Feijão mungo-verde: propriedades, usos e benefícios

O feijão mungo-verde é uma leguminosa que oferece diversos benefícios à saúde e que pode ser incluída em diversas receitas. Descubra mais a seguir.
Feijão mungo-verde: propriedades, usos e benefícios
Florencia Villafañe

Escrito e verificado por a nutricionista Florencia Villafañe.

Última atualização: 27 maio, 2022

Você já ouviu falar do feijão mungo-verde? Esse alimento é um tipo de leguminosa que recebe diversos nomes. Em alguns países, também é conhecido como feijão moyashi, feijão-soroco ou feijão-da-china.

O seu nome científico é Vigna radiata e ele tem origem na Índia. Por isso, este é um alimento típico da culinária hindu e também da asiática. Caracteriza-se por ter uma coloração verde escura no exterior e amarelo brilhante no interior. Além disso, apresenta um sabor ligeiramente adocicado, uma consistência macia e um frescor semelhante ao das lentilhas.

Pode ser utilizado em diversos pratos. Graças ao seu importante valor nutricional, a sua inclusão na dieta é uma excelente decisão.

Propriedades nutricionais do feijão mungo-verde

De acordo com o estudo Evaluación de la composición nutricional y digestibilidad aparente e ileal en porcinos del frijol mungo (Vigna radiata o Phaseolus aureus) con y sin tratamiento térmico, em 100 gramas deste alimento, há o seguinte teor de nutrientes:

  • 20 gramas de proteína.
  • 19 gramas de carboidratos.
  • 7,60 gramas de fibra alimentar.
  • Variedade de vitaminas A, C e do complexo B, tais como tiamina e riboflavina.
  • Vários minerais, tais como magnésio, cálcio, ferro e sódio.

Quais são os benefícios do feijão mungo-verde para a saúde?

Felizmente, todos os nutrientes que ele contém ajudam a manter a saúde. Nesse sentido, o consumo dessa leguminosa dentro de uma dieta variada e balanceada pode trazer algumas vantagens.

Conforme estabelecido pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), os benefícios derivados da incorporação de leguminosas na dieta são os seguintes:

Redução do risco de doença cardíaca coronária

O feijão mungo-verde é um alimento com um alto teor de fibra alimentar que pode interferir na redução do colesterol LDL, também conhecido como colesterol ruim, um reconhecido fator de risco para doenças cardíacas.

Colesterol nas artérias
O colesterol ruim é a variedade de lipídios capaz de se depositar nas artérias, criando obstruções na forma de placas de ateroma.

Ajuda a manter a saúde do cérebro

As vitaminas do complexo B que ele contém são necessárias para uma importante variedade de funções corporais. Entre elas, é possível citar as que mantêm a vitalidade das conexões neurais e permitem o funcionamento ideal do cérebro, conforme afirma um estudo publicado na revista Nutrients.

Pode prevenir doenças congênitas

Além do que foi mencionado na seção anterior, a vitamina B9, também conhecida como ácido fólico, tem um papel importante no desenvolvimento do feto durante a gravidez. Mais especificamente, se consumido em quantidades adequadas, há uma redução significativa do risco de sofrer de anomalias congênitas do tubo neural, como a espinha bífida em recém-nascidos.

A quantidade diária recomendada dessa vitamina é de 400 microgramas para adultos; entretanto, esse valor sobe para 600 microgramas durante o período de gestação. Uma vez que há 159 microgramas de ácido fólico em 100 gramas de feijão mungo-verde, seria necessário recorrer à suplementação durante a gravidez.

Prevenção da anemia

O ferro contido no feijão mungo-verde faz com que ele se torne um alimento interessante para ajudar a prevenir a anemia ferropriva, que tem uma maior incidência entre as mulheres e crianças.

Porém, é importante ressaltar que, para que o corpo aproveite esse mineral ao máximo, é aconselhável combiná-lo com alimentos que contenham vitamina C, tais como frutas cítricas, kiwi e pimentão.

Ajuda a prevenir a diabetes

feijão mungo-verde, assim como as leguminosas em geral, praticamente não contém gordura e possui um notável teor de fibras. Mais especificamente, este último nutriente aumenta a saciedade e ajuda a estabilizar os níveis de açúcar e de insulina no sangue (ou seja, ele tem baixo índice glicêmico). Por esse motivo, há um efeito preventivo no ganho de peso e no aparecimento da diabetes.

Protege o sistema imunológico

Além de nutrientes, o feijão mungo-verde também contém compostos bioativos, tais como fitoquímicos e antioxidantes. Em relação a isso, diversas pesquisas sugerem que ele é eficaz para a proteção do sistema imunológico.

