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Como detectar os primeiros sintomas da demência?

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Praticar exercícios físicos diariamente, ter um sono de qualidade, cultivar a autoestima e manter uma alimentação balanceada são hábitos que podem trazer múltiplos benefícios à saúde, inclusive em relação à prevenção dos sintomas da demência.
Como detectar os primeiros sintomas da demência?
Raquel Marín

Escrito e verificado por a neurocientista Raquel Marín

Última atualização: 23 agosto, 2022

Muitas pessoas perguntam quais são os primeiros sintomas da demência e como podemos identificá-los o mais cedo possível.

Demência é um termo genérico para descrever sintomas que afetam o raciocínio, a memória e a atividade cognitiva, como resultado do declínio natural provocado pela idade.

Alguns sinais podem ser significativos, mas precisam sempre ser examinados por um especialista. Nem todas as pessoas têm as mesmas capacidades e habilidades todos os dias, e deve-se levar em conta que o estado emocional também tem uma grande influência nisso.

Por conseguinte, é preciso distinguir bem entre a demência e a sensação de atordoamento por passar por um período de estresse e nervosismo, por exemplo.

Os possíveis primeiros sintomas da demência

Embora cada caso seja diferente, podemos citar os primeiros sintomas mais comuns da demência:

Sentidos

  • Piora do olfato. A perda do olfato (total ou parcial) costuma ser um dos primeiros sintomas da demência e, especificamente, do Alzheimer e do Parkinson.
  • Pior gestão da visão. As informações visuais podem se tornar difíceis, por exemplo, ao calcular distâncias ou diferenciar cores. A capacidade de leitura também piora e fica mais difícil entender o que está sendo lido.
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Dificuldades gerais

De modo geral, existem alguns sintomas que podem indicar o aparecimento de demência no futuro.

  • Problemas de expressão e escrita. Dificuldades são experimentadas ao iniciar ou participar de uma conversa. O afetado esquece o que acabou de dizer, esquece de palavras simples e a gramática piora. Também comente mais erros gramaticais e nos sinais de pontuação. A escrita torna-se mais difícil de ler e compreender.
  • Perda de objetos. É comum que não se lembre de onde colocou os objetos da rotina e do cotidiano (chaves, controle remoto da TV, bolsa, etc…).
  • Dificuldade em fazer o trabalho doméstico. Às vezes, perde a capacidade de realizar tarefas simples, como fazer uma xícara de chá, ligar a televisão, operar o computador ou chegar à casa de um parente conhecido.
  • Lentidão na tomada de decisões. Maior dificuldade em tomar decisões, como planejar um itinerário ou decidir que receita fazer. Isso também é observado quando se trata de seguir as instruções para preparar uma receita ou seguir o caminho correto ao estar dirigindo.
  • Falhas de memória. Uma pessoa com demência tem mais dificuldade em se lembrar de informações sobre coisas que aprendeu recentemente, como datas, nomes ou lugares que visitou. Esquece a consulta médica que marcou e pode até esquecer de anotar o dia da dita consulta.
  • Desorientação e perda da noção de tempo. Pessoas com demência tendem a ficar desorientadas em lugares que visitam com frequência e até mesmo a esquecerem por que estão lá. Também apresentam dificuldades quando se trata de analisar a passagem do tempo. Esquecem datas importantes e às vezes têm dificuldade em distinguir o passado e o futuro.

Descubra também:  Anatomia da demência: a vida de um paciente demente

Âmbito pessoal

  • Mudanças de personalidade e humor. Pessoas com sintomas iniciais de demência apresentam alterações de humor. Podem se sentir repentinamente muito ansiosas, irascíveis, temerosas ou excessivamente deprimidas e, por outro lado, podem se envolver em comportamentos inadequados ou desinibidos em público.
  • Tendência ao isolamento. Por tenderem a se sentir mais amedrontadas e vulneráveis, não demonstram interesse em socializar ou não prestam atenção ao que os outros falam. Consequentemente, podem se tornar mais retraídas e propensas ao isolamento e à melancolia.
  • Negligência com a higiene pessoal. Apresentam dificuldades na tomada de decisões e reduzem a capacidade de julgamento e bom senso. Por exemplo, na hora de fazer compras, tendem a comprar objetos inúteis, extravagantes ou em uma quantidade excessiva. Por outro lado, podem abandonar a sua higiene pessoal e o decoro pessoal, o que faz com que tenham vários problemas no âmbito social.

Bons hábitos para ajudar o cérebro a permanecer jovem

O cérebro não envelhece como o resto do corpo. Não tem cabelos grisalhos nem rugas, mas sentimos que, com o avançar da idade, algumas capacidades mentais diminuem. A memória de curto prazo, por exemplo, sofre (aquela que nos permite lembrar números de telefone).

Para manter o cérebro jovem, podemos confiar em certos hábitos de vida simples, como:

  • Fazer exercícios físicos moderados, de preferência aeróbicos e ao ar livre, em contato com a natureza, respirando bem e fazendo exercícios de oxigenação com respirações profundas. A oxigenação do cérebro é essencial.
  • Manter uma vida social ativa. Estudos como o publicado em 2006 na revista Neurology sugerem que as relações sociais podem desempenhar um papel positivo na demência.
  • Dormir bem. O recomendado são entre 7-9 horas. Também é muito saudável cochilar à tarde, entre as 13-16 horas, um mínimo de 30 minutos e um máximo de 90 minutos.
  • Comer alimentos apropriados. Alguns alimentos, como açúcar refinado, alimentos processados, farinhas industrializadas, gorduras saturadas e álcool podem ter um efeito no surgimento da demência.
  • Cultivar a autoestima. As relações sociais começam com o relacionamento que estabelecemos com nós mesmos. Olhar-nos com amor, com admiração, com orgulho, cuidar da nossa aparência física, mimar o nosso corpo e dedicar um momento para ouvi-lo pode nos fazer sentir mais jovens.

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Obviamente, dois cérebros não envelhecem da mesma maneira. No entanto, a maioria dos padrões de vida mencionados podem contribuir para manter o cérebro jovem.

Veja também: Demência: hábitos que ajudam a diminuir sua aparição

O valor do diagnóstico precoce

Detectar os sintomas acima antes que eles piorem pode ajudar a estabelecer tratamentos mais eficazes para aliviá-los. Por isso, consultar um especialista caso estes se apresentem de forma recorrente e piorem com o passar do tempo vai ajudar a prevenir o avanço da deterioração.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


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Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.