O que é a hipocondria?
Escrito e verificado por médico Leonardo Biolatto
A hipocondria também é conhecida como transtorno somatoforme. É uma situação clínica psicológica em que a pessoa acredita estar doente com uma patologia muito grave ou se preocupa de maneira excessiva com a sua saúde, acreditando que vai ficar doente.
Essa preocupação do paciente hipocondríaco o faz interpretar qualquer sinal ou sintoma, real ou imaginário, como algo grave. O próprio estado de saúde se torna uma obsessão.
Em diferentes graus, a hipocondria afeta até dez por cento da população. É mais comum em ambientes familiares onde um ou mais membros sofrem com isso. Embora não haja transmissão genética da hipocondria, pode-se dizer que existem ecossistemas familiares mais conscientes da doença do que outros.
Historicamente, a definição de hipocondria remonta à Grécia Antiga. Os alunos de Hipócrates, considerado o primeiro médico, já a descreviam em seus textos. Frequentemente, eles a associavam a estados de melancolia e tristeza.
Essa associação com aspectos depressivos não está errada, assim como não está errado quando a hipocondria é associada a estados de ansiedade e angústia. Embora não sejam a mesma coisa, as síndromes podem ocorrer em combinação.
Também é importante diferenciar a hipocondria da patofobia. Na patofobia, a pessoa tem medo de ter uma doença grave, razão pela qual evita a todo custo consultas médicas e exames. Ela desconfia de que os resultados serão trágicos.
O hipocondríaco, em contrapartida, aumenta suas consultas e a realização de exames porque está convencido de que sua doença, seja ela qual for, existe e ninguém a encontra. Ele passa por diversos profissionais em busca de um diagnóstico que, em geral, nunca recebe.
Quais são as características da hipocondria?
A personalidade do paciente com hipocondria tem determinadas características e componentes que são comuns:
- Obsessão com o corpo: o hipocondríaco verifica constantemente seu corpo em busca de sinais de doenças graves.
- Preocupação com notícias sobre saúde: essas pessoas buscam notícias relacionadas a questões de saúde procurando a ligação entre essas notícias e a sua própria situação, imaginando que qualquer surto, epidemia ou aumento da prevalência de uma doença as inclua.
- Verbalização de sintomas fictícios: na hipocondria, o tema das conversas é sempre sobre doenças, estudos a serem realizados, possibilidade de adoecer e consequências médicas.
- Estado de ansiedade: embora a hipocondria não seja uma forma de transtorno de ansiedade, na verdade diz respeito a pessoas ansiosas. Elas vivem em um estado de possível antecipação da gravidade de uma doença que poderiam sofrer.
- Consultas médicas excessivas: o hipocondríaco faz muitas consultas com profissionais da saúde e tende a mudar repetidamente de médico. Ele procura alguém que diagnostique o que já foi autodiagnosticado por ele mesmo.
- Perda da vida social: como sua vida gira em torno da doença, o hipocondríaco se afasta das atividades sociais e dos círculos familiares e de amizades. Isso tem um impacto negativo porque cria barreiras para a aproximação e o acompanhamento da sua obsessão.
Leia também: Transtorno de ansiedade generalizada
Fatores de risco da hipocondria
Como todas as doenças, sabe-se que existem fatores que tornam uma pessoa mais predisposta a ser hipocondríaca. Esses são os chamados fatores de risco. Isso não significa que a presença desses fatores garanta a existência da hipocondria, mas eles a favorecem.
Um dos fatores de risco é ter passado pela má experiência de erros médicos em sua própria vida ou na de parentes próximos. Resta, então, a sensação de que o médico sempre pode cometer erros e deixar passar uma doença grave.
Como já mencionamos, o ambiente familiar também é um fator de risco. Existem famílias hipocondríacas onde, desde a infância, a pessoa recebe mensagens sobre a gravidade das doenças e dos sintomas. Também são famílias que reagem de forma exagerada a certos sinais de doenças comuns.
Tanto o ambiente familiar quanto o ambiente social ao redor podem estimular crenças equivocadas sobre a saúde nas pessoas. Elas podem tratar como grave algo que não é.
Continue lendo: Tipos de famílias tóxicas e características que as definem
Tratamento
Até o momento, os tratamentos que têm se mostrado mais eficazes para a hipocondria são as terapias da abordagem cognitivo-comportamental. Claro, desde que sejam realizadas por profissionais capacitados nessa área.
O objetivo da terapia é que a pessoa consiga se libertar da angústia causada pela obsessão com a doença e, ao mesmo tempo, deixar de realizar as práticas obsessivas. É necessário seguir uma rotina diária onde nem tudo gire ao redor da possibilidade de ficar doente.
Em geral, as terapias cognitivo-comportamentais propõem ao paciente tarefas a serem realizadas. Entre elas, está a limitação das consultas médicas e procurar não falar sobre doenças.
O tratamento pode avançar se houver colaboração do círculo íntimo da pessoa. Caso contrário, é muito difícil obter resultados. O acompanhamento de pessoas próximas é um ponto-chave para o sucesso do tratamento.
