Herniação ou conificação cerebral

Escrito e verificado por médico Nelton Abdon Ramos Rojas

Última atualização: 11 agosto, 2022

Uma herniação ou conificação cerebral é um deslocamento de tecidos no cérebro. Em suma, o tecido cerebral, juntamente com os vasos sanguíneos e linfáticos e o líquido cefalorraquidiano, se deslocam de forma anormal.

O desenvolvimento de uma hérnia no cérebro pode trazer consequências graves para o paciente. Conforme as zonas afetadas, pode-se apresentar diferentes sintomas ou sinais.

Sintomas mais comuns da herniação ou conificação cerebral

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Um paciente com hérnia cerebral pode apresentar uma série de sintomas, tais como:

• Hipertensão.
• Cefaleia ou dor de cabeça que pode variar com relação a intensidade.
• Cansaço, fraqueza ou fadiga geral.
• Tonturas, perda de consciência e, nos casos mais graves, estado de coma.
• Fraqueza no pulso. Além disso, os batimentos são produzidos de uma forma irregular, com alto risco de ocorrer uma parada cardíaca. Em tal caso, o coração não é capaz de seguir batendo, e dessa maneira, o paciente deixa de mostrar pulso.
• Dificuldades para respirar de forma normal. O ciclo respiratório é fraco e não segue um ritmo definido. Ademais, se a situação médica se agrava, é possível que o sujeito sofra uma parada cardiorrespiratória.
• Alterações nos olhos que mostram uma dilatação das pupilas. Ademais, existem pacientes que perdem a capacidade de mover um ou ambos olhos.
• Perda das funções que normalmente são processadas pela área do tronco cerebral. Dessa maneira, perdem-se certos reflexos como as náuseas, a reação das pupilas à luz e até mesmo a piscada. 

Possíveis causas

O aumento da pressão intracraniana é o principal desencadeador do processo de herniação cerebral.

Até o momento, não é possível identificar o processo de hérnia cerebral. No entanto, as pesquisas apontam que esta alteração aparece devido ao aumento de pressão sobre uma área do cérebro.

Tal aumento anormal da pressão dentro do cérebro terminaria por deslocar outros tecidos bruscamente.

Por outro lado, a equipe de médicos indica as possíveis causas ou desencadeantes de uma hérnia cerebral. Dessa maneira, entre as causas mais comuns pode-se citar:

• Desenvolvimento de tumores no cérebro. Esta classe de alterações pode ter sua origem no próprio cérebro ou podem surgir a partir da presença de um tumor em outra região corporal. Em tal caso, pode ser que as células cancerígenas tenham se deslocado até esse órgão para formar um novo tumor (metástase).
• Hemorragia na área. Em resumo, ocorre um acúmulo de sangue no cérebro a partir da ruptura de um vaso sanguíneo cerebral.
• Inflamação ou inchaço do cérebro que pode apresentar diferentes causas. Por exemplo, um acidente cerebrovascular ou como efeito secundário de métodos como a radioterapia.
• Más formações ou mutações genéticas da estrutura óssea do crânio.
• Presença de abscessos provocados por uma infecção de origem bacteriana ou fúngica. Dessa maneira, é acumulado pus na região do cérebro, assim como outros elementos.
• Formação de edemas. Um edema é um acúmulo anormal de líquido na região corporal. Nesse caso, pode apresentar numerosos desencadeantes como um traumatismo cerebral ou acidente cerebrovascular, entre outras causas.
• Hidrocefalia.

Diagnóstico da herniação cerebral

Em primeiro lugar, a equipe de especialistas deverá comprovar o conjunto de sintomas que o paciente esteja desenvolvendo. Para isso, é possível realizar diferentes exames físicos juntamente com uma revisão da história clínica do paciente.

Mais tarde, deve-se identificar a causa do aumento de pressão intracraniana. Como norma geral, são realizados exames para obter imagens internas da zona do cérebro. Dessa maneira, as técnicas mais usadas são a radiografia, a ressonância magnética (RM) e a tomografia axial computadorizada (TAC).

Esperamos que este artigo tenha respondido várias dúvidas e não hesite em procurar um grupo de especialistas mais próximo para obter mais informações sobre o tema.