Novo tratamento que reduz o colesterol ruim
Escrito e verificado por o médico Gilberto Adaulfo Sánchez Abreu
O colesterol, assim como os triglicérides, são indicadores imprescindíveis da saúde cardiovascular. Mantê-los em um nível correto, sem dúvida, evita muitos dos problemas. O segredo está no equilíbrio em manter os níveis justos e adequados, em que o chamado colesterol ruim e bom estejam sempre no limite para que não se acumulem nas artérias.
Sabe-se que, ao dizer a palavra “colesterol”, imediatamente se associa com algo negativo. No entanto, não se pode esquecer que esta substância gordurosa natural é essencial para o funcionamento do corpo.
No entanto, sabe-se também que, às vezes, o histórico genético determina não só a sua ocorrência, mas também à resistência aos fármacos destinados a reduzir o nível de colesterol no sangue.
Mesmo com a medicação estas lipoproteínas continuarão a se aderir nas artérias a um nível perigoso. Contudo, agora há um novo tratamento para eliminar esse risco.
Um sopro de esperança que será exposto a seguir.
Evolocumab, um novo tratamento mais eficaz para o colesterol
Este novo tratamento farmacológico que reduz o colesterol ruim, em pacientes que não apresentam melhora com medicamentos comuns, foi lançado em 2014 com o nome de “evolocumab”.
A partir daí, iniciou-se um estudo detalhado a fim de saber se os objetivos esperados foram alcançados. Parece que sim.
Além disso, este tratamento não só reduz o colesterol “ruim”, mas também é capaz de reverter a arteriosclerose.
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Um novo e poderoso tratamento para o colesterol ruim
Nesse mesmo mês de novembro, o College of Cardiology dos Estados Unidos, publicou um estudo em que foram analisados os resultados obtidos até o momento com o tratamento do colesterol a partir da droga evolocumab.
- A finalidade deste tratamento é proporcionar uma ferramenta terapêutica para pacientes com elevado risco cardiovascular que não reagem bem aos medicamentos à base de estatina.
- Os resultados do estudo foram muito positivos.
- Evolocumab reduz de forma segura e confiável o colesterol ruim – LDL.
- Os resultados são visíveis ao final de 24 semanas, momento em que o índice de colesterol armazenado nas artérias é menor, o que diminui, de forma notável, o risco de problemas cardiovasculares.
- Esta droga já é uma ferramenta terapêutica imprescindível para aqueles que possuem predisposição genética para hipercolesterolemia, que já foram vítimas de acidente cardiovascular e, cujo nível de colesterol não é reduzido com o uso isolado de estatinas.
Como este tratamento funciona?
Para reduzir eficazmente o colesterol em pacientes mais resistentes ao medicamento é necessário combinar os dois tratamentos.
- Por um lado, continua a prescrição do medicamento com estatinas.
- Por outro lado, administra-se o evolocumab que atua como um inibidor da proteína convertase subtilisina/Kexina.
- Esta droga já está disponível há vários anos na maioria dos países ao redor do mundo com excelentes resultados.
Objetivo: reverter a arteriosclerose
A arteriosclerose é a doença lenta, mas mortal, que se origina com o acúmulo de placa (ateroma) armazenada no interior das artérias.
- Este ateroma é formado não só por colesterol, existem também de cálcio e outras substâncias presentes no sangue.
- O principal problema é que, no início, não há sintomas. É uma doença silenciosa que se evidencia através de análise.
- Caso não seja detectada, a arteriosclerose pode causar problemas como ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral.
- No entanto, outra complicação adicional para os profissionais de saúde é que, como dito anteriormente, há muitas pessoas que não respondem bem ao tratamento convencional do colesterol.
Stephen J. Nichols é o diretor da pesquisa supracitada, que tem demonstrado a clara eficácia do evolocumab para tratar e reverter arteriosclerose em todos os casos.
- As artérias coronárias mostram, depois de alguns meses, uma mudança muito positiva. Por fim, tem-se conseguido reduzir o risco de doenças cardiovasculares a um nível nunca antes alcançado.
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Quem deve tomar este medicamento?
- Pacientes adultos em tratamento que tomam o máximo prescrito de estatinas e que já têm uma doença cardiovascular.
- Adultos com hipercolesterolemia familiar e que já tomam doses máximas toleradas de estatinas.
- Adolescentes a partir de 12 anos com hipercolesterolemia familiar e que fazem uso de estatinas.
- Qualquer um dos pacientes dos três grupos anteriores que também apresentem uma característica particular: intolerância a estatinas.
Portanto, se esse não for o caso, se apenas passar um pouco do índice recomendado para o colesterol no sangue e se não apresentar antecedentes genéticos, deve-se continuar com o tratamento habitual prescrito pelo médico.
Além disso, em todos os casos, não se esqueça de cuidar da dieta e realizar todos os dias uma hora e meia de exercício aeróbico.
O colesterol ruim é um antagonista que a cada ano ceifa muitas vidas. Faça o possível para evitá-lo. Além disso, tenha consciência de que se deve escolher o melhor tratamento e melhor estilo de vida.
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