A hipocondria também é conhecida como transtorno somatoforme. É uma situação clínica psicológica em que a pessoa acredita estar doente com uma patologia muito grave ou se preocupa de maneira excessiva com a sua saúde, acreditando que vai ficar doente.
Essa preocupação do paciente hipocondríaco o faz interpretar qualquer sinal ou sintoma, real ou imaginário, como algo grave. O próprio estado de saúde se torna uma obsessão.
Em diferentes graus, a hipocondria afeta até dez por cento da população. É mais comum em ambientes familiares onde um ou mais membros sofrem com isso. Embora não haja transmissão genética da hipocondria, pode-se dizer que existem ecossistemas familiares mais conscientes da doença do que outros.
Historicamente, a definição de hipocondria remonta à Grécia Antiga. Os alunos de Hipócrates, considerado o primeiro médico, já a descreviam em seus textos. Frequentemente, eles a associavam a estados de melancolia e tristeza.
Essa associação com aspectos depressivos não está errada, assim como não está errado quando a hipocondria é associada a estados de ansiedade e angústia. Embora não sejam a mesma coisa, as síndromes podem ocorrer em combinação.
Também é importante diferenciar a hipocondria da patofobia. Na patofobia, a pessoa tem medo de ter uma doença grave, razão pela qual evita a todo custo consultas médicas e exames. Ela desconfia de que os resultados serão trágicos.
O hipocondríaco, em contrapartida, aumenta suas consultas e a realização de exames porque está convencido de que sua doença, seja ela qual for, existe e ninguém a encontra. Ele passa por diversos profissionais em busca de um diagnóstico que, em geral, nunca recebe.
Quais são as características da hipocondria?
A personalidade do paciente com hipocondria tem determinadas características e componentes que são comuns:
- Obsessão com o corpo: o hipocondríaco verifica constantemente seu corpo em busca de sinais de doenças graves.
- Preocupação com notícias sobre saúde: essas pessoas buscam notícias relacionadas a questões de saúde procurando a ligação entre essas notícias e a sua própria situação, imaginando que qualquer surto, epidemia ou aumento da prevalência de uma doença as inclua.
- Verbalização de sintomas fictícios: na hipocondria, o tema das conversas é sempre sobre doenças, estudos a serem realizados, possibilidade de adoecer e consequências médicas.
- Estado de ansiedade: embora a hipocondria não seja uma forma de transtorno de ansiedade, na verdade diz respeito a pessoas ansiosas. Elas vivem em um estado de possível antecipação da gravidade de uma doença que poderiam sofrer.
- Consultas médicas excessivas: o hipocondríaco faz muitas consultas com profissionais da saúde e tende a mudar repetidamente de médico. Ele procura alguém que diagnostique o que já foi autodiagnosticado por ele mesmo.
- Perda da vida social: como sua vida gira em torno da doença, o hipocondríaco se afasta das atividades sociais e dos círculos familiares e de amizades. Isso tem um impacto negativo porque cria barreiras para a aproximação e o acompanhamento da sua obsessão.
Leia também: Transtorno de ansiedade generalizada
Fatores de risco da hipocondria
Como todas as doenças, sabe-se que existem fatores que tornam uma pessoa mais predisposta a ser hipocondríaca. Esses são os chamados fatores de risco. Isso não significa que a presença desses fatores garanta a existência da hipocondria, mas eles a favorecem.
Um dos fatores de risco é ter passado pela má experiência de erros médicos em sua própria vida ou na de parentes próximos. Resta, então, a sensação de que o médico sempre pode cometer erros e deixar passar uma doença grave.
Como já mencionamos, o ambiente familiar também é um fator de risco. Existem famílias hipocondríacas onde, desde a infância, a pessoa recebe mensagens sobre a gravidade das doenças e dos sintomas. Também são famílias que reagem de forma exagerada a certos sinais de doenças comuns.
Tanto o ambiente familiar quanto o ambiente social ao redor podem estimular crenças equivocadas sobre a saúde nas pessoas. Elas podem tratar como grave algo que não é.
Continue lendo: Tipos de famílias tóxicas e características que as definem
Tratamento
Até o momento, os tratamentos que têm se mostrado mais eficazes para a hipocondria são as terapias da abordagem cognitivo-comportamental. Claro, desde que sejam realizadas por profissionais capacitados nessa área.
O objetivo da terapia é que a pessoa consiga se libertar da angústia causada pela obsessão com a doença e, ao mesmo tempo, deixar de realizar as práticas obsessivas. É necessário seguir uma rotina diária onde nem tudo gire ao redor da possibilidade de ficar doente.
Em geral, as terapias cognitivo-comportamentais propõem ao paciente tarefas a serem realizadas. Entre elas, está a limitação das consultas médicas e procurar não falar sobre doenças.
O tratamento pode avançar se houver colaboração do círculo íntimo da pessoa. Caso contrário, é muito difícil obter resultados. O acompanhamento de pessoas próximas é um ponto-chave para o sucesso do tratamento.
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