“Não precisa ser assustador e não deveria”, diz mulher que superou o câncer e encontrou a plenitude após a retirada das mamas

A autoaceitação e força de Christina a ajudaram a superar o câncer de mama, e agora ela é um exemplo para muitas mulheres.
“Não precisa ser assustador e não deveria”, diz mulher que superou o câncer e encontrou a plenitude após a retirada das mamas

Escrito por Equipe Editorial

Última atualização: 16 fevereiro, 2022

O diagnóstico de câncer de mama é sempre uma notícia muito impactante para qualquer mulher. Além dos riscos provocados pela própria doença, também é necessário cuidar da autoestima e da confiança da paciente, principalmente quando se faz necessária a retirada das mamas.

No entanto, pessoas como Christina Belding são um exemplo de coragem e resiliência, que inspiram várias mulheres a entenderem que é possível superar o câncer de mama, encontrando força no amor-próprio e na autoaceitação.

Christina, uma canadense de 52 anos moradora de Dartmouth, suspeitou da doença ao realizar o autoexame nas mamas e perceber um caroço em sua mama direita. Uma vez que soube do diagnóstico, ela optou pela retirada completa das mamas, que é a decisão mais temida pelas mulheres que se veem na mesma situação que ela.

Um pouco antes que a pandemia do coronavírus fosse declarada, em março de 2020, ela passou pela cirurgia de mastectomia dupla, na qual a paciente fica com o tórax completamente plano.

Com a retirada das mamas, Christina sofreu muito menos do que o esperado, percebendo mais benefícios que prejuízos em sua vida.

Em uma entrevista concedida à CBC, ela disse que em vez de tentar reinventar o passado, escolheu recomeçar. Ela disse ainda que está feliz com a remoção das mamas, pois agora se sente mais segura.

Câncer de mama: uma escolha incomum e inspiradora

Christina não pensa em reconstruir as mamas, pois prefere não se expor a mais riscos por complicações e implantes, além do fato de que os seus seios agora possuem um novo propósito.

Ela se sente plena e feliz com o próprio corpo, que proporciona um caimento muito melhor às suas roupas e torna a prática de exercícios mais fácil, de acordo com ela.

Christina não se vê como uma vítima, muito pelo contrário. Ela diz que se sente afortunada e uma sobrevivente. “Por todas as coisas que aconteceram na minha vida, eu me vejo como uma sobrevivente”, comenta.

Em suas postagens no Instagram, Christina mostra a própria rotina e procura sempre incentivar as mulheres que estão passando pela mesma situação através de mensagens e comentários de apoio e inspiração.

Seu tórax sem seios não passa despercebido na praia, ela sempre percebe alguns olhares e tem esperança de que eles se transformem em diálogo e conscientização sobre a doença.

“Não precisa ser assustador, e não deveria. Ter seios não deveria definir quem você é como mulher”.

Christina também faz questão de esclarecer que nem sempre a cirurgia à qual ela foi submetida é uma possibilidade para todas as pessoas, e que não é necessariamente a cura definitiva para a doença, que precisa sempre de acompanhamento médico para que o tratamento seja eficaz.

Em suas fotos que esbanjam alegria e amor-próprio, Christina é um exemplo de que a felicidade e a plenitude não estão condicionadas a um padrão de corpo e de beleza.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.