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Espermatocele: causas, sintomas, diagnóstico e tratamento

4 minutos
Um espermatocele é um cisto, geralmente assintomático, localizado dentro do escroto. Felizmente, não causa grande desconforto e geralmente não requer tratamento.
Espermatocele: causas, sintomas, diagnóstico e tratamento
Leonardo Biolatto

Revisado e aprovado por médico Leonardo Biolatto

Última atualização: 25 janeiro, 2023

O sistema reprodutor masculino é composto de múltiplos dutos onde tanto o esperma quanto o sêmen são formados e transportados. Todos esses ductos podem apresentar anormalidades císticas ou neoplásicas que alteram sua estrutura. Quer saber o que é uma espermatocele? Continue lendo!

A espermatocele nada mais é do que um cisto mole e indolor localizado no epidídimo. Este último é um tubo na parte superior e posterior do testículo, no qual os espermatozóides recém-formados amadurecem e são armazenados.

Múltiplos estudos afirmam que é uma alteração comum, principalmente em homens mais velhos. No entanto, não costuma causar manifestações clínicas relevantes e seu diagnóstico costuma ser feito ao acaso.

Causas

O epidídimo é formado por tubos microscópicos que transportam espermatozóides recém-formados. É possível que a obstrução de um desses ductos seja a causa da espermatocele. No entanto, os cientistas ainda não determinaram a origem precisa.

Outra possível causa desse tipo de cisto em uma criança são as alterações genéticas, embora seja uma malformação rara nos primeiros anos de vida. Os fatores de risco para espermatocele também não são totalmente claros.

Acredita-se que o uso de um medicamento chamado dietilestilbestrol durante a gravidez aumente o risco. Essa droga era indicada para prevenir abortos espontâneos e outros tipos de complicações, mas sua prescrição legal foi suspensa em 1971, devido à sua associação com o câncer vaginal.

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Muitas vezes esses cistos são detectados por acidente, realizando um ultrassom por outro motivo.

Sintomas de uma espermatocele

As espermatoceles não causam manifestações clínicas na maioria dos casos. Estes são cistos indolores que mantêm um tamanho estável e não são cancerígenos.

Apesar de tudo, há casos em que as espermatoceles aumentam consideravelmente de tamanho. Portanto, é possível que causem alguns sinais, como os seguintes:

  • Pressão na base do pênis.
  • Vermelhidão do escroto.
  • Inchaço atrás ou no testículo.
  • Desconforto ou dor no testículo afetado.
  • Possível alargamento do escroto.
  • Sensação de peso no testículo afetado.

É importante notar que uma espermatocele geralmente não causa distúrbios na ejaculação ou dor no pênis. Portanto, em caso de sofrer com esses sintomas, é melhor consultar um especialista o mais rápido possível.

Leia também: O que é criptorquidia ou os testículos que não desceram?

Diagnóstico

A maneira mais fácil e rápida de detectar uma espermatocele é por meio de um exame físico. O médico deve palpar cuidadosamente cada testículo para encontrar a alteração. Embora o cisto não seja doloroso, é possível que haja algum desconforto durante a avaliação.

Uma vez detectado o caroço no escroto, o médico deve indicar a realização de alguns exames para confirmar a etiologia. Alguns dos exames necessários são:

  • Transiluminação: o especialista iluminará a bolsa escrotal com luz direta e observará a alteração. Uma espermatocele será diagnosticada quando a luz indicar que é um cisto com conteúdo líquido, em vez de um tumor sólido.
  • Ultrassonografia testicular: a ultrassonografia é um método útil quando a transiluminação não fornece resultados conclusivos. Este método utiliza ondas sonoras para reconstruir a imagem testicular e avaliar o tumor e suas características.

Veja: Por que um chute nos testículos dói tanto?

Tratamento de uma espermatocele

A maioria das espermatoceles é assintomática, portanto não requer nenhum tipo de correção, de acordo com protocolos de pesquisas recentes. Cistos dolorosos podem ser tratados com analgésicos de venda livre, como ibuprofeno ou paracetamol.

O médico pode recomendar alguns procedimentos para remover o cisto. No entanto, deve-se levar em consideração que a fertilidade pode ser afetada, portanto, deve-se avaliar cuidadosamente se você deseja ou não ter filhos no futuro.

O primeiro procedimento invasivo é a espermatocelectomia, que nada mais é do que a ressecção cirúrgica da espermatocele. Este é um procedimento ambulatorial no qual uma incisão é feita no escroto e o cisto localizado no epidídimo é removido.

O outro tratamento disponível para a espermatocele é a aspiração com ou sem escleroterapia. O médico irá inserir uma agulha especial e extrair o fluido do cisto. A escleroterapia é usada para curar o saco com um irritante.

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Ao afetar o processo de produção e armazenamento de esperma, o tratamento pode afetar a fertilidade masculina.

Preservação da fertilidade

Tanto a espermatocelectomia quanto a aspiração podem danificar o epidídimo e o ducto deferente, afetando assim a fertilidade. Isso pode ser um grande problema para os jovens que desejam ter filhos.

Por isso, é melhor que os jovens façam a preservação do esperma antes de optar por esse tipo de tratamento. Os bancos de esperma também podem ser uma opção, embora seja melhor consultar um especialista sobre os métodos disponíveis.

Uma alteração com poucas complicações

As espermatoceles são cistos com poucas manifestações clínicas ou complicações. Um homem pode passar a vida inteira com uma sem nem perceber. Além disso, eles não afetam a fertilidade em nenhum momento, exceto após o tratamento.

No entanto, existem casos em que podem crescer e gerar diferentes desconfortos. Independentemente disso, é melhor consultar um médico se notar um caroço no escroto. Só então um diagnóstico preciso pode ser feito e a abordagem apropriada iniciada.


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