Fornece proteína para a dieta

Uma vez que esta é uma alternativa proteica barata em relação a outros alimentos, como as carnes, esses grãos podem ser importantes fontes de proteínas.

Além disso, é importante mencionar que quem opta por uma dieta vegetariana ou vegana deve consumir leguminosas diariamente, juntamente com alimentos como cereais, sementes e oleaginosas.

Como o feijão mungo-verde pode ser preparado?

Felizmente, existem diferentes formas de preparar o feijão mungo-verde, o que significa que ele pode ser adicionado a diferentes pratos. Veremos alguns exemplos a seguir.

1. Cozido para pratos quentes

Assim como qualquer leguminosa, pode ser cozido até ficar macio. Para isso, é necessário lavar os grãos, deixá-los de molho durante no mínimo 8 horas e então prosseguir com o cozimento (aproximadamente 30 minutos).

Depois de escorrido, ele pode ser adicionado a sopas, ensopados, e pode até mesmo ser processado ​​para fazer sanduíches ou hambúrgueres.

2. Fresco, para os dias de verão

Nas culturas ocidentais, os brotos frescos de feijão mungo-verde são usados como um ingrediente para ser adicionado às saladas.

3. Como farinha, para preparar massas

Os grãos podem ser moídos até que se forme uma farinha. Ela serve para preparar produtos adequados para celíacos, sem trigo, aveia, cevada ou centeio, ou para variar as receitas tradicionais.

Além disso, como o feijão mungo-verde não tem um sabor forte, também é possível preparar receitas doces com ele e usá-lo para adicionar textura a um prato.

Cereais
Os alimentos adequados para celíacos são alternativas importantes para estes pacientes. Nesse sentido, a farinha derivada do feijão mungo-verde pode ser uma boa opção.

4. Como alimento germinado

Conforme indicado pela ciência, o feijão mungo-verde germinado é um alimento com maior potencial anti-inflamatório do que os grãos secos. Por meio deste procedimento, são eliminadas as substâncias antinutritivas das leguminosas e a qualidade nutricional é melhorada.

Para germinar o feijão mungo-verde, é preciso enxaguá-lo, colocá-lo em um recipiente com água, cobrir com um pano e deixá-lo sobre um escorredor sem que ele receba luz direta. Durante 4 ou 5 dias, a água deve ser trocada e o processo repetido até que ele tenha germinado.

O feijão mungo-verde como parte de uma dieta saudável

Conforme você deve ter percebido, o consumo de feijão mungo-verde e de leguminosas em geral traz diversos benefícios à saúde. No entanto, a sua ingestão deve fazer parte de um padrão alimentar saudável e balanceado para evitar deficiências nutricionais.

Portanto, se você ainda não experimentou, lembre-se de que além das suas propriedades, o feijão mungo-verde também é fácil de preparar e você pode adicioná-lo a diferentes pratos.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Torres, A., Cova, A., & Valera, D. (2018). Efecto del proceso de germinación de granos de Cajanuscajan en la composición nutricional, ácidos grasos, antioxidantes y bioaccesibilidad mineral. Revista chilena de nutrición45(4), 323-330.
  • Páez Martínez, C. A., & Rodríguez García, J. S. (2020). Evaluación del crecimiento del frijol mungo (Vigna radiata) bajo aplicación de fósforo y bioestimulante en El Espinal-Tolima.
  • Beneficios nutricionales de las legumbres. Organización de las Naciones Unidas para la alimentación y la Agricultura (FAO). Disponible en: http://www.fao.org/3/i5384s/i5384s.pdf
  • Tang, D., Dong, Y., Ren, H., Li, L., & He, C. (2014). A review of phytochemistry, metabolite changes, and medicinal uses of the common food mung bean and its sprouts (Vigna radiata). Chemistry Central Journal8(1), 1-9.
  • Pérez Rubio, M. D. R. (2011). Evaluación de la composición nutricional y digestibilidad aparente e ileal en porcinos del frijol mungo (Vigna radiata o Phaseolus aureus) con y sin tratamiento térmico. Maestría Ciencias Agrarias.
  • Guerrero Wyss, L., & Durán-Agüero, S. (2020). Consumo de legumbres y su relación con enfermedades crónicas no transmisibles. Revista chilena de nutrición47(5), 865-869.
  • Kennedy, D. O. (2016). B vitamins and the brain: mechanisms, dose and efficacy—a review. Nutrients8(2), 68.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.