Avanços da nanomedicina e sua contribuição para o campo das ciências da saúde

A nanomedicina usa o conhecimento da nanotecnologia, de modo que direciona especificamente tratamentos para o tecido doente, sem danificar os tecidos saudáveis.
Avanços da nanomedicina e sua contribuição para o campo das ciências da saúde

Escrito por Equipe Editorial

Última atualização: 15 dezembro, 2022

Atualmente, os avanços da nanomedicina e sua contribuição para as ciências da saúde estão orientados para a prevenção, diagnóstico e tratamento, principalmente das patologias que têm grande impacto na população.

Este ramo da medicina usa o conhecimento da nanotecnologia, abordando especificamente tratamentos para tecidos doentes, sem danificar tecidos saudáveis.

A nanotecnologia é dedicada ao controle e manipulação da matéria em uma escala inferior a 1 mícron, por isso cria materiais e sistemas com propriedades únicas, capazes de desempenhar qualquer função.

Áreas da Nanomedicina

A nanomedicina compreende três áreas:

1. O nanodiagnóstico

O nanodiagnóstico é baseado no uso de nanodispositivos e sistemas de contraste. Desta forma, é possível alcançar uma detecção mais sensível, rápida e precisa de uma doença nos estágios iniciais. Os dispositivos para o diagnóstico podem ser usados ​​in vitro ou in vivo.

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2. Nanoterapia ou liberação controlada de drogas

Esta parte da nanomedicina baseia-se na utilização de nanoestruturas que permitem a acumulação e a liberação controlada de uma substância ativa exclusivamente nas células doentes.

As nanoestruturas devem:

3. Nanomedicina regenerativa

Repara ou substitui tecidos e órgãos danificados aplicando a nanotecnologia. Como consequência, é possível estimular os mecanismos de reparação do corpo humano.

Atualmente, estão sendo desenvolvidos sistemas teranósticos, que combinam elementos em uma mesma nanopartícula para a detecção e tratamento localizado de uma doença.

Por outro lado, estes sistemas permitirão a visualização e avaliação da cinética e eficácia do tratamento.

Avanços da nanomedicina em oncologia

A nanomedicina para tratar o câncer

No campo da oncologia, o uso da nanomedicina tem se concentrado em dois problemas comuns a qualquer tipo de câncer: o diagnóstico e os efeitos colaterais da quimioterapia.

O diagnóstico precoce do câncer aumenta muito as chances de cura. Portanto, uma das principais utilidades da nanomedicina neste campo é a possibilidade de detectar células tumorais nos estágios iniciais da doença.

Nesse sentido, estudos realizados em animais revelaram que nanopartículas magnéticas relacionadas a marcadores tumorais permitem que o câncer seja corretamente detectado.

Isso pode ocorrer mesmo quando os níveis desses marcadores estejam bem abaixo dos níveis detectáveis ​​com os métodos usados ​​atualmente.

A nanomedicina para evitar os efeitos colaterais da quimioterapia

A quimioterapia é um tratamento muito agressivo. Baseia-se na destruição de células cancerígenas e tem múltiplos efeitos secundários associados, uma vez que também destrói as células saudáveis.

No tratamento do câncer, a nanotecnologia permite “encapsular” as drogas usadas na quimioterapia. Desta forma, melhora a sua eficácia e reduz a sua toxicidade no organismo do paciente.

Recentemente, um grupo de pesquisadores europeus criou nanoesferas capazes de penetrar apenas nas células cancerígenas. Dessa forma, as consequências negativas da quimioterapia, como náusea, fraqueza física ou queda de cabelo, poderiam ser evitadas.

Nanomedicina em doenças cardiovasculares

Com relação às doenças cardiovasculares, muitas utilidades também foram descritas. Aliás, um dos resultados mais importantes é a possibilidade de identificar lesões nas artérias em fases muito precoces.

Além disso, estão sendo conduzidos estudos em que certas nanopartículas são capazes de administrar medicamentos especificamente nas áreas afetadas.

Doenças neurodegenerativas

Alternativas para o tratamento de doenças neurodegenerativas

Doenças como o Parkinson, Alzheimer ou até mesmo artrite podem ser tratadas de forma mais eficaz, porque as nanopartículas visam áreas específicas do cérebro ou dos tecidos.

A doença de Alzheimer é caracterizada por uma morte progressiva de neurônios. Aliás, em relação a isso, tem sido descrita a possibilidade de gerar neurônios usando células-tronco existentes no cérebro através de fatores de crescimento.

No entanto, se os fatores de crescimento são injetados na corrente sanguínea, eles podem ser capturados por outros tecidos além do cérebro. Esse problema também poderia ser resolvido graças à nanomedicina.

Conclusão

A nanomedicina permitirá, no futuro próximo, o melhor e mais precoce diagnóstico de doenças. Além disso, serão desenvolvidos tratamentos localizados e personalizados. Da mesma forma, será possível ter um acompanhamento preciso da evolução da doença diagnosticada.

Entretanto, cabe a nós a consulta regular com o nosso médico de confiança, porque ele determinará os estudos necessários quando apareçam os primeiros sintomas de uma doença.


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