Pontos-chave para detectar a fibromialgia
Detectar a fibromialgia é extremamente difícil. Isso porque essa doença apresenta sintomas que se assemelham aos de outras condições.
Além disso, ainda não existe um exame específico capaz de detectar a fibromialgia facilmente. Até os médicos costumam ter dificuldade para fazer um diagnóstico preciso.
O tratamento da fibromialgia avançou muito nos últimos anos. E o prognóstico para os pacientes é cada vez melhor. Entretanto, o desafio realmente é diagnosticar a doença.
Portanto, é importante estar informado e entender os principais sintomas para consultar um médico caso você ou alguém que você conhece desconfie que possa estar com essa doença.
O que é fibromialgia?
A fibromialgia é uma síndrome caracterizada por múltiplos sintomas que geralmente aparecem juntos, incluindo dor generalizada no corpo e também localizada em alguns pontos específicos, diminuição da resistência à dor, fadiga, ansiedade e depressão.
Os sintomas parecem estar relacionados a mudanças na forma como o cérebro e a medula espinhal processam sinais de dor.
Além disso, a maioria dos pacientes são mulheres entre 25 e 60 anos. Sabe-se que as mulheres têm 10 vezes mais chances de desenvolver a doença do que os homens.
Não é possível detectar a fibromialgia através de exames de sangue ou raios-X. Portanto, o diagnóstico é baseado somente no exame médico e no relato do paciente.
Dessa forma, muitas pessoas com fibromialgia acabam sendo diagnosticadas erroneamente com outras doenças como síndrome da fadiga crônica, artrite e até depressão.
Por isso, é fundamental redobrar a atenção aos sintomas específicos associados a essa doença.
Principais sintomas
Existem vários sintomas não relacionados e bem diferentes entre si que são característicos de pacientes com fibromialgia:
- Dor generalizada por um período maior do que 3 meses
- Protuberâncias musculares e cãibras
- Ansiedade e depressão
- Problemas digestivos
- Boca, nariz e olhos secos
- Dores de cabeça crônicas
- Fraqueza e cansaço
- Dificuldade na concentração
- Dormência ou formigamento nos dedos e pés
- Hipersensibilidade ao frio ou ao calor
- Distúrbios do sono, como insônia e apneia
- Incontinência urinária
- Síndrome do intestino irritável
Detectar a fibromialgia: focos de dor
“Dor generalizada” é um conceito muito amplo. P or isso, foram definidos 18 pontos de dor (9 pares) espalhados pelo corpo que estão associados com a fibromialgia.
Pessoas que têm essa doença costumam sentir dor quando esses pontos são pressionadas. Este, inclusive, é um dos testes feitos pelos médicos na tentativa de detectar a doença.
Estima-se que os pacientes com fibromialgia sintam dor em pelo menos 11 dos 18 pontos.
Portanto, fique atento se notar sensibilidade extrema ou dores em muitos dos seguintes lugares:
- Atrás do pescoço: mais especificamente na base, na união das costas com o pescoço.
- Frente do pescoço: na região bem acima da clavícula, em qualquer um dos lados (ou ambos) da laringe.
- Cotovelos: a dor geralmente é sentida no antebraço, um pouco abaixo da dobra do cotovelo, e costuma ir em direção ao lado de fora do braço.
- Quadril: o local exato geralmente é onde os músculos dos glúteos se curvam e se encontram com as coxas.
- Parte inferior das costas: dores nas costas costumam ser comuns para muitos, mas pessoas com fibromialgia costumam senti-las na parte mais inferior das costas, na união com os glúteos.
- Parte superior das costas: mais exatamente onde os músculos das costas se encontram com as escápulas.
- Joelhos: as almofadas dos joelhos podem apresentar dor ou se tornar mais sensíveis ao tato.
- Ombros: geralmente a dor aparece na metade do caminho entre a ponta do ombro e a base do pescoço.
- Tórax: os pontos sensíveis costumam ser em ambos os lados do esterno, poucos centímetros abaixo da clavícula.
Leia também: Como nossas emoções afetam as dores nas costas?
Prognóstico e tratamento
Se você ou alguém que você conhece sofre de dores nestes lugares e também apresenta os outros sintomas que mencionamos, como cansaço constante, distúrbios do sono e sentimentos de ansiedade e depressão, procure ou recomende um médico para descartar que seja um caso de fibromialgia.
O tratamento inclui medicamentos paliativos, antidepressivos e terapia. Contudo, mudanças no estilo de vida também podem contribuir muito para a melhora.
Reduzir o estresse, fazer exercícios físicos regularmente, uma alimentação saudável e dormir bem, por exemplo, são hábitos extremamente importantes para reduzir os sintomas.
Aposte nestas ações simples que, combinadas com a medicação correta, certamente irão contribuir para uma melhor qualidade de vida, com mais saúde e disposição.