Em seus piores momentos você saberá quem merece estar nos melhores
Escrito e verificado por o psicólogo Bernardo Peña
O tempo é o melhor presente que podemos dar a quem amamos. Por isso, é importante saber a quem e de que forma dedicamos esses momentos, aqueles momentos cheios de amor, amizade, cumplicidade, apoio ou diversão.
De alguma maneira, distinguimos a quem devemos dar nosso tempo e agradecer a quem nos dá o seu, principalmente se o fazem com gosto e sem pedir nada em troca. Esse agradecimento é ainda maior quando as pessoas que nos importam compartilham conosco instantes nos quais desfrutamos da sua companhia.
É maravilhoso ter pessoas na vida que estão lá quando precisamos que elas estejam, quando nos sentimos ouvidos e apoiados, protegidos pelo seu apoio e carinho. Vamos nos aprofundar nesse assunto.
Nossas PESSOAS, com maiúsculas e em primeiro lugar
Essas mesmas pessoas que nos apoiam nos mantêm perto pelo simples fato de que não nos querem ter longe, inclusive quando somos a melhor companhia, já que temos um vírus muito contagioso: o desânimo.
A falta de esperança é um agente patogênico que, quando nos cala até os ossos, é muito difícil de espantar.
Além disso, são as únicas pessoas que podem ser conscientes do quanto foi difícil alcançar nossas metas.
Estas pessoas são aquelas que nos ouviram quando nossos olhos estavam cheios de lágrimas, que pararam as dores que estávamos causando em nós mesmos por temor de que os outros nos causassem um dano ainda mais profundo.
Assim, os momentos difíceis são a mão deste desenhista realista que retrata o grau em que nos importamos com as pessoas que amamos.
Nos momentos complicados, o apoio nos empurra para a frente
O grau de automatização que existe em nossas vidas atuais é muito grande. Se contássemos o número de tarefas que fazemos ao longo do dia sem pensar ficaríamos espantados. Nós nos levantamos, entramos no banho, nos secamos, nos vestimos, tomamos café da manhã. Assim, podemos passar todo o dia sem nos darmos conta de nada.
No entanto, se os momentos ruins são caracterizados por algo, é porque esta automatização se desconecta. Algo para o qual não precisaríamos de força em um estado normal, em meio à tristeza se converte em uma autêntica parede complicada de escalar.
Diante desse contínuo exercício de esforços, o fato de que tenhamos ao nosso redor pessoas que estão dispostas a nos apoiar torna nossas tarefas mais fáceis.
A PRESENÇA não requer grandes gestos nem visitas de cortesia. Trata-se de uma companhia, de algumas palavras de ânimo, de um pouco de fôlego.
Não é fácil apoiar alguém em um mau momento
A tristeza não faz com que as pessoas se tornem agradáveis ou atraentes. Talvez elas se sintam inspiradas para escrever ou pintar quadros, mas isso faz com que se tornem mais introvertidas, que se isolem e se refugiem em si mesmas.
Seu olhar se volta para o interior e parece que elas só conseguem se conectar conosco quando compartilhamos seu foco de atenção.
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Elas se tornam exigentes, pensando que o mundo lhes deve uma. É muito fácil que, em caso de frustração, a mesma seja descarregada como podem, por falta de poderem pedir contas ao destino.
Por outro lado, seu desânimo se traduz em uma falta de atenção pelas necessidades e os problemas dos demais. Pode ser inclusive que, ainda que não passe despercebido, a amargura que sentem nesse momento as encha de tal forma que elas não possam ter empatia com os demais.
Celebrar os bons momentos é agradecer
Entregar-se ao tempo e compartilhá-lo é um presente, convidar a uma celebração é uma forma de agradecimento.
Um símbolo de reconhecimento às pessoas que sempre estiveram conosco e que não permitiram que nós jogássemos a toalha nos momentos em que a tentação parecia muito grande.
Celebrar, apesar de tudo de bom que simboliza, às vezes não é muito bem considerado socialmente. É como se pelo fato de compartilharmos a nossa alegria por uma conquista nos conformaríamos com ela.
A celebração está, muitas vezes, associada à falta de prudência e de seriedade. Ao descontrole dos instintos e das emoções.
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Muitas vezes nem sequer levantamos os braços por medo de incomodar o vizinho, pois parece que celebrando estamos jogando nossa alegria na sua cara.
Dessa maneira, quando reprimimos a alegria, estamos castigando a nós mesmos, mesmo tendo conseguido uma grande conquista com muito esforço.
As celebrações são necessárias porque a vida e os amigos, os de verdade, continuam sendo igualmente dignos e valiosos como antes.
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