílias. A depressão na qual as pessoas diagnosticadas podem cair, como indicado no artigo ‘Qualidade de vida em pacientes com tumores cerebrais: importância de variáveis ​​psicológicas, causa ansiedade e um grande desconforto.

No entanto, pode ser que em breve esta seja uma preocupação do passado. Existem várias fontes que nos informam que existe uma vacina que poderia ser a solução definitiva para o câncer no cérebro. Vamos ver como ela age na destruição desta doença e quais são as expectativas para a sua criação a seguir.

Uma vacina contra o câncer no cérebro

O jornal El País publicou uma notícia em dezembro de 2018 falando sobre vacinas personalizadas para pacientes que sofrem de câncer no cérebro. A matéria foi baseada em um estudo com poucas pessoas que teve resultados bastante encorajadores.

No entanto, como o número de indivíduos que participaram do teste foi pequeno, os pesquisadores não podem dizer com total confiança que foram capazes de encontrar uma cura para esse tipo de câncer. Mais pesquisas precisam ser feitas para garantir a veracidade das evidências.

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Atualmente, existem novos caminhos de pesquisa para o desenvolvimento de uma vacina contra o câncer no cérebro.

Imunoterapia

A imunoterapia é um conceito de grande importância nesta vacina que acaba de ser descoberta. Este termo se refere ao uso das próprias defesas do corpo para direcioná-las a atacar o câncer no cérebro.

No entanto, os pesquisadores descobriram que nem todos os tumores são iguais e nem todos respondem bem ao tratamento com imunoterapia. Por esse motivo, a “imunoterapia de precisão” foi trabalhada para tratar pacientes que sofrem de glioblastoma.

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Vacina personalizada

O glioblastoma é um dos cânceres com pior prognóstico. Portanto, os pacientes que estavam sofrendo com esta doença no momento do estudo precisavam de uma vacina personalizada para que os resultados fossem favoráveis. Qual foi o procedimento utilizado?

A melhor estratégia é projetar uma vacina com os antígenos do próprio tumor do paciente. Isso favorece uma resposta imunológica muito mais eficaz. Dessa forma, os linfócitos conseguem reconhecer as células “más” e destruí-las.

Na pesquisa, eles descobriram que os pacientes responderam favoravelmente à vacina personalizada e não à genérica. Para acabar com o câncer no cérebro, a vacina deve ser personalizada. Porém, ela ainda não pode ser projetada para qualquer tipo de tumor.

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Expectativas de combate ao câncer no cérebro

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Embora muitas pesquisas ainda sejam necessárias, estamos começando a abrir caminho para novos tratamentos mais seguros e eficazes.

Os avanços que estão sendo feitos em relação a diferentes tipos de câncer, e especificamente ao câncer cerebral, são bastante animadores. No entanto, apenas 30 pessoas participaram do estudo mencionado.

Isso também pode nos fazer pensar se seria viável estudar e criar uma vacina personalizada para cada pessoa que tem câncer no cérebro. Isso é viável? Seu custo seria acessível a todas as pessoas?

Além disso, é importante mencionar que a pesquisa falhou em destruir o câncer das pessoas que sofriam com ele, ainda que seja importante enfatizar que elas sofriam de um tipo de câncer bastante agressivo, com alta taxa de mortalidade apesar dos tratamentos realizados.

O que foi alcançado foi um aumento da sobrevida do paciente. De acordo com o jornal El País, esses pacientes normalmente vivem cerca de 14 meses. No entanto, a vacina permitiu que esse número fosse aumentado para 29 meses. Sem dúvida, algo encorajador que indica que estamos no caminho certo e que, talvez, uma cura definitiva esteja próxima.

Atualmente, os pesquisadores continuam estudando diferentes possibilidades para acabar com esse tipo de doença que, a cada ano, acomete milhares de pessoas no mundo todo. Esperamos que, mais cedo do que o esperado, recebamos notícias sobre uma vacina que erradica completamente o câncer.

Crianças, jovens, adultos e idosos sofrem de cânceres de diferentes tipos. A quimioterapia e a radioterapia são tratamentos que esperamos que sejam substituídos, em breve, por uma solução tão simples quanto uma vacina, acessível, confiável e eficaz.

Você acha que essa será a solução para o câncer no cérebro? E para tipos de câncer mais agressivos, como o glioblastoma?


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