Pessoas que não se amam, mas permanecem juntas
Há muitas pessoas que não se amam, mas permanecem juntas. Casais que vivem em uma constante infelicidade e que se limitam na hora de viver a vida que realmente gostariam. Por que elas fazem isso? O que está por trás desse convivência forçada apesar do desconforto?
A verdade é que as causas são infinitas, algumas mais complexas do que outras. Portanto, é importante refletir sobre os motivos que levam a isso e o que fazer nesse tipo de situação. Vamos nos aprofundar mais nesse assunto.
Por que há pessoas que não se amam, mas permanecem juntas?
O motivo pode estar na baixa autoestima
Muitas pessoas que não se amam, mas permanecem juntas, têm baixa autoestima. Isso pode ser claramente observado nos casos em que há dependência emocional.
Quando temos baixa autoestima, achamos que não podemos ser felizes se ninguém nos amar, é por isso que depositamos essa responsabilidade nas mãos do nosso parceiro e nos conformamos com relacionamentos que não nos preenchem nem nos deixam felizes.
Além disso, existem muitas crenças que estão em nossa mente e que aumentam esses sentimentos. Pensar que vamos “ficar para a titia”, que não ter parceiro é um fracasso ou que há um limite de tempo para encontrar o amor favorece esse tipo de relacionamento.
Portanto, se tivermos todos esses medos, é natural que, quando encontramos um parceiro, não queremos perdê-lo. Além disso, pensamos que não vamos conseguir encontrar ninguém igual ou que mais ninguém vai se interessar por nós.
As crenças nos limitam. Não há idade para o amor, nem tampouco acontece algo de ruim quando estamos solteiros. Questionar tudo isso nos permitirá desfrutar de uma maior liberdade.
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Não se amam, mas permanecem juntas por costume
Às vezes, as pessoas que não se amam, mas permanecem juntas, fazem isso por costume. Acontece em casais que estão juntos há muitos anos. Por exemplo, começaram o relacionamento muito jovens e se acostumaram com a vida que construíram: compartilham amigos e têm uma série de rotinas que não gostariam de perder, pois consideram que isso seria um problema.
Contudo, às vezes existem motivos subjacentes a esse costume. Muitas vezes, essas pessoas permanecem juntas porque um dos membros depende financeiramente do outro. Um exemplo são relacionamentos em que alguém se dedica ao trabalho doméstico e o outro trabalha fora.
Também tem a ver com as circunstâncias, as possibilidades de pagar um advogado e tudo o que envolve um processo de divórcio (separação de bens, custódia…). Muitas pessoas não tem condições financeiras de arcar com esses gastos, então decidem ficar juntas apesar de não se amarem.
Um membro do casal tem medo do outro
Isso ocorre em relacionamentos abusivos. Um dos dois mantém o outro submisso com base no medo, e a vítima pode temer as consequências de uma separação.
Se houver filhos envolvidos, a situação pode se agravar, pois a própria ideia de perder a guarda ou de as crianças terem que morar com um progenitor perigoso evitaria a formalização do fim do relacionamento como tal.
É importante considerar a existência desse tipo de relacionamento. Quando somos vítimas de violência de gênero ou violência doméstica, mas existe o medo de que o parceiro se vingue se formos embora, devemos buscar ajuda e denunciar. É perigoso se calar e não fazer nada, tanto para nós quanto para nossos filhos.
Isso compensa?
Em vez de questionar se esse tipo de relação vale a pena, é melhor se perguntar se compensa. É justificável permanecer juntos por causa das crianças? Vale a pena fingir que está tudo bem por causa da preguiça do divórcio?
Essas são apenas algumas das circunstâncias em que as pessoas não se amam, mas permanecem juntas. No entanto, devemos ter em mente que, se as pessoas fazem isso, deve compensar de alguma forma.
Quando alguém não está feliz com seu parceiro, não há outra saída além da separação. Contudo, se você recebe algo em troca, quer seja conforto, não ter que quebrar a cabeça com papelada ou outros motivos, pode ser que compense manter as coisas do jeito que estão.
Cada pessoa e cada casal é um mundo. No entanto, temos que considerar que estamos sacrificando nossa felicidade e nosso bem-estar.
Um relacionamento fictício sempre acaba desmoronando. Embora a decisão final seja nossa, é importante refletir sobre ela e considerar outras alternativas mais saudáveis.
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