O papel do professor na educação durante a primeira infância

O professor é aquele que vai guiar os alunos através de uma jornada de aprendizado acadêmico e crescimento pessoal.
O papel do professor na educação durante a primeira infância

Escrito por Equipe Editorial

Última atualização: 08 dezembro, 2022

Ser professor é uma tarefa desafiadora, pois ele se surpreende a cada dia com a espontaneidade e a sabedoria aos alunos, ao mesmo tempo que precisa elaborar novas estratégias e projetos para renovar o cotidiano das salas de aula que, atualmente, está em constantes transformações. Ser professor também é ser capaz de trabalhar com muitas crianças com histórias, vivências, necessidades e sentimentos diferentes e compreender cada individualidade.

O professor é como uma ponte entre a criança, as descobertas e os saberes.

É muito importante que a criança consiga criar um vínculo com o professor, pois dessa forma será muito mais fácil para ela refletir acerca do que está aprendendo. Nesse sentido e diferentemente do que se pensava antes, as tarefas do professor não se restringem apenas a ensinar e passar conhecimento adiante.

Esse profissional é o principal responsável por propiciar autonomia aos estudantes diante dos desafios da vida. Para tal fim, ele incentiva a criança a trilhar, com os próprios pés, seu caminho até o conhecimento.

O professor não somente ensina matérias. O professor disciplina alunos, aconselha, gerencia atividades, planeja o futuro e principalmente é formador de opinião. O professor nos faz pensar, refletir, colocar as ideias no lugar.

-Arcise Câmara-

Trabalho em equipe

Mas atenção, pais! É importante destacar que nem todas as responsabilidades das crianças devem ser jogadas nas costas dos professores. Assim, limites e valores devem começar a ser transmitidos no núcleo familiar. A base da educação deve ser dada em casa. A escola apenas contribui com esses princípios e é a condutora na educação escolar.

“É importante que os pais tenham o entendimento de que o professor é a autoridade competente no planejamento escolar”, defende Silmara Casadei, Diretora Geral Pedagógica no Colégio Visconde de Porto Seguro.

É muito benéfico que a escola e a família atuem em sintonia, já que isso traz mais confiança para a criança. “A escola, antes de qualquer coisa, precisa ser uma escolha da família e uma escolha consciente. Quanto mais a escola prestar atenção na individualidade de seus alunos, menos dificuldade de adaptação eles terão”, explica Marcelo Cunha Bueno, pedagogo, educador e escritor.

O professor deve ser um mediador, facilitador e articulador do conhecimento e não apenas aquele que detém a informação. Ele deve atuar como um pesquisador, que provoca o aluno a ser também curioso e descobrir a partir de seus próprios questionamentos. Deve convidar o estudante a ver a realidade como seu objeto de estudo. Ele é um mediador que deve negociar os conhecimentos que todos têm e apoiar os estudantes a juntos sintetizarem o conhecimento compartilhado.

Para Marcelo, é importante deixar claro que, mesmo sendo voltada para crianças, a escola infantil é um local de educação e não só de brincadeira. No currículo pedagógico, deve existir uma proposta clara para a idade do seu filho. Além disso, a escola precisa se responsabilizar pela formação e atualização dos professores, bem como proporcionar espaços de aprendizagem coerentes com todas as atividades propostas.

“Antigamente, a educação das crianças pequenas era vista somente como cuidado e brincadeira. É importante sairmos da ideia do antigo jardim da infância para um conceito de escola com múltiplos ambientes preparados para as mais diversas aprendizagens. Tudo deve ser feito para que a criança possa se desenvolver”, explica Silmara.

A escola também deve respeitar a família que soma para construir uma relação de afeto e segurança. É importante não só receber bem o novo aluno e seus responsáveis, mas também garantir momentos periódicos de conversa entre a família e a escola, para que ambos ampliem seus conhecimentos sobre a criança.

“O papel da escola é também ajudar os pais a se desenvolverem como pais, independente da formação da família – os ‘pais’ podem ser avós, tios, tias, cuidadores, enfim, responsáveis”, comenta Silmara. Mais do que a boa nota da avaliação, a criança precisa estar preparada para ter competências necessárias para o século XXI e atuar com autonomia, confiança e segurança no futuro.

Com informações de pais&filhos e Educação Integral.


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