Quanto tempo um bebê prematuro deve ficar no hospital?
Revisado e aprovado por o farmacêutico Sergio Alonso Castrillejo
As dúvidas dos pais sobre o parto prematuro são inúmeras. Por exemplo, qual é o tempo de hospitalização do bebê prematuro? Embora todo bebê seja diferente e exija um diagnóstico personalizado, também existem algumas diretrizes gerais.
Neste artigo, falamos sobre parto prematuro e quanto tempo o bebê prematuro deve ficar no hospital. Essas informações ajudarão a esclarecer algumas dúvidas para os pais que vivem essa etapa com medo e incerteza.
O parto prematuro
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o nascimento prematuro é o nascimento que ocorre entre 20 e 37 semanas de gestação. Pode ter consequências adversas para a saúde do bebê a curto e a longo prazo, com alto risco de mortalidade neonatal.
Alguns fatores associados ao parto prematuro são os seguintes:
- Anemia
- Altos níveis de catecolamina na urina materna
- Tabagismo
- Ruptura prematura de membranas (RPM)
- Hipertensão arterial (TH)
- Sangramento vaginal
- Infecções do trato urinário
- Atendimento pré-natal inadequado ou nulo
- Mãe com menos de 20 anos ou mais de 35
- Baixo volume de líquido amniótico (oligoidrâmnio)
- Antecedente de aborto induzido
- Pré-eclâmpsia
- Gravidez múltipla
Quer saber mais? Então leia também: 7 cuidados que um bebê prematuro precisa ter
Cuidados do bebê prematuro no hospital
Os cuidados médicos são essenciais para a saúde e a sobrevivência do bebê prematuro. Isso foi demonstrado pelas diferentes estatísticas de acordo com os recursos de cada país. Quais são esses cuidados?
- Lactação materna imediata e apoio à alimentação
- Manutenção da incubadora para garantir o equilíbrio térmico e minimizar o risco de infecção
- Cuidados higiênicos do cordão e da pele do bebê
- Assistência respiratória ou reanimação, se necessário
- Tratamento imediato em caso de complicações, como icterícia, infecções, etc
Hoje, graças aos avanços médicos, o vínculo entre pais e recém-nascido é facilitado com diferentes técnicas. Entre elas, destaca-se o Método Mãe Canguru, que detalhamos a seguir.
Método Mãe Canguru
O Método Mãe Canguru é uma técnica de cuidado para o recém-nascido prematuro, baseada no contato pele a pele com a mãe e em tudo o que ela pode proporcionar: alimentação (lactação materna exclusiva sempre que possível), estímulo e proteção. Aliás, o pai ou outro adulto também pode fazer isso.
Com essa técnica, apesar de estar no hospital, é alcançado um tratamento muito mais humanizado e natural do bebê prematuro. Suas necessidades de temperatura, alimento e proteção são cobertas, bem como as questões emocionais (segurança e amor). Ao mesmo tempo, os pais estabelecem um vínculo emocional com o seu filho.
O Método Mãe Canguru pode ajudar a reduzir a internação hospitalar. Posteriormente, essa técnica pode ser mantida em casa após a alta, dependendo do progresso do bebê, quase sempre com acompanhamento ambulatorial em casa pelo tempo necessário.
Leia também: 8 benefícios da amamentação para a mãe e o bebê
Qual é o tempo de hospitalização do bebê prematuro?
Para os pais, esse tempo no hospital sempre vai parecer uma eternidade. Após o susto inicial de um parto que eles não esperavam tão cedo, as dificuldades do dia a dia e a impaciência aumentam. No entanto, deve ficar claro que o hospital é o melhor local para o seu filho nesta fase.
Existem muitos fatores que determinarão o tempo de hospitalização do bebê. Entre eles, a capacidade de respirar e comer, a temperatura e a evolução do peso. Nesse sentido, os 2 kg são uma referência de peso padrão que o recém-nascido deve atingir para receber alta. A maioria dos bebês o atinge em 2 a 4 semanas.
Em resumo, estes são os três fatores que determinam quando será possível levar o bebê para casa:
- O bebê consegue manter uma temperatura estável sem uma incubadora por 1 ou 2 dias.
- É alimentado sem sondas, seja através da lactação materna ou mamadeira.
- Ganha peso regularmente e atinge os 2 kg.
Agora já sabemos um pouco mais sobre o parto prematuro e os cuidados necessários para o bebê que nasceu antes da hora. Entretanto, cada bebê é único e a sua evolução vai depender de muitos fatores. É importante que você tenha a assistência necessária em todo momento, tanto física quanto emocional.
Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.
- WHO. (n.d.). Nacimientos Prematuros. Organización Mundial de la Salud. https://www.who.int/es/news-room/fact-sheets/detail/preterm-birth
- Ahumada-Barrios, M. E., & Alvarado, G. F. (2016). Risk Factors for premature birth in a hospital. Revista latino-americana de enfermagem, 24. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4982444/
- Lawn, J. E., Davidge, R., Paul, V. K., von Xylander, S., de Graft Johnson, J., Costello, A., … & Molyneux, L. (2013). Born too soon: care for the preterm baby. Reproductive health, 10(S1), S5. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3828583/
- Conde-Agudelo, A., Díaz-Rossello, J. L., & Belizan, J. M. (2008). Método madre canguro para reducir la morbimortalidad en neonatos con bajo peso al nacer. Revisió Cochrane traduïda). A: La Biblioteca Cochrane Plus, (4). https://www.researchgate.net/profile/Jose_Luis_Diaz-Rossello2/publication/267822556_Metodo_madre_canguro_para_reducir_la_morbimortalidad_en_neonatos_con_bajo_peso_al_nacer/links/54d0fa460cf20323c21a2017/Metodo-madre-canguro-para-reducir-la-morbimortalidad-en-neonatos-con-bajo-peso-al-nacer.pdf
- Moral, Á. (2005). El parto prematuro: la emboscada en la preparación maternal. Matronas profesión, (4), 19-21. https://www.federacion-matronas.org/revista/wp-content/uploads/2018/01/vol6n4pag19-21.pdf
Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.