Aos 9 anos, menina com síndrome de Down vira modelo de grife famosa

Ela nasceu com síndrome de Down e seus pais ouviram dos médicos que talvez ela nunca fosse andar. No entanto, atualmente ela não apenas anda, como dança, esquia e desfila nas maiores passarelas do mundo.

Shelley e Jon Littman só descobriram que Roni tinha síndrome de Down quando ela nasceu. Hoje, a mãe da garota comemora que a Síndrome de Down não a impede de alcançar seus próprios sonhos. “Ficamos absolutamente exultantes quando Roni conseguiu o emprego de modelo da Burberry. Estou tão orgulhosa dela —  ela superou todas as expectativas”, disse Shelley.

A inclusão de pessoas com deficiência vem aumentando ao longo dos anos

Roni Littman, de 9 anos, é a nova modelo da coleção primavera/verão 2022 da Burberry, grife britânica. 

Ela ingressou na carreira em 2017, pouco depois de completar 4 anos. Na época, a família percebeu a facilidade da criança frente às câmeras, e Roni teve toda a liberdade e apoio para florescer na carreira de modelo.

Roni sempre teve facilidade para se expressar, e a mãe diz que foi uma grande felicidade quando ela ingressou no mundo da moda.

“Em 2017, enviamos algumas fotos para a Zebedee Inclusive Talent Agency”, contou Shelley ao portal norte-americano Daily Mail. De lá pra cá, a minimodelo chamou a atenção de grandes marcas como a River Island e Asda George, revelando todo o seu potencial nas passarelas.

As crianças com síndrome de Down devem ser tratadas como qualquer outra criança

Para a família, foi uma surpresa o acolhimento de Roni devido à sua condição. Infelizmente, a síndrome de Down ainda gera muito estigma e preconceito. O fato de algumas marcas sofisticadas como a Burberry estarem sendo inclusivas é algo muito importante e animador. Além disso, essas ações são encorajadoras para outras pessoas com deficiência.

Roni desafiou as probabilidades e continua quebrando limites. Ela conquistou muitas coisas em pouco tempo. 

A Síndrome de Down se desenvolve quando, durante a multiplicação das células, ocorre uma Trissomia do cromossomo 21, ou seja, durante esse processo de multiplicação, algumas têm três cromossomos 21.

A pediatra Betania Pereira explica que quanto mais células com três cromossomos, maior suporte a pessoa com a Síndrome precisará para se desenvolver. “A criança que é bem estimulada, faz fisioterapia, natação, fono, tem uma resposta melhor e é importante que esses estímulos aconteçam desde muito cedo”, diz a pediatra.

As crianças com deficiência não são diferentes: elas têm necessidades específicas. 

Graças à atenção que os pais deram ao seu desenvolvimento, Roni nunca teve dificuldades relacionadas a seu desenvolvimento motor. Com pouco mais de um ano já andava e com cinco já sabia esquiar. Parece que ela já nasceu pronta para as passarelas.

“Ela começou a andar aos 17 meses e se tornou uma pessoa muito determinada, então não estou surpresa que esteja se destacando. Às vezes, pode ser mais difícil porque ela leva mais tempo para aprender as coisas, mas nunca desiste. Ela aprendeu a esquiar aos cinco anos e deu tudo de si”, conta Shelley.