Filho triste: como descobrir o motivo e ajudá-lo a superar a tristeza?

Seu filho parece triste, e você não sabe mais o que fazer? Descubra a seguir como ajudá-lo a superar esse problema.
Filho triste: como descobrir o motivo e ajudá-lo a superar a tristeza?

Escrito por Equipe Editorial

Última atualização: 07 junho, 2022

A ideia que as crianças fazem da realidade não é a mesma dos adultos. Como elas ainda não são capazes de compreender certas coisas, seus sentimentos são gerados e sentidos de forma diferente, o que às vezes torna mais difícil para os adultos compreenderem. Você está achando o seu filho triste e não consegue entender realmente o que está acontecendo? Continue lendo, pois este artigo pode ser muito útil para você.

Primeiramente, vale lembrar que a tristeza é um sentimento muito importante para os seres humanos. É a partir dela que podemos identificar e evitar situações que nos fazem mal. Quando se trata de uma criança, é essencial que os pais estejam atentos ao comportamento dos filhos, pois nem sempre eles sentem vontade ou são capazes de se expressar com palavras.

Para ajudar você nessa questão, a seguir mostraremos as dicas que a psicopedagoga Renata Trefiglio, do Centro Paulista de Neuropsicologia (SP), deu em uma entrevista concedida à Revista Crescer. De acordo com ela, o processo emocional é composto por três passos:

“No primeiro, nós sentimos algo, mas ainda não sabemos identificar o que é. Depois, atribuímos um significado e um nome ao que estamos experimentando – como ‘tristeza’, por exemplo. Por último, vem o reflexo no comportamento. Ficamos mais quietos, com uma expressão triste, choramos. É a partir disso que conseguimos avaliar, tentar encontrar uma solução, resolver, sair daquela situação que nos incomoda”.

Mas como podemos ajudar se percebermos que nosso filho está triste?

Quando os responsáveis percebem que o filho está triste, geralmente a primeira reação é tentar animá-lo com um “presentinho”. No entanto, os especialistas recomendam que os pais não façam nenhum tipo de interferência com a intenção de querer acabar com esse sentimento sem tentar entender primeiro a causa do problema. 

Para Renata, é responsabilidade dos pais ajudar a criança a entender o que está acontecendo, para que ela aprenda a identificar os motivos que levam ao aparecimento do sentimento.

“O diálogo é muito importante. Ao perceber que seu filho está triste, você pode tentar conversar com ele e nomear essa emoção. Muitas vezes, as crianças sentem uma tristeza e não sabem o que é e muito menos como lidar com aquilo”.

Se a criança não quiser conversar sobre o assunto, Renata afirma que os adultos precisam se manter presentes, para que a criança entenda que seus pais estão disponíveis e dispostos a ajudar. Caso sinta vontade de se abrir, os filhos saberão que podem contar com o pai ou a mãe, que precisam saber esperar esse momento.

Caso a criança ainda não seja capaz de se expressar verbalmente, o conselho é o seguinte: “os pais podem recorrer a outras técnicas para começar um diálogo. Pedir para o filho fazer um desenho, por exemplo, pode ser uma boa saída. A partir daí, é possível identificar ou, pelo menos, iniciar uma conversa sobre o que gerou aquele sentimento”.

Pode ser depressão?

Atualmente, são registrados quadros de depressão em pessoas de todas as idades, de forma que muitos pais têm medo de que essa tristeza seja de fato depressão. Para que seja possível identificar se esse é o caso do seu filho, é importante observar o comportamento das crianças, participando de forma ativa da vida delas.

“Os adultos devem prestar atenção na intensidade e na frequência em que os episódios de tristeza acontecem. Em geral, a tristeza é desencadeada por um estímulo externo, mas dura pouco tempo e logo passa. Quando o comportamento é repetido e muda completamente a vida da criança, é necessário avaliar”.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.