Tudo que você precisa saber sobre a atresia biliar
Revisado e aprovado por o médico Diego Pereira
A atresia biliar é um problema hepático crônico e progressivo. Torna-se evidente logo após o nascimento. Os ductos biliares ficam bloqueados e a bile não pode sair do fígado. Devido a isso, o funcionamento do fígado torna-se prejudicado e passa a afetar várias funções vitais.
Se não for tratada, esta é uma doença que põe a vida do paciente em risco. Vamos aprender mais sobre ela neste artigo.
O que causa a atresia biliar?
Não se sabe com exatidão qual é a causa da atresia biliar. Muitos especialistas acreditam que os bebês nascem com atresia biliar, o que implica que a alteração dos ductos biliares ocorre durante a gravidez.
No entanto, outras opiniões sugerem que a doença aparece após o nascimento devido à exposição a substâncias tóxicas ou infecciosas. Não está ligado a medicamentos tomados pela mãe ou a doenças que a gestante possa ter tido durante a gravidez.
Atualmente, não se sabe se existe um vínculo genético na atresia biliar. Em geral, é improvável que a doença se repita mais de uma vez na família.
Quais são os sintomas da atresia biliar?
Os bebês afetados pela atresia biliar costumam parecer saudáveis ao nascer. No entanto, os sintomas se desenvolvem entre duas semanas e dois meses de vida. Os sintomas da atresia biliar podem se assemelhar aos de outros problemas ou distúrbios médicos.
Entre os sintomas listados, estão:
- Icterícia: descoloração amarelada da pele e da parte branca dos olhos. Ocorre devido a níveis irregulares e altos de bilirrubina no sangue, que podem ser atribuídos a uma inflamação, outras anormalidades das células hepáticas ou obstrução dos ductos biliares.
- Urina escura e fezes claras.
- Abdômen inchado e perda de peso.
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Diagnóstico de atresia biliar
Para chegar ao diagnóstico da doença, são realizados diferentes exames e análises ao sangue.
Exames de sangue
No exame de sangue, é solicitada a medição dos seguintes parâmetros:
- Enzimas hepáticas: altos níveis de enzimas hepáticas podem ser um alerta de danos ou lesões no fígado. Quando isso ocorre, as enzimas passam para o sangue.
- Bilirrubina: a bilirrubina produzida pelo fígado é excretada na bile. Níveis altos de bilirrubina geralmente indicam um bloqueio do fluxo biliar ou um defeito no processamento da bile pelo fígado.
- Albumina e proteína total: níveis abaixo do normal estão associados a distúrbios hepáticos crônicos.
- Estudos de coagulação: são avaliados o tempo de protrombina e o tempo de protrombina parcial, que medem o tempo necessário para o sangue coagular. Danos às células hepáticas e obstrução do fluxo biliar podem interferir no processo de coagulação do sangue.
- Hemocultura: verifica se há uma infecção no sangue causada por bactérias que podem afetar o fígado.
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Diagnóstico por imagem
Os testes de imagem mais usados são:
- Ultrassom abdominal: é uma técnica de diagnóstico por imagem que utiliza ondas sonoras de alta frequência. Os ultrassons permitem obter imagens do estado do fígado, vesícula biliar e ductos biliares.
- Exame hepatobiliar (HIDA): um isótopo de baixa radiação é injetado na veia. Se o isótopo passar do fígado para o intestino, os ductos biliares se abrem e fica confirmado que não há atresia biliar.
- Biópsia hepática: uma amostra de tecido hepático é coletada e examinada; ou seja, ela é usada para distinguir a atresia biliar de outros problemas hepáticos.